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Papa Francisco anuncia 'mudanças e resoluções' em Igreja chilena após casos de pedofilia


O Papa Francisco decidiu tomar medidas severas e fazer “mudanças e resoluções” na Igreja Católica do Chile. Ao final de três dias de reuniões com bispos chilenos, no Vaticano, e de conversas anteriores com vítimas de abuso sexual praticado por sacerdotes, Francisco anunciou que vai “restabelecer a Justiça”.

Em uma carta divulgada nesta quinta-feira (17) e entregue aos 34 bispos chilenos convocados pelo papa ao Vaticano, o chefe da Igreja Católica anunciou que está disposto a tomar medidas “em curto, médio e longo prazo” contra as autoridades da Igreja responsáveis por acobertar casos de “abusos sexuais e de poder” cometidos por religiosos contra menores de idade ao longo de décadas.

“Agradeço a plena disponibilidade que cada um manifestou para aderir e colaborar em todas as mudanças e resoluções que teremos que implementar em curto, médio e longo prazo”, escreveu o Papa Francisco. Tratam-se de medidas “necessárias para restabelecer a Justiça e a comunhão eclesial”, explicou o pontífice.

Na missiva, o papa reconheceu que seu encontro com bispos foi marcado por “um discernimento franco diante dos graves acontecimentos que prejudicaram a comunhão eclesial e enfraqueceram o trabalho da Igreja no Chile nos últimos anos.

A convocação pelo papa da hierarquia da Igreja chilena para o Vaticano foi uma medida excepcional, para “discernir o assunto” e preparar iniciativas para reparar o escândalo desatado pelos casos de pedofilia e pelo encobrimento desses escândalos.

Em abril, o papa havia convidado três vítimas para irem ao Vaticano. Ele manteve conversas individuais com os chilenos Juan Carlos Cruz, José Andrés Murillo e James Hamiltón, todos vítimas do padre Fernando Karadima. Eles pediram ao papa a adoção de medidas exemplares contra o religioso.

“À luz desses acontecimentos dolorosos sobre os abusos – de menores, de poder e de consciência -, nos aprofundamos na gravidade dos mesmos, assim como nas consequências trágicas que tiveram particularmente para as vítimas”, reconheceu o pontífice.

“A algumas delas eu mesmo pedi perdão de coração, ao qual vocês se uniram em uma só vontade e com o firme propósito de reparar os danos causados”, acrescentou.

Possível expurgo

Os  bispos chilenos se reuniram em quatro ocasiões com o pontífice argentino. Na terça-feira, depois do primeiro encontro, o papa impôs a eles 24 horas de silêncio, a serem dedicadas “à meditação e à oração”.

Entre os 34 bispos presentes – 31 dos quais em suas funções-, figuravam vários dos acusados ​​de terem encoberto durante décadas os abusos cometidos por Karadima. O sacerdote foi suspenso pelo resto da vida das suas atribuições como religioso, depois de ter sido declarado culpado, em 2011, por abuso sexual de menores de idade nas décadas de 1980 e 1990.

Nenhum dos presentes, entre eles o controverso bispo de Osorno, Juan Barros, quis falar com a imprensa, mantendo até agora uma atitude prudente. Barros foi o principal acobertador dos atos de Karadima.

Durante a sua viagem ao Chile, em janeiro, Francisco defendeu Barros. Mas ao retornar ao Vaticano, deu-se conta de seu equívoco, pediu desculpas às vítimas de abuso e ordenou uma investigação sobre o fato de ter sido mal informado sobre o caso.

Antes das reuniões cruciais, o bispo Fernando Ramos, secretário da Conferência Episcopal, e o bispo Juan Ignacio González expressaram á imprensa sua “dor e vergonha” e disseram estar dispostos a acatar as medidas tomadas pelo chefe da Igreja Católica.

Não se exclui a possibilidade de remoção de várias autoridades da Igreja no Chile – espécie de expurgo – e uma mensagem clara do Papa Francisco sobre sua vontade de acabar com os abusos ” tanto sexuais como de poder e de consciência” na Igreja, segundo a carta.

“Acredito que haverá medidas concretas em curto prazo”, adiantou à imprensa o padre espanhol Jordi Bertomeu, um dos encarregados pelo papa de investigar o caso no Chile.

Não é a primeira vez que um pontífice faz um expurgo de tal magnitude por casos de abuso sexual. João Paulo II fez isso em 2002 com a Igreja dos Estados Unidos.

Fonte: AFP /Veja

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