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Festa da Natividade de Nossa Senhora-08 de setembro

 Festa da Natividade de Nossa Senhora
08 de setembro

A Igreja celebra hoje, 8 de setembro, o Nascimento de Nossa Senhora, nove meses após a sua Imaculada Conceição, em 8 de dezembro. Essa festa teve origem em Jerusalém, no século V, como festa da Basílica Santa Ana, a mãe de Nossa Senhora. No século VII passou a constar no calendário litúrgico.
Os pais de Maria, Joaquim e Ana, já eram idosos e estéreis, mas Deus ouviu as suas orações. eles viviam em Jerusalém, onde hoje se localiza a Basílica de Santa Ana. O nascimento de Maria foi em um sábado, 8 de setembro do ano 20 a.C. Ela recebeu o nome de Miriam, que em hebraico significa "Senhora da Luz".

Trouxe alguns trechos dos belíssimos Sermões de Padre Antônio Vieira sobre o Nascimento da Virgem Maria: 

SERMÃO DO NASCIMENTO DA MÃE DE DEUS

"Quereis saber quão feliz, quão alto é, e quão digno de ser festejado o nascimento de Maria? Vede o para que nasceu. Nasceu para que dela nascesse Deus."

"a prodigiosa Menina que hoje nasce, e o fim e fins altíssimos para que nasceu. Nasce - ide agora lembrando-vos, ou desenrolando as figuras - nasce para ser arca de Noé, em que o gênero humano, afogado no dilúvio, se reparasse do naufrágio universal do mundo. Nasce para ser escada de Jacó, e não para que os descuidados de sua salvação se não aproveitassem dela, como o mesmo Jacó dormindo, mas para que vigilantes e seguros subam por ela da terra ao céu. Nasce como vara de Moisés, para ser o instrumento de todas as maravilhas de Deus, e a segunda jurisdição, fama e alegria de sua onipotência. Nasce para ser o verdadeiro e infalível propiciatório, em que o Deus das vinganças, ofendido e irado, trocada a justiça em misericórdia, o tenhamos sempre propício. Nasce para ser trono do Rei dos reis, o Salomão divino, ao qual trono as três jerarquias das criaturas visíveis, e as três das invisíveis, servem de peanha, não humildes como degraus, por se confessarem sujeitas à sua grandeza, mas soberbas como leões, por acrescentarem altura à sua majestade. Nasce para ser torre fortíssima de Davi, fornecida e armada de milhares de escudos, tão prontos e aparelhados sempre à nossa defensa, como seguros e impenetráveis a todos os tiros e golpes de nossos inimigos. Nasce para ser verdadeira Arca do Testamento, coroada com as duas coroas de Mãe e Virgem, dentro da qual não só se conservavam sempre inteiras as tábuas da lei, mas esteve e está encerrado o Maná que desceu do céu, donde cotidianamente o podemos colher, por isso coberto e encoberto, mas não fechado. Nasce para ser tabernáculo no deserto e templo de Jerusalém: tabernáculo em que Deus havia de caminhar peregrino, e templo em que havia de morar de assento, tão imóvel e permanente nela como em si mesmo. Nasce para ser, não uma, senão as duas árvores famosas do Paraíso terreal, a da vida e a da ciência, porque dela havia de nascer o bendito fruto, em que estão depositados todos os tesouros da ciência e sabedoria de Deus, e o da vida da graça no mesmo Paraíso perdida, e por ela restaurada. Nasce para ser em seus passos como os daquelas duas colunas que guiaram o povo escolhido à Terra de Promissão: uma de nuvem para nos amparar e defender dos raios do Sol de justiça, e outra de fogo, para nos alumiar na noite escura desta vida, até nos colocar seguros no dia eterno da glória. Nasce, enfim, para ser Vara de Jessé, de cujas raízes havia de nascer a mesma Vara, Maria, que hoje nasce, e a mesma flor, Cristo Jesus, que dela nasceu."

"Infinitos são os nomes ou sobrenomes com que a mesma Virgem Maria costuma ser invocada e louvada, nascidos todos - notai - na etimologia dos mesmos benefícios, que é o mais nobre e sublime nascimento que eles podem ter."

"Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina: dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres: dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados: dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados: dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes: dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança. Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz, os discordes para Senhora da Paz, os desencaminhados para Senhora da Guia, os cativos para Senhora do Livramento, os cercados para Senhora do Socorro, os quase vencidos para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho, os navegantes para Senhora da Boa Viagem, os temerosos da sua fortuna para Senhora do Bom Sucesso, os desconfiados da vida para Senhora da Boa Morte, os pecadores todos para Senhora da Graça, e todos os seus devotos para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se uniram em uma só voz, todas estas perguntas em uma só pergunta, e todas estas respostas em uma só resposta, ou, mais abreviadamente, todos estes nomes em um só nome, dirão que nasce Maria para ser Maria, e para ser Mãe de Jesus."

"Diz S. João Damasceno que desde o princípio do mundo contendiam os séculos sobre a felicidade de qual deles se havia de honrar com o nascimento da que nasceu para dela nascer o Redentor do mesmo mundo." [1]

SERMÃO DO NASCIMENTO DA VIRGEM MARIA - 
DEBAIXO DA INVOCAÇÃO DE NOSSA SENHORA DA LUZ

"Por que no dia do nascimento da Virgem nos propõe a Igreja o Evangelho do nascimento de Cristo? O sol nasce duas vezes; quando aparece a luz e quando aparece o astro. Desse modo é que se deve interpretar o que dizem os evangelistas e o Gênesis. Quem é o sol duas vezes nascido? É Cristo, que nasceu quando nasceu Maria em Nazaré, e quando ele próprio nasceu em Belém."

"Ó divina luz Maria, ditoso aquele que merecer os lumes de vosso favor! Dito­so aquele que entrar no número dos vossos favorecidos, ou dos vossos alumiados!
Ora, cristãos, suposto que aquela soberana luz é tão apressada e diligente para nosso remédio, suposto que é tão universal para todos e para tudo, suposto que é tão piedosa e benigna para nos querer fazer bem, suposto que é tão privilegiada e favo­recida por graça e benignidade do mesmo sol, metamo-nos todos hoje debaixo das asas desta soberana protetora para que nos faça sombra e nos dê luz, para que nos faça sombra e nos defenda dos raios do Sol de justiça, que tão merecidos temos por nossos pecados, e para que nos dê luz para sair deles, pois é Senhora da Luz. Aquela mulher prodigiosa do Apocalipse, que S. João viu com as asas estendidas, toda a Igreja reconhece que era a Virgem Maria. E nós podemos acrescentar que era a Virgem debaixo do nome e invocação de Senhora da Luz. A mesma luz o dizia e o mostrava, que da peanha até a coroa toda era luzes: a peanha lua, o vestido sol, a coroa estrelas; toda luzes e toda luz. E pois a Senhora da Luz está com as asas abertas; metamo-nos debaixo delas, e muito dentro delas, para que sejamos filhos da luz. Dum lucem habetis, credite in lucem ut filii lucis sitis, diz Cristo (Jo. 12, 36). Enquanto se vos oferece a luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz. Sabeis, cristãos, por que não acabamos de ser filhos da luz? É porque não acabamos de crer na luz. Creiamos na luz, e creiamos que não há maior bem no mundo que a luz, e ajudem-nos a esta fé os nossos mesmos sentidos."

"Esse é o dia, cristãos, de despachar estas petições. Peçamos hoje luz para nossas trevas, peçamos luz para nossas escuridades, peçamos luz para nossas ce­gueiras, luz com que conheçamos a Deus, luz com que conheçamos o mundo, e luz com que nos conheçamos a nós. Abramos as portas à luz para que alumie nossas casas; abramos os olhos à luz, para que alumie nossos corações; abramos os cora­ções à luz, para que more perpetuamente neles. Venhamos, venhamos a buscar luz a esta fonte de luz, e levemos daqui cheias de luz nossas almas. Com esta luz sabere­mos por onde havemos de ir; com esta luz conheceremos donde nos havemos de guardar; com esta luz, enfim, chegaremos àquela luz onde mora Deus, a que o após­tolo chamou luz inacessível: Qui lucem inhabitat inaccessibilem (1 Tim. 6, 16), que só por meio da luz que hoje nasce, se pode chegar à vista do sol que dela nasceu: De qua natus est Jesus." [2]

Fonte: Sermões.Vol. VIII Erechim: EDELBRA, 1998.

Leia o texto completo:  [1]

Comentários

  1. Oi Adriana,

    Que cantinho abençoada, muito gostoso estar por aqui, em todo cantinho tem um pouquinho de Fé. Amei o blog, vou inserir na minha lista para estar sempre vendo as novidades.
    Tenha uma otima semana!

    Beijos!

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