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Via-Sacra: vergonha, arrependimento e esperança diante do Senhor (Papa Francisco)

Depois das 14 estações da Via-Sacra no Coliseu de Roma, o Papa concluiu a cerimônia com uma tocante oração.

Cidade do Vaticano 30/03/2018

O Papa Francisco presidiu na Sexta-feira Santa às XIV estações da Via-Sacra, diante do Coliseu de Roma, que contou com a participação, apesar do tempo chuvoso, de cerca de 20 mil fiéis provenientes de diversas partes do mundo.

As meditações da Via-Sacra este ano foram confiadas a um grupo de 15 jovens estudantes de Roma, que representam a juventude do mundo inteiro, que se prepara para o próximo Sínodo dos Bispos sobre os Jovens em outubro próximo.

Ao término das meditações das XIV estações, o Santo Padre pronunciou uma oração comovente, indicando o modo de como devemos olhar para Jesus: com vergonha, arrependimento e esperança. Esta foi a atitude do Bom Ladrão, que conquistou o Paraíso com seu olhar orante a Jesus crucificado: “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”.

Vergonha, por termos perdido a vergonha! Arrependimento, pela certeza da nossa salvação! Esperança, porque da Cruz provém a Ressurreição!

“Senhor Jesus, a vós dirigimos o nosso olhar cheio de vergonha, de arrependimento e de esperança. Diante do vosso amor supremo, que a vergonha nos invada por vos ter deixado só, sofrendo pelos nossos pecados. Vergonha, por termos escolhido Barrabás, o poder, o mundanismo e não a Vós; vergonha, porque tantas pessoas, inclusive alguns dos vossos ministros, deixaram-se levar pela ambição e vanglória; vergonha, por deixarmos aos jovens um mundo dilacerado e dividido, devorado pelas guerras, pelo egoísmo, pela marginalização. Enfim, vergonha por termos perdido a vergonha. Senhor, dai-nos sempre a graça da santa vergonha!”

Diante do Crucificado, o Bom Ladrão expressou seu profundo arrependimento, mas também a esperança de uma vida melhor no Paraíso.

A mensagem de esperança de Jesus – disse Francisco - continua ainda hoje a inspirar tantas pessoas e povos, a vencer o mal e a maldade, a perdoar e abater rancores e vinganças, dissipando hostilidades e temores, a iluminar as trevas:

“Esperança, porque o vosso sacrifício continua, ainda hoje, a exalar o perfume do amor divino, que acaricia os corações de tantos jovens, que ainda vos consagram as suas vidas, tornando-se exemplos vivos de caridade e gratuidade neste nosso mundo devorado pela lógica da exploração e do ganho fácil; esperança, porque tantos missionários e missionárias continuam a arriscar suas vidas para servir-vos nos pobres, nos descartados, nos imigrados, nos invisíveis, nos explorados, nos famintos e nos encarcerados; esperança, porque a vossa Igreja continua a iluminar, encorajar, aliviar e dar testemunho do vosso amor incomensurável”.

O Papa concluiu a sua oração dizendo que “a santa esperança nasce da cruz e da Ressurreição; elas nos ensinam que o amor de Jesus é a nossa esperança!” Senhor Jesus, livrai-nos da arrogância!

 “Senhor Jesus, dai-nos sempre a graça da santa esperança!”


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Via-Sacra no Coliseu

O texto integral da Via-Sacra no Coliseu, presidida por Sua Santidade o Papa Francisco nesta Sexta-feira Santa, 30 de março de 2018.

Cidade do Vaticano

Os textos das meditações sobre as catorze Estações do rito da Via-Sacra deste ano foram escritos por quinze jovens, com idades entre 16 e 27 anos. O facto encerra duas novidades principais: a primeira, que não tem paralelo nas edições passadas, diz respeito à idade dos autores, jovens e adolescentes (nove deles são alunos do Liceu de Roma Pilo Albertelli); a segunda novidade é a dimensão «coral» deste trabalho, sinfonia de muitas vozes com tonalidades e timbres diversos. Não existem «os jovens», mas Valério, Maria, Margarida, Francisco, Clara, Greta...


Com o entusiasmo típico da sua idade, aceitaram o desafio que lhes foi proposto pelo Papa no âmbito deste ano de 2018, dedicado em geral à geração jovem. Fizeram-no segundo um método concreto de ação: reuniram-se ao redor duma mesa e leram os textos da Paixão de Cristo nos quatro Evangelhos, colocando-se assim diante da cena da Via-Sacra e «viram-na»; depois da leitura, respeitando o tempo necessário, cada um dos jovens manifestou o detalhe da cena que mais o impressionou e, deste modo, foi mais fácil e natural atribuir cada uma das Estações.

Três palavras-chave, três verbos, cadenciam o desenvolvimento destes textos: antes de tudo – como já aludido – ver, depois encontrar e, finalmente, rezar.

Quando se é jovem, quer-se ver, ver o mundo, ver tudo. A cena de Sexta-feira Santa é possante, mesmo na sua atrocidade. Vê-la, pode instigar à repulsa ou então à misericórdia e, consequentemente, a ir ao encontro, precisamente como vemos, no Evangelho, Jesus fazer todos os dias, incluindo este dia, o último: encontra Pilatos, Herodes, os sumos-sacerdotes, os guardas, a sua mãe, o Cireneu, as mulheres de Jerusalém, os dois ladrões seus últimos companheiros de estrada. Quando se é jovem, tem-se a possibilidade diária de encontrar alguém, e cada encontro é novo, surpreendente. Envelhece-se, quando já não se quer ver ninguém, quando o medo que enclausura prevalece sobre a abertura confiante: o medo de mudar, porque encontrar significa mudar, estar pronto a retomar o caminho com olhos novos. Enfim, ver e encontrar impele a rezar, porque a visão e o encontro geram a misericórdia, mesmo num mundo que parece carente de piedade e, num dia como este, abandonado à fúria insensata, à covardia e à preguiça distraída dos homens.

Mas, se seguimos Jesus com o coração, mesmo pelo caminho misterioso da Cruz, então podem renascer a coragem e a confiança e, depois de ter visto e disponibilizar-se ao encontro, experimentaremos a graça de rezar, já não sozinhos, mas em conjunto.

Meditações da Via-Sacra:
http://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2018-03/via-sacra-no-coliseu.html

Fonte: Vatican News

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