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Padre preso em protesto em Cuba é libertado

Pe. Castor Álvarez Devesa. Crédito: Arquivo

CAMAGÜEI, 13 jul. 21 / 11:16 am (ACI).- O padre Cástor Álvarez Devesa, golpeado e preso durante manifestação de protesto em Cuba, foi libertado na segunda-feira, 12 de julho, por causa de providências tomadas pelo arcebispo de Camagüey, dom Willy Pino. O sacerdote esteve detido da tarde de domingo até a madrugada de segunda-feira na delegacia de polícia de Monte-Carlo, em Camagüey, acusado de desordem pública quando defendia alguns manifestantes contrários ao governo.

Em declarações à ACI Prensa, o padre Rolando Montes de Oca, da arquidiocese de Camagüey, disse que o padre Álvarez Devesa foi libertado “depois de uma longa negociação do arcebispo, que durou praticamente o dia inteiro”.

O padre afirmou não ter “notícias dos outros manifestantes que foram presos, nem sequer sabemos onde eles estão”. “Depois dos protestos, foram até a casa de alguns manifestantes e os levaram. Entre eles, havia um seminarista de Matanzas que se chama Rafael Cruz Débora. Entraram na casa dele às cinco da manhã. Dizem que ele foi levado violentamente e não sabemos onde ele está”.

ACI Prensa apurou que, em Camagüey, também foram detidos os jovens Yasmani González Aguilar, Leonardo Fernández Otaño, Manuel Alejandro Rodríguez Yong, Neife María Rigau Chiang e Henry Constantín. Uma fonte vinculada à Igreja em Cuba informou que “os jovens católicos Manuel Yong e Leonardo Fernández foram presos e transferidos para Havana”.   (ACI digital)


Em protestos sem precedentes movimento pede eleições livres em Cuba

Por: Alejandro Bermúdez

Imagem referencial / Crédito: Unsplash

HAVANA, 12 jul. 21 / 11:36 am (ACI).- O Movimento Cristão de Libertação (MCL) instou o povo de Cuba neste domingo, 11 de julho, a seguir pressionando as autoridades comunistas até que permitam eleições gerais. O pedido ocorre depois de milhares de pessoas terem tomado as ruas das principais cidades do país para protestar contra a escassez sem precedentes de bens essenciais e pelas mortes produzidas pela COVID-19 na ilha.

Após meses de escassez de alimentos e medicamentos e o colapso dos hospitais devido à pandemia, milhares de cubanos tomaram as ruas gritando "Abaixo a ditadura!", "Pátria e vida!", "Queremos vacinas!", e "Não temos medo!", formando uma das maiores manifestações em mais de 60 anos de domínio comunista. Manifestantes em algumas regiões marcharam com a imagem de Nossa Senhora da Caridade, a padroeira de Cuba. 

Eduardo Cardet Concepción, Coordenador Nacional do MCL, enviou no domingo, 11, uma declaração a ACI Prensa, a agência em espanhol do grupo ACI, dizendo que "milhares de cubanos estão hoje nas ruas manifestando-se pacificamente, exigindo liberdade e o fim da repressão e da miséria". Eles estão fazendo isso, disse Cardet, "para que a tirania acabe". "O MCL, como parte deste povo cansado da opressão e da injustiça, está plenamente identificado com os seus desejos. Apoiamos os nossos irmãos e irmãs do Movimento de Cristão Libertação e todos os cubanos que se manifestam pacificamente, fazendo uso deste direito legítimo", disse a declaração.

A declaração exige "a libertação dos presos políticos, a anulação das leis repressivas contra a liberdade, o reconhecimento dos direitos econômicos da livre iniciativa dos cubanos, o reconhecimento do direito de cada cubano, dentro e fora da ilha, de votar e ser votado ". A declaração concluiu com as exigências "de realizar eleições com todas estas garantias" e "Liberdade Agora!”.

O MCL foi fundado pelo dissidente católico Oswaldo Payá Sardiñas em 1988 para buscar uma reforma democrática pacífica em Cuba, explicitamente inspirada pela doutrina social da Igreja. Aproveitando uma lacuna na constituição comunista, Payá fez um abaixo-assinado para introduzir a democracia em Cuba. Como consequência, o movimento foi perseguido em todo o país e 42 dos seus líderes acabaram na prisão durante a onda de repressão de 2003 conhecida como a "Primavera Cubana".

Em 22 de Julho de 2012, Payá e outro líder do MCL, Harold Cepero, foram mortos num acidente de carro em circunstâncias suspeitas.

A onda de protestos de domingo começou na cidade de San Antonio de los Baños, no oeste de Cuba ilha, e se espalhou pela ilh até a capital Havana e à cidade de Santiago de Cuba, no leste.

Além da escassez de alimentos e medicamentos, a situação sanitária em Cuba agravou-se dramaticamente desde o início da pandemia. Segundo números do goveno, Cuba tem mais de 218 mil casos e 1,4 mil mortos, numa população de 11 milhões de pessoas. O governo admitiu que em julho observou uma "grave retomada" da COVID-19 com mais de seis mil casos diários.

Cuba desenvolveu a sua própria vacina de três doses, mas a sua eficácia não foi confirmada por pesquisas independentes e as taxas de vacinação são inferiores a 10% da população adulta. A baixa taxa é atribuída tanto a uma falta de confiança das pessoas na vacina cubana como à incapacidade do Governo em aumentar a produção e distribuição.

Numa mensagem na rádio e televisão, o presidente de Cuba, Miguel Díaz Canel, culpou os Estados Unidos pela agitação e apelou a "todos os revolucionários do país, todos os comunistas, para saírem à rua e irem aos locais onde estas provocações vão ocorrer" para confrontar os protestos, provocando assim o medo de um conflito entre a população.

Em resposta ao líder cubano, o MCL condenou a violência "de qualquer lado" e criticou o apelo de Díaz Canel à violência e ao confronto entre cubanos.

"Que não haja mais um dia, nem mais um minuto de tirania a subjugar os cubanos. Nem mais um segundo de submissão e de falta de esperança. Acabaram-se os gritos de tristeza; é tempo de reagir e dizer aos tiranos que o seu reinado de terror e miséria chegou ao fim. Só o povo salva o povo", diz a declaração.

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