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Fé e Esperança


Catequese da Esperança


Uma simpática história, que quase todo mundo já ouviu ou narrou, embora pouco científica, fala de duas rãs que caíram numa barrica de leite. Uma delas não tinha esperança, a outra tinha. A que não tinha esperança, ao não ver nenhuma saída, imaginou seu fim trágico e abreviou sua vida. Prendeu a respiração e morreu minutos depois. A que tinha esperança bateu-se, bateu-se, bateu-se até que acabou pisando em algo duro. De tanto espernear para não morrer, o leite havia se transformado em manteiga. Vale como ilustração para milhões de seres humanos. Sua esperança transforma as coisas ao seu redor. Vencem porque acreditam que, mesmo sem saída, encontrarão alguma solução. Não confundem solução com saída. Se o mundo não lhes deixa nenhuma saída, eles encontram uma outra solução. O rio sempre acha o seu caminho, quando uma barreira desliza sobre ele.


É uma grande graça ter esperança e cultivá-la. Há esperança verdadeira e falsas esperanças. A catequese cristã da esperança está narrada nas histórias de Abraão, Sara, Tobias, José do Egito, Moisés, Susana, Daniel, e centenas de outros personagens para quem aparentemente não havia perspectiva de salvação, ou de realização, mas ela veio. O Eclesiastes diz que quem está vivo tem esperança, pois até um cão vivo é melhor do que um leão morto (Ecle 9,4). Jesus costumava perguntar aos beneficiados se eles acreditavam que sua vida poderia mudar e se queriam sua ajuda (Mt 9,28; Mt 21,22).

Para Jesus, o verbo crer passa pelo verbo esperar... Paulo diz que "Abraão acreditou contra toda a esperança e conseguiu" (Rm 4,8) exatamente porque sua fé foi esperançosa. Pela fé, nós esperamos com garra que o Espírito nos conceda o que pedimos (Gl 5,5), diz Paulo. A garra é a esperança. Poderíamos dizer que a esperança é a fé continuada. Nossa cidadania, está no céu (Fl 3,20), diz ainda o mesmo Paulo, e o que nos caracteriza é a esperança no Salvador que vem de lá. Em Gálatas 2,20, ele afirma que já não é ele que vive, mas Cristo vive nele, porque sua vida no corpo é sustentada pela vida na fé. Aos Efésios, ele afirma que ora para que eles conheçam a esperança para a qual Deus os chamou (Ef 1,18), e lembra que, quando Deus chama para a fé, está chamando para a esperança (Ef 4,4). Crer em Jesus é esperar n'Ele (1 Ts 1,3). Um pouco mais adiante diz aos fiéis que eles são a sua esperança em Cristo (1 Ts 2,19). Paulo aposta sua vida em Jesus, na Igreja e nos irmãos que com ele buscam o Cristo. E sabe que lhe está reservada uma coroa de glória, mas Deus é quem sabe como será (2 Tm 4,7-9).

Quem põe sua esperança em Cristo porque ele dará sucesso financeiro, soluções de todos os problemas tem uma religião de resultados e fala como quem tem certeza e não como quem tem esperança. A fé não dá essas garantias. O justo vive da fé e não de falsas certezas de quem é capaz de dar até hora e local para o milagre, como se Deus dependesse do relógio deles. A nós cabe esperar humildemente que as coisas aconteçam para o nosso bem, mas do jeito de Deus e não do nosso.

Para nós católicos não há fé sem esperança nem esperança sem fé. Para nós a esperança é a vela, a fé é a chama. A vela não funciona sem a chama, a chama não dura sem a vela com o seu pavio. Sem fio interior nem vela é... Se a fé se apaga, a esperança não ilumina. Se a esperança se agita demais ou não fornece o pavio, a fé não arde. Mais bonito ainda é saber que sem as duas também o amor não sobrevive, posto que amar é crer e esperar em alguém, até mesmo quando a pessoa amada não corresponde. Os pais, por exemplo, esperam no filho que não dá nenhuma esperança de mudar, mas há neles esperança suficiente para apostarem na força do seu amor por este filho e na graça de Deus que leva tudo a bom termo. A Igreja nos convida a ser como Paulo, que sabia em quem acreditava e por isso esperou e sua esperança não foi em vão (2 Tm 1,12). Paulo tinha esperança porque acreditava e acreditava porque tinha esperança. Ele sabia que uma era extensão da outra! Nós também!

Fonte: Pe. Zezinho, scj 

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