Diz-nos Lucas que Jesus tinha o costume de frequentar, todos os sábados, a sinagoga (v. 16). É um dos traços fundamentais, segundo Lucas, de Jesus: um homem de oração. Essa característica de Jesus vem acentuada muitas vezes. Outra marca visível de Jesus, no Evangelho de Lucas, é a sua misericórdia. Para o Evangelista, Jesus é a encarnação da misericórdia divina, já anunciada no trecho de hoje (v. 18). Um terceiro traço, bastante forte e decisivo, é a universalidade da salvação trazida por Jesus. Ele não veio para um grupo de observantes da lei, de penitentes, de privilegiados. Veio para todos e para todas as categorias de pessoas. Ele é “a luz que ilumina (isto é: salva) todas as nações” (Lc 2,32). No Evangelho de Lucas, Jesus morre, abrindo as portas do céu a um ladrão arrependido (Lc 23, 42-43), porque viera “procurar e salvar o que estava perdido” (Lc 19,10).
No Evangelho de Lucas, a missão de Jesus se desenvolve dentro de uma grande normalidade: ele tem uma família, um emprego, tem amigos, adapta-se à geografia, à cultura e à sociedade locais e frequenta a sinagoga. Mas difere de todos, porque estava, desde o início, possuído pelo Espírito Santo.
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