Solenidade da Ascensão do Senhor - 7° Domingo da Páscoa (Ano B )


Solenidade da Ascensão do Senhor

O ponto mais alto da história humana

7° Domingo da Páscoa – 
Ano B

Evangelho de Marcos 
16,15-20

Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”. 19Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus. 20Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.


REFLEXÃO:

As últimas informações do Evangelho de Marcos parecem refletir a realidade que a Igreja primitiva estava vivendo. O breve texto registra o envio dos onze discípulos para proclamarem o Evangelho em todo o mundo; elenca alguns sinais prodigiosos que vão acompanhar os missionários; resume o relato da ascensão de Jesus; finalmente, menciona a confirmação das anteriores promessas de Jesus: “O Senhor agia com eles e confirmava a Palavra, por meio dos sinais que a acompanhavam”. A ascensão de Jesus não o afasta do nosso mundo; ao contrário, torna-o sempre presente, de modo ilimitado. Cabe a nós prolongarmos a prática de Jesus, com a garantia de sua constante e animadora presença, utilizando todos os meios e técnicas que o progresso humano põe à nossa disposição.

(Dia a dia com o Evangelho 2024)[1]

Oração do Dia

Deus todo-poderoso, fazei-nos exultar de santa alegria e fervorosa ação de graças, pois na ascensão de Cristo vosso Filho nossa humanidade foi elevada junto a vós e, tendo ele nos precedido como nossa cabeça, nos chama para a glória como membros do seu corpo. Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.


O ponto mais alto da história humana

Há uma expressão que merece uma explicação: ‘Sentado à direita de Deus’. A Igreja pôs a mesma expressão no Credo. Ela origina-se do salmo 110, que é um hino ao Messias triunfante: “Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos como escabelo de teus pés”. Esse texto é lembrado por Jesus ao apresentar-se no templo como Messias (Mc 12,36). Na hora da condenação, quando o Sumo Sacerdote lhe perguntou se era “o Cristo, o Filho de Deus bendito”, Jesus confirmou e acrescentou: “E me vereis sentado à direita do poder de Deus” (Mc 14,62).

Deus não tem direita nem esquerda. A expressão significa que ao Cristo glorioso é dado todo o poder no céu e na terra. Um poder divino, igual ao do Pai. Um poder em comunhão com o poder do Pai. Esse é o ponto mais alto da história humana, porque o Cristo ali está também como homem. Por isso mesmo, a partir desse momento, para ele “convergem todas as aspirações da História e da Civilização … e ele é a plenitude de todos os desejos da criatura humana” (Gaudium et Spes, 45). A glorificação de Jesus, portanto, tem muito a ver com o nosso destino humano, cujo marco final, hoje, Jesus plantou na eternidade do céu.

FREI CLARÊNCIO NEOTTI, OFM, entrou na Ordem Franciscana no dia 23 de dezembro de 1954. Escritor e jornalista, é autor de vários livros e este comentário é do livro “Ministério da Palavra – Comentários aos Evangelhos dominicais e Festivos”, da Editora Santuário.[2]

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