Dom Rino Fisichella na coletiva de imprensa de hoje (23) | Daniel Ibáñez/ ACI Prensa
Por Almudena Martínez-Bordiú
23 de jan de 2024 às 16:34
O papa Francisco inaugurou oficialmente no domingo (21) o Ano de Oração 2024, dedicado de modo especial à oração em preparação ao Jubileu de 2025, que acontecerá em Roma com o tema "Peregrinos da Esperança".
Esta iniciativa foi apresentada hoje (23), na Sala de Imprensa da Santa Sé, pelo pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, dom Rino Fisichella, e pelo membro da secretaria do mesmo Dicastério, dom Graham Bell.
Dom Fisichella destacou que este tempo pretende "mostrar a oração como uma via mestra para a santidade, que nos leva a viver a contemplação na ação".
O ano de 2024 será, portanto, segundo a intenção do papa Francisco, "um ano intenso de oração, em que os corações poderão se abrir para receber a abundância da graça".
Dom Fisichella destacou que "o aspecto espiritual do evento do Jubileu, que vai muito além de qualquer forma necessária e urgente de organização estrutural, deverá ser mais claramente evidenciado".
O arcebispo disse que esse tempo se centra também "no estilo de vida, na qualidade ética e espiritual da convivência".
"Estamos trabalhando, cada um em sua área, para fazer desta cidade um sinal de esperança para aqueles que vivem nela e para aqueles que a visitam?”, perguntou.
Para dom Fisichella, "é preciso se preparar e vivê-lo nas próprias comunidades com aquele espírito de expectativa típico da esperança cristã", ao mesmo tempo que garante que o Ano de Oração "vem corresponder plenamente a essa necessidade".
"Não se trata de um Ano com iniciativas particulares, mas sim de um momento privilegiado para redescobrir o valor da oração, a necessidade da oração cotidiana na vida cristã; como rezar e, sobretudo, como educar para a oração hoje, na era da cultura digital, para que a oração seja eficaz e fecunda", disse.
Estes próximos anos, que "demonstram uma profunda necessidade de espiritualidade", também mostrarão que "a oração não se deixa prender em um esquema preestabelecido porque é a relação pessoal do crente com o próprio Deus, dentro dessa relação íntima e exclusiva que distingue a nossa fé".
O Ano de Oração, segundo dom Fisichella, "está inserido nesse contexto para favorecer a relação com o Senhor e oferecer momentos de autêntico descanso espiritual".
Ele enfatizou que "precisamos aprender a orar e o verdadeiro Mestre só pode ser Ele: Jesus, o Filho de Deus, que com a oração do Pai-Nosso revolucionou o mundo da oração humana".
Iniciativas para o Ano de Oração
Para acompanhar a meditação e a leitura, a fim de compreender melhor o valor da oração, a Santa Sé está disponibilizando diversos instrumentos para os fiéis.
Primeiramente, as 38 catequeses do papa Francisco de 6 de maio de 2020 a 16 de junho de 2021. São catequeses que levam em consideração vários momentos de oração e que podem ser relidas, extraindo delas sugestões úteis e preciosas.
O Dicastério para a Evangelização também publicará oito volumes intitulados "Notas sobre a oração", disponíveis para as várias conferências episcopais para serem, nos próximos meses, "um auxílio útil para aprofundar a oração e também para ajudar os jovens neste caminho".
Dom Fisichella também informou que durante o ano de 2024, o papa fará uma "Escola de Oração", que contará com momentos de encontro "com algumas categorias de pessoas para rezar juntos, incluindo algumas formas de oração".
O arcebispo explicou a ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, que esses encontros de oração dependerão dos compromissos do papa Francisco e possivelmente incluirão "pessoas e famílias da diocese de Roma".
Por último, reiterou que o Dicastério da Santa Sé "permanece a disposição de todas as conferências episcopais e dos representantes das dioceses para o Jubileu, para dar mais esclarecimentos e põe a disposição o material que se prepara cada vez".
Trabalho em Roma para o Jubileu de 2025
Dom Rino Fisichella anunciou que um total de 723 pessoas da Santa Sé, em diferentes níveis, estão trabalhando na preparação do Jubileu.
Os trabalhos foram divididos em 21 grupos e já foram feitas mais de 200 reuniões. Além disso, o bispo destacou que conta com 208 referentes vindos das dioceses italianas e com 90 referentes das conferências episcopais de todo o mundo.
Por último, lembrou que, em 9 de maio de 2024, o papa Francisco divulgará a Bula do Jubileu, um documento com o qual dará a conhecer o espírito, as intenções e os frutos esperados desse grande evento da Igreja Católica, que deverá receber em Roma mais de 30 milhões de pessoas ao longo do ano.
O calendário do Jubileu 2025 pode ser consultado no site oficial, bem como todos os documentos disponíveis aos fiéis para este Ano de Oração.
Fonte: ACI digital
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