Sagrada Família: uma família de fé
A Família de Nazaré é para nós, antes de tudo, um exemplo e modelo de fé. Logo depois da Anunciação, Maria se dirigiu à casa de Isabel, que a proclamou bem-aventurada, porque havia acreditado no Senhor (Le 1,45). Maria foi uma mulher, uma mãe que acreditou no Senhor em todas as circunstâncias, inclusive na paixão e morte de Jesus e quando sepultou o Filho, para quem estava prometido “o trono de Davi e um reinado sem-fim” (Lc 1,32-33). Diz o Catecismo da Igreja: “Durante toda a sua vida, e até à sua última provação, quando Jesus, seu filho, morreu na cruz, sua fé não vacilou. Maria não cessou de crer ‘no cumprimento’ da Palavra de Deus. Por isso a Igreja venera em Maria a realização mais pura da fé” (n. 149).
A fé de Maria abraça-se desde o início da encarnação do Senhor com a fé de José. Lembra o Papa São João Paulo II na Exortação Apostólica sobre São José: “Pode-se dizer que aquilo que José fez o uniu, de maneira absolutamente especial, à fé de Maria: ele aceitou como verdade proveniente de Deus o que Maria tinha aceitado na Anunciação” (Redemptoris Custos, 4c). Maria e José fizeram juntos uma caminhada de fé. Foram verdadeiros ‘peregrinos da fé’. Fé nas promessas escutadas. Fé vivida no dia a dia, na guarda, educação e no crescimento do menino. Foram os primeiros depositários do mistério divino.
FREI CLARÊNCIO NEOTTI, OFM
M.[2]
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