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REDAÇÃO CENTRAL, 22 Ago. 23 / 04:01 pm (ACI).- “Persistindo entre o povo de Deus a fama de santidade” do 4º bispo de Petrolina, dom Antônio Campelo de Aragão foi aberto “uma pesquisa para dar início ao Inquérito Diocesano sobre a vida, as virtudes e a fama de santidade do dito servo de Deus e levar ao conhecimento da comunidade Eclesial”, disse em edital, o bispo de Petrolina (PE), dom Francisco Canindé Palhano.
O bispo pediu aos “fiéis, religiosos e sacerdotes” que tenham depoimentos com elementos favoráveis ou contrários à fama de santidade de dom Campelo ou “qualquer escrito” da autoria do servo de Deus, que encaminhem os documentos com “devida urgência” à cúria de Petrolina até o dia 9 de outubro, na Rua Antônio Santana Filho, nº 205, Centro de Petrolina.
Dom Antônio Campelo de Aragão nasceu no dia 5 de dezembro de 1904, em Garanhuns (PE). Em 1927 ingressou no noviciado da Congregação Salesiana. Foi ordenado padre no 5 de julho de 1936, na basílica Maria Auxiliadora, em Turim, pelo cardeal Maurílio Fossati. Celebrou sua primeira missa no altar de são dom Bosco e voltou ao Brasil após sua ordenação.
Entre 1937 a 1938 morou no colégio Liceu Salesiano do Salvador, na Bahia. Entre 1939 a 1942, tornou-se direção do colégio padre Inácio Rolim, em Cajazeiras (PB). Entre 1943 a 1945 foi administrador do colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Aracaju (SE). Depois foi enviado pelo salesianos para Fortaleza (CE), onde foi diretor do colégio salesiano e pároco da igreja da Piedade. Lá construiu escolas profissionais dom Bosco.
Em 5 de junho de1950, o papa Pio XII o nomeou bispo Auxiliar de Cuiabá (MT), assumindo como seu lema episcopal: “Tudo farei pelo Eleitos”. Segundo o instituto Social das Medianeiras da Paz (ISMEP), em Cuiabá ele foi um pastor incansável, estimulando os setores pastorais e sociais. Visitava as famílias e evangelizava vários setores da sociedade da diocese.
Em 18 de dezembro de 1956, o papa Pio XII o nomeou bispo de Petrolina (PE). Como 4º bispo de Petrolina, foi missionário e peregrino das caatingas e comunidades ribeirinhas. Desenvolveu trabalhos nas áreas de: comunicação, saúde e educação, além de ser um grande animador da pastoral vocacional. Fez grandes marcos de Evangelização e serviços sociais na diocese, como: a Emissora Rural “ A Voz do São Francisco”, a construção da Vila São Francisco” para os pobres; a construção e inauguração do Pavilhão do Lenho – Instituto São José e Cine Massangano, atualmente chamado Centro Cultural Dom Bosco; ampliação do Centro Social Pio XI; implantação das Legiões agrárias e círculos operários no interior da diocese; realização do primeiro Congresso de Ação Social de Petrolina; construção e inauguração do Hospital e Maternidade Santa Maria e da Escola Normal Dom Malan em Araripina (PE). Além disso, implantou na diocese as decisões do Concílio Vaticano II.
Fundou duas congregações religiosas: as Mensageiras de Santa Maria, em 1º de julho de 1957 e as Irmãs Medianeiras da Paz, em 10 de dezembro1968, que assumiram o lema episcopal de dom Antonio: “Tudo Fazer Pelos Eleitos”, como carisma, em especial aos mais necessitados. Atualmente as Irmãs Medianeiras estão presentes em 14 comunidades no Nordeste do Brasil.
Ficou à frente da diocese de Petrolina por 18 anos e voltou a congregação Salesiana, onde morou na comunidade do colégio salesiano de Salvador entre 1975 a 1988. Neste tempo dedicou-se a formação das Irmãs Medianeiras da Paz, e fundou no dia 12 de outubro de 1984 a Associação das servas Medianeiras da Paz, para o serviço da evangelização, seguindo a espiritualidade, o carisma e a missão das Irmãs Medianeiras da Paz. Também acompanhou a Associação das Filhas de Maria Servas dos Pobres, fundada por Irmã Dulce em Salvador (BA).
Dom Antonio Campelo de Aragão, morreu no dia 10 de setembro de 1988 em Araripina (PE). Seu corpo foi sepultado na catedral de Petrolina. No dia 29 de junho de 2023, o bispo de Petrolina, dom Francisco Canindé Pallhano recebeu uma carta datada de 16 de maio de 2023, do Dicastério das Causas dos Santos aprovando a abertura da causa de beatificação e canonização de dom Campelo.
Fonte: ACI digital
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