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3 conselhos de São Domingos para nos ajudar a permanecer firmes quando a Igreja nos decepciona

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Jacques-Benoît Rauscher - publicado em 02/06/23

O frade dominicano Jacques-Benoît Rauscher, do convento de Lyon, sugere uma maneira de manter viva a esperança, inspirada na vida de São Domingos, para os cristãos que estão desanimados com a Igreja

Recentemente, conheci muitas pessoas que estão desorientadas com os escândalos que estão se repetindo na Igreja. Essas pessoas não são vítimas diretas de delitos cometidos por padres ou religiosos, nem são culpadas pelo que aconteceu. Mas sua fé foi abalada por esses acontecimentos. E por um bom motivo! Admito que nem sempre tenho as palavras para ajudá-las. Confesso que eu também não saio ileso das notícias sinistras que destacam a perversidade de pessoas que deram sua vida à Igreja.

Cristãos desestabilizados

Nesses momentos de desestabilização, precisamos denunciar os crimes, cuidar das vítimas e pensar em como evitar que esses horrores aconteçam novamente. Mas também devemos ter o cuidado de não ceder ao desespero. Não dizer a nós mesmos que todas essas revelações são apenas pesadelos que acabarão passando; mas ter a força para seguir em frente e redescobrir o sabor do Evangelho, o único que nos permitirá superar essas terríveis dificuldades.

Nessa jornada, fui ajudado pelo exemplo de grandes santos. Mesmo que cada época seja diferente, os cristãos do passado passaram por momentos em que tudo parecia estar desmoronando na vida da Igreja. São Domingos é um deles. No século XIII, ele se deparou com uma grave crise na Igreja de sua época. Acredito que sua atitude pode nos inspirar a dar três passos, para que também possamos nos manter de pé quando tudo parece estar desmoronando na Igreja.

1. OUSAR CHORAR

Os primeiros frades dominicanos relatam que ouviam São Domingos chorando à noite na capela. As lágrimas acompanhavam sua oração. Ele chorava pelos pecados do mundo, pelos sofrimentos da Igreja, dilacerada pelas divisões e pela mediocridade de sua resposta aos apelos do Senhor.

Esse é um primeiro exemplo a ser ponderado. Quando tudo parece estar desmoronando na Igreja, Domingos nos convida a reservar um tempo para considerar nossa tristeza. Talvez até mesmo para nos permitir chorar. Essa tristeza significa que não somos indiferentes, que os dramas que estão destruindo a Igreja nos afetam porque, no fundo, amamos a Igreja. Não é pouca coisa perceber isso.

2. CONHECER SUAS RAÍZES

As testemunhas da vida de São Domingos nos lembram que ele era um homem firmemente enraizado em sua fé. Ele recebeu uma sólida educação na Espanha, onde nasceu. Essa formação foi intelectual, mas não só. Ela também foi feita de encontros com crentes que deixaram sua marca nele, com pessoas que esperavam pela Palavra de Deus.

Olhar para nossas raízes significa perceber que queremos que a mensagem do Evangelho continue a ressoar no mundo porque ela é incomparavelmente rica

Quando tudo parece estar desmoronando na Igreja, é uma boa ideia voltar, como São Domingos, às nossas raízes: a um texto bíblico que é importante para nós, a um evento que foi fundamental para nossa jornada de fé, a uma pessoa cuja fé nos levou adiante. Esse é o segundo conselho que a vida de Domingos nos dá: lembre-se de nossas raízes para perceber o quanto nossa fé nos tornou pessoas bonitas. Olhar para nossas raízes é perceber que queremos que a mensagem do Evangelho continue a ressoar no mundo porque ela é incomparavelmente rica.

3. VENCER O MAL COM O BEM

São Domingos foi confrontado com padres e bispos que não estavam à altura de sua missão, especialmente porque viviam de uma maneira muito rica. O estilo de vida deles chocou muitos cristãos que estavam deixando a Igreja. Domingos, então, propôs uma nova forma de vida religiosa – centrada na pobreza e na mendicância – mais inspirada no Evangelho.

Quando tudo parece estar dando errado na Igreja, São Domingos nos lembra que certamente devemos dizer o que está dando errado. Mas nunca devemos nos permitir ser esmagados pelo mal. Precisamos inventar novas maneiras, inspiradas no Evangelho e na Tradição da Igreja, para sair da crise. Todos nós podemos fazer isso em nosso próprio nível, não nos permitindo ser fascinados pelo mal, mas nos comprometendo a superá-lo com a criatividade do Espírito Santo.

É fácil ficar abalado com a face da Igreja revelada por algum escândalo. Mas, como São Domingos, precisamos redescobrir a alegria de acreditar e proclamar o Evangelho. É com base nisso que podemos reconstruir o que precisa ser reconstruído na Igreja e nos comprometer a garantir que sua missão não seja mais distorcida.

Fonte: Aleteia
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