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Os cegos tornarão a ver - 4° Domingo da Quaresma (Ano A )


Os cegos tornarão a ver

4° Domingo da Quaresma – 
Ano A

Evangelho de João 9,1-41 
ou 1.6-9.13-17.34-38

*[Naquele tempo, 1ao passar, Jesus viu um homem cego de nascença.] 2Os discípulos perguntaram a Jesus: “Mestre, quem pecou para que nascesse cego: ele ou os seus pais?” 3Jesus respondeu: “Nem ele nem seus pais pecaram, mas isso serve para que as obras de Deus se manifestem nele. 4É necessário que nós realizemos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia. Vem a noite, em que ninguém pode trabalhar. 5Enquanto estou no mundo, eu sou a luz do mundo”. 6Dito isso, [Jesus cuspiu no chão, fez lama com a saliva e colocou-a sobre os olhos do cego. 7E disse-lhe: “Vai lavar-te na piscina de Siloé” (que quer dizer “Enviado”). O cego foi, lavou-se e voltou enxergando. 8Os vizinhos e os que costumavam ver o cego – pois ele era mendigo – diziam: “Não é aquele que ficava pedindo esmola?” 9Uns diziam: “Sim, é ele!” Outros afirmavam: “Não é ele, mas alguém parecido com ele”. Ele, porém, dizia: “Sou eu mesmo!”] 10Então lhe perguntaram: “Como é que se abriram os teus olhos?” 11Ele respondeu: “Aquele homem chamado Jesus fez lama, colocou-a nos meus olhos e disse-me: ‘Vai a Siloé e lava-te’. Então fui, lavei-me e comecei a ver”. 12Perguntaram-lhe: “Onde está ele?” Respondeu: “Não sei”. [13Levaram então aos fariseus o homem que tinha sido cego. 14Ora, era sábado o dia em que Jesus tinha feito lama e aberto os olhos do cego. 15Novamente, então, lhe perguntaram os fariseus como tinha recuperado a vista. Respondeu-lhes: “Colocou lama sobre meus olhos, fui lavar-me e agora vejo!” 16Disseram, então, alguns dos fariseus: “Esse homem não vem de Deus, pois não guarda o sábado”. Mas outros diziam: “Como pode um pecador fazer tais sinais?” 17E havia divergência entre eles. Perguntaram outra vez ao cego: “E tu, que dizes daquele que te abriu os olhos?” Respondeu: “É um profeta”.] 18Então os judeus não acreditaram que ele tinha sido cego e que tinha recuperado a vista. Chamaram os pais dele 19e perguntaram-lhes: “Este é o vosso filho, que dizeis ter nascido cego? Como é que ele agora está enxergando?” 20Os seus pais disseram: “Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego. 21Como agora está enxergando, isso não sabemos. E quem lhe abriu os olhos também não sabemos. Interrogai-o, ele é maior de idade, ele pode falar por si mesmo”. 22Os seus pais disseram isso porque tinham medo das autoridades judaicas. De fato, os judeus já tinham combinado expulsar da comunidade quem declarasse que Jesus era o Messias. 23Foi por isso que seus pais disseram: “É maior de idade. Interrogai-o a ele”. 24Então, os judeus chamaram de novo o homem que tinha sido cego. Disseram-lhe: “Dá glória a Deus! Nós sabemos que esse homem é um pecador”. 25Então ele respondeu: “Se ele é pecador, não sei. Só sei que eu era cego e agora vejo”. 26Perguntaram-lhe então: “Que é que ele te fez? Como te abriu os olhos?” 27Respondeu ele: “Eu já vos disse, e não escutastes. Por que quereis ouvir de novo? Por acaso quereis tornar-vos discípulos dele?” 28Então, insultaram-no, dizendo: “Tu, sim, és discípulo dele! Nós somos discípulos de Moisés. 29Nós sabemos que Deus falou a Moisés, mas esse não sabemos de onde é”. 30Respondeu-lhes o homem: “Espantoso! Vós não sabeis de onde ele é? No entanto, ele abriu-me os olhos! 31Sabemos que Deus não escuta os pecadores, mas escuta aquele que é piedoso e que faz a sua vontade. 32Jamais se ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. 33Se esse homem não viesse de Deus, não poderia fazer nada”. [34Os fariseus disseram-lhe: “Tu nasceste todo em pecado e estás nos ensinando?” E expulsaram-no da comunidade. 35Jesus soube que o tinham expulsado. Encontrando-o, perguntou-lhe: “Acreditas no Filho do Homem?” 36Respondeu ele: “Quem é, Senhor, para que eu creia nele?” 37Jesus disse: “Tu o estás vendo; é aquele que está falando contigo”. Exclamou ele: 38“Eu creio, Senhor!” E prostrou-se diante de Jesus.] 39Então, Jesus disse: “Eu vim a este mundo para exercer um julgamento, a fim de que os que não veem vejam e os que veem se tornem cegos”. 40Alguns fariseus, que estavam com ele, ouviram isso e lhe disseram: “Porventura também nós somos cegos?” 41Respondeu-lhes Jesus: “Se fôsseis cegos, não teríeis culpa; mas como dizeis ‘nós vemos’, o vosso pecado permanece”.


REFLEXÃO:

A cura do cego de nascimento recorda o nosso batismo. Fomos lavados pela água, símbolo de purificação e vida nova, e ungidos com óleo, símbolo da força de Deus para a missão nova que assumimos. Há um contraste entre o caminho percorrido pelo cego e a atitude radical e inflexível das autoridades religiosas. O cego parte da cegueira física, da total dependência, para a total autonomia, própria de quem vê; e da ignorância religiosa para a libertação interior da fé. Os dirigentes judeus, ao contrário, permanecem incrédulos em relação a Cristo, “luz do mundo”. Enxergam fisicamente, mas o coração deles está longe de acolher as ações libertadoras de Jesus. Preferem manter o povo dominado e explorado. A nosso respeito, Jesus diz: “Vocês são a luz do mundo” (Mt 5,14). Somos?

(Dia a dia com o Evangelho 2023)[1]

Oração do Dia

Ó Deus, que por vosso Filho realizais de modo admirável a reconciliação do gênero humano, concedei ao povo cristão correr ao encontro das festas que se aproximam cheio de fervor e exultando de fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Os cegos tornarão a ver

A cegueira era frequente na Palestina. Talvez por causa do clima. A cura era rara. Embora não sofressem a desgraça dos leprosos, também os cegos eram tidos como ‘pecadores’, por duas razões. Primeira, porque, se fossem pessoas boas,
Deus não os teria castigado com a cegueira; segunda, porque, como cegos, não tinham possibilidade de cumprir todos os mandamentos e, consequentemente, se não eram, tornavam-se pecadores. Essa mentalidade aparece clara ao longo do
Evangelho de hoje. Até nos sacrifícios era proibido oferecer um animal que fosse cego (Lv 22,22; Dt 15,21).

A cura da cegueira, naquele tempo praticamente impossível, só era esperada por meio de uma intervenção divina, um milagre. Por isso, dizia-se que, quando chegasse o Messias, ele haveria de restituir a vista aos cegos (Is 29,18 e 35,5). Jesus faz referência a essa esperança (Lc 4,18) e confirma sua messianidade pela cura da cegueira (Mt 11,5; Lc 7,22) e hoje até curando um cego de nascença. Os evangelistas anotaram vários milagres de cura de cegos feitos por Jesus, sempre como sinal da chegada do Messias (por exemplo: Mt 9,27-31; 12,22; 15,30; 20,29-34; 21,14).

FREI CLARÊNCIO NEOTTI, OFM, entrou na Ordem Franciscana no dia 23 de dezembro de 1954. Escritor e jornalista, é autor de vários livros e este comentário é do livro “Ministério da Palavra – Comentários aos Evangelhos dominicais e Festivos”, da Editora Santuário.[2]

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