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Católicos devem obedecer a Deus, não à nova ordem mundial diz o cardeal Müller

Cardeal Gerhard Müller / Daniel Ibáñez (ACI)

Roma, 04 fev. 22 / 11:50 am (ACI).- Católicos devem obedecer a Deus e não àqueles que propõem o big reset ou great reset (a grande reinicialização) ou a nova ordem mundial, disse o cardeal Gerhard Müller, prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Em entrevista a Alejandro Bermúdez no programa Cara a Cara da rede de televisão católica EWTN, do grupo a que pertence ACI Digital, o cardeal Müller disse que “temos que obedecer à Palavra de Deus e não às reflexões variáveis dos homens dominantes”, com ideias como as do “big reset, da nova ordem mundial”

O big reset ou great reset é uma proposta que surgiu do Fórum Econômico Mundial, também conhecido como Fórum de Davos, que visa, com base na pandemia de covid-19, repensar "o estado futuro das relações globais, os rumos das economias nacionais, as prioridades das sociedades, a natureza dos modelos de negócios e a gestão de um bem comum global”.

Essas ideias retomam a abordagem feita há alguns anos pelo mesmo Fórum de Davos da necessidade de uma "nova ordem mundial".

O cardeal Müller lembrou que há muitas décadas ideologias como o nacional-socialismo (nazismo), o fascismo e o comunismo se apresentavam "como progressistas", que falavam "também da ciência moderna, segundo a doutrina das raças e do biologismo".

“E essa ideologia era dominante. Assim como hoje existiam outras ideologias, mas também baseadas no biologismo, no naturalismo, que negam a Revelação sobrenatural de Deus”, disse.

Hoje, disse ele, "pessoas muito ricas" que "têm muito sucesso na economia, super milionários", como o fundador da Microsoft, Bill Gates, afirmam saber "mais sobre antropologia, sobre história da filosofia do que o professor Müller”.

No entanto, “eles não estão em posição de falar filosoficamente".

O prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé destacou a importância de cada pessoa aprofundar em "sua convicção fundamental diretamente na Palavra de Deus".

"Cada um tem que começar diretamente a ter um contato direto com Deus", e levar suas ideias "para uma convicção pessoal, uma decisão pessoal: quero ser um cristão, seguir Jesus Cristo diretamente e não fazer parte de uma cultura mais ou menos cristã", disse ele.

Diante da “confusão” de ideologias misturadas com o cristianismo que estão presentes no mundo de hoje, Müller disse: “Creio em Jesus Cristo, o Filho de Deus que é a Verdade. Todas as verdades naturais têm seu centro na Verdade sobrenatural que é Jesus Cristo, a Verdade e a Graça”.

"Ele nos mostra o caminho, o único caminho: 'Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida'", destacou.

Depois de destacar a importância de crescer e se formar em um ambiente cristão na família, o cardeal afirmou que "no final, cada um deve dizer e decidir: sou discípulo de Jesus Cristo ou não".

Isso, disse, é especialmente importante "neste mundo do relativismo", que impõe a ideologia de gênero, e que procura "um pensamento único, todos têm de pensar a mesma coisa que o Fórum Econômico de Davos".

"E aqueles que não pensam e falam como eles, como os líderes da opinião pública, são atacados, dizem que são de direita, ou são nazistas ou (promovem) uma teoria da conspiração", denunciou.

“Eles atacam pessoalmente, difamam pessoalmente todos aqueles que não estão neste pensamento único”, acrescentou.

Diante dessas imposições, destacou que “a fé cristã quer libertar os homens, não os forçar a pensar como os outros, mas a pensar segundo o pensamento de Deus, a Palavra de Deus”.

Müller lembrou que "durante muito tempo", desde o imperador Constantino, o mundo ocidental viveu em uma sociedade e cultura predominantemente cristãs.

"Mas a partir do Iluminismo, começou um movimento totalmente anticristão", disse ele, houve "essa fratura na tradição cristã", com o aparecimento de "grandes ideologias ateístas do nacional-socialismo, fascismo e comunismo na Europa".

No entanto, disse, "em outras partes do mundo o cristianismo nunca foi a maioria", como em regiões predominantemente muçulmanas ou em partes da Ásia. Lá, ele disse, "os cristãos sempre tiveram essa experiência de ser uma minoria".

“Essa também será nossa experiência no Ocidente, de nos tornarmos mais ou menos uma minoria de crentes. Muitos católicos segundo o costume, mas sem conteúdo, sem aquela substância de fé”, disse.

Essa situação, ressaltou, deve nos encorajar a ser “não apenas uma minoria que sofre, mas também uma minoria que é criativa, que defende os direitos humanos contra essas manipulações que temos hoje”.

Entre essas ameaças, o cardeal falou sobre o "transumanismo", que busca "fazer um híbrido, uma combinação entre um homem e uma máquina, um homem e os animais”.

"Tudo isso é contra a dignidade humana", alertou.

“Esses valores nós temos que defender. Não só a tradição cristã, a Revelação, a fé sobrenatural, mas também os valores naturais: a dignidade de todos os homens contra o aborto, contra a inseminação artificial, onde o homem, o bebê, é só um produto das manipulações e não um dom de Deus", concluiu.

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