Mercedes de la Torre
Papa Francisco na mi
No segundo domingo do Advento, papa explica em ssa na Grécia. Foto: Andrea Gagliarduci / ACI Prensa
REDAÇÃO CENTRAL, 05 dez. 21 / 01:35 pm (ACI).- O papa Francisco6 explicou em que consiste a conversão, durante a missa de hoje, 5 de dezembro, segundo domingo do Advento, como parte de sua viagem apostólica à Grécia. A Eucaristia, que aconteceu no Megaron Concert Hall, foi presidida pelo papa em latim e as leituras foram proclamadas em grego. Segundo dados oficiais, participaram cerca de duas mil pessoas, incluindo o presidente da República.
“Converter-se significa não dar ouvidos ao que enterra a esperança, a quem repete que nada mudará jamais na vida; é recusar-se a acreditar que estamos destinados a afundar nas areias movediças da mediocridade; é não ceder aos fantasmas interiores, que surgem sobretudo nos momentos de provação para nos desanimar, dizendo que não vamos conseguir, que tudo está errado e que tornar-se santo não é para nós”, disse o papa.
Francisco destacou que é necessário confiar em Deus, “porque é Deus o nosso além, a nossa força. Tudo muda, se se deixar a Ele o primeiro lugar. Eis a conversão: ao Senhor, basta a nossa porta aberta para entrar e fazer maravilhas”.
“Peçamos a graça de acreditar que, com Deus, as coisas mudam, que Ele cura os nossos medos, sara as nossas feridas, transforma lugares áridos em nascentes de água. Peçamos a graça da esperança, porque é a esperança que reanima a fé e reacende a caridade”, convidou o papa.
Testemunhas de esperança
Em seguida, o papa encorajou a pedir à Virgem Maria “que nos ajude a ser, como Ela, testemunhas de esperança, semeadores de alegria ao nosso redor; a esperança jamais decepciona, e não só quando estamos felizes e juntos, mas todos os dias, nos desertos que habitamos. Porque é aqui que, com a graça de Deus, a nossa vida é chamada a converter-se e a florescer”.6
Ao refletir sobre a passagem do Evangelho dominical, o pontífice se concentrou na figura de são João Batista, que vivia no deserto e que convida à conversão.
“Ao pregar no deserto, João assegura-nos que o Senhor vem para nos libertar e de novo nos dar vida precisamente nas situações que parecem irresgatáveis, sem via de saída. Assim, não há lugar que Deus não queira visitar”. “E hoje só podemos sentir alegria em vê-Lo escolher o deserto, para nos alcançar na nossa pequenez que ama e na nossa aridez que quer dessedentar”, disse.
Nesse sentido, o papa destacou que a mensagem de Jesus consiste em que “ter autoridade, ser cultos e famosos não constituem garantias para agradar a Deus; antes pelo contrário, poderia induzir-nos ao orgulho e a rejeitá-Lo. Em vez disso, ajuda ser pobres intimamente, como pobre é o deserto”.
“Deus surpreende-nos, as suas opções surpreendem: não entram nas previsões humanas, não seguem o poder e a grandeza que o homem habitualmente Lhe associa. O Senhor prefere a pequenez e a humildade. A redenção não começa em Jerusalém, Atenas ou Roma, mas no deserto”, afirmou.
Por isso, o papa encorajou a não temer a pequenez “porque a questão não é ser pequenos e poucos, mas abrir-se a Deus e aos outros. E não temais sequer a aridez, pois não a teme Deus que nela nos vem visitar”.
“Agora como então, Deus volta o seu olhar para onde dominam tristeza e solidão. Podemos experimentá-lo na vida: com frequência Ele não consegue tocar-nos enquanto estamos no meio dos aplausos e só pensamos em nós mesmos; alcança-nos sobretudo nas horas da provação. Visita-nos nas situações difíceis; é nos nossos vazios, nos nossos desertos existenciais, que Lhe deixamos espaço”, disse o papa.
Além disso, aconselhou a não reduzir a “a um esforço moral, como se fosse fruto apenas do nosso empenho”, porque o problema está justamente “em basear tudo sobre as nossas forças. Aqui se escondem também a tristeza espiritual e a frustração”.
“Ao exortar-nos à conversão, João Batista convida-nos a ir além, não nos detendo aqui; ir além daquilo que os nossos instintos nos sugerem e os nossos pensamentos fotografam, porque a realidade é maior. Na verdade Deus é maior”, afirmou o papa.
Despedida ao papa
No final da celebração, o papa Francisco agradeceu às autoridades civis e eclesiais pela hospitalidade recebida e destacou que “a palavra Eucaristia, que vem da língua grega, sintetiza o dom de Cristo para toda a Igreja. E, assim, a gratidão está inscrita para nós, cristãos, no coração da fé e da vida”.
“Que o Espírito Santo faça de todo o nosso ser e da nossa obra uma Eucaristia, uma ação de graças a Deus e um dom de amor aos nossos irmãos”.
“Amanhã deixarei a Grécia, mas não os deixarei. Eu os levarei comigo, na memória e na oração. E vocês também, por favor, continuem a rezar por mim”, concluiu o papa.
Fonte: ACI digital
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