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Ana Catarina Emmerick: a beata e mística que viu o nascimento de Jesus

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Shutterstock | ping198

Ricardo Sanches - publicado em 27/12/21

"Maria, levantada da terra em êxtase, olhava para baixo, adorando o seu Deus, cuja Mãe se tornara..."

Ana Catarina Emmerick nasceu no dia 8 de setembro de 1774 numa aldeia da Westfália, na Alemanha. Ainda menina, começou a experimentar grandes dons do Senhor como êxtases e visões. Quando cresceu, visitou várias comunidades religiosas que, paradoxalmente não a aceitavam para a vida religiosa. Apenas quando uma amiga se interessou pelo seu caso é que Ana conseguiu finalmente entrar no mosteiro das Cônegas Regulares de Santo Agostinho. No local, as visões tornaram-se mais frequentes e despertava dúvidas por parte das outras irmãs.

O mosteiro foi fechado por questões políticas e Ana Catarina Emmerick foi viver na casa de um padre francês. Foi lá que ela recebeu os estigmas de Cristo, mas os escondeu por muito tempo. Depois que os revelou, sua vida se transformou num grande sinal diante dos homens: ela unia seus sofrimentos aos de Jesus, na Paixão. Vários interrogatórios foram feitos e estes apontaram para o caráter sobrenatural dos fenômenos que ela vivia. Ela teve constantes visões que diziam respeito às vidas de Jesus e de Nossa Senhora. Foi beatificada em 2004 por João Paulo II.

A seguir, reproduzimos o relato de Ana Catarina Emmerick fez acerca do nascimento de Jesus. O texto foi retirado do livro “Vida, Paixão e Glorificação do Cordeiro de Deus” e não recebeu total confirmação da Igreja. Porém, serve de reflexão e para aumentarmos a nossa piedade, já que não desmente as Sagradas Escrituras. Deve, portanto, ser lido como uma meditação, não como uma revelação divina.

Beata Anna Caterina Emmerick, Coesfeld-Flamschen, Germania
Wikipedia PD

O nascimento de Jesus, segundo Ana Catarina Emmerick

“Vi o esplendor em volta da Santíssima Virgem crescer mais e mais. Ela estava de joelhos, coberta de um vestido largo, estendido em redor, sem cinto. À meia-noite ficou extasiada e levantada acima do solo; tinha os braços cruzados sobre o peito. Não vi mais o teto da gruta; uma estrada de luz abria-se-lhe por cima, até o mais alto Céu, com crescente esplendor.

Maria, porém, levantada da terra em êxtase, olhava para baixo, adorando o seu Deus, cuja Mãe se tornara e que jazia deitado por terra, diante dela, qual criancinha nova e desamparada. Vi o nosso Salvador qual criancinha pequenina, resplandecente, cujo brilho excedia a toda a luz na gruta, deitado no tapete, diante dos joelhos de Maria. Parecia-me que era muito pequeno e crescia cada vez mais, diante dos meus olhos.

Depois de algum tempo vi o Menino Jesus mover-se e ouvi-o chorar. E foi nesse momento que Maria voltou a si. Tomou a criancinha e, cobrindo-a com um pano, apertou-a ao peito. Assim se sentou, envolvendo-se, com o Filhinho, no véu. Então vi em redor Anjos em forma humana, prostrados em adoração diante do Menino.

Cerca de uma hora após o nascimento, Maria chamou São José, que ainda estava a rezar. Chegando-se-Ihe perto, prostrou-se-Ihe o esposo em frente, em adoração, cheio de humildade e alegria. Só quando Maria lhe pediu que apertasse de encontro ao coração o santo dom de Deus, levantou-se, recebendo o Menino Jesus nos braços e louvando a Deus, com lágrimas de alegria.

A Santíssima Virgem envolveu então o Menino em panos e deitou-o na manjedoura, cheia de junco e ervas finas e coberta com uma manta. A manjedoura estava ao lado direito, na entrada da gruta. Os santos Pais, tendo deitado o menino no presepe, ficaram a seu lado, cantando salmos”.

Tinha chegado o tempo da consumação: O Verbo fizera-se carne – o Verbo Eterno e Divino do Pai Celestial Todo-Poderoso. Cumpria-se a profecia de Isaías: A Virgem concebera e dera à luz um filho, cujo nome é Emanuel, «Deus Connosco (Is. 7, 14)». Apareceu entre nós o Messias, prometido já no paraíso e por todos os povos tão ardentemente ansiado. Está deitado numa manjedoura, tal qual uma criança pobre e desamparada. Será reconhecido em tão humildes condições? A quem se revelará primeiro o Rei da glória? Não aos grandes e soberbos da terra! Os pastores, pobres e simples, foram os primeiros convidados por mensageiros celestiais à manjedoura, para adorar o Menino divino. Conta Catharina Emmerich: “Vi três pastores, que estavam juntos diante do rancho, admirando a maravilhosa noite; no céu vi uma nuvem luminosa, descendo até eles. Ouvi um doce canto. A princípio os pastores assustaram-se, mas de repente surgiu-lhes um Anjo, dizendo: ‘Não temais, anuncio-vos uma grande alegria, que é dada a todo o povo, pois nasceu hoje, na cidade de David, o Salvador, que é Cristo, Nosso Senhor… Eis o sinal para conhecê-lo: achareis uma criança envolta em panos e deitada num presépio’. Enquanto o Anjo falava aumentava o esplendor em redor e vi então cinco ou sete Anjos, grandes, luminosos e graciosos, diante dos pastores; seguravam nas mãos uma fita, como de papel, na qual estava escrita uma coisa, em letras do tamanho de um palmo e ouvi-os louvar a Deus e cantar: ‘Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade’”.

Fonte: Aleteia
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