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Vírus intransigente


Foi aberta uma investigação canônica contra padres da Paróquia de Saint Eugène-Sainte-Cécile em Paris. Editorialista e famoso vaticanista fazem duras críticas a uma parte do episcopado francês.

Redação (17/04/2021 10:21, Gaudium Press) Até o começo do ano passado podia-se ir à igreja rezar, assistir à Missa; se fosse necessário, confessar-se, comungar; havia batismos, casamentos, confirmações; recebia-se a unção dos enfermos. Inesperadamente passamos, devido às medidas preventivas contra o avanço do coronavírus, à terrível situação que nos faz lembrar os tempos dos primeiros cristãos nas catacumbas, durante as perseguições religiosas, das grandes guerras ou catástrofes naturais. A figura da Igreja se apresenta agora como causadora de um grande mal: celebrar missas e ministrar os sacramentos.

Sim, aconteceu em Paris, na Igreja de Saint Eugène-Sainte-Cécile, onde dois sacerdotes estão sob custódia por “deliberadamente pôr em risco a vida dos outros, não portar máscara e de aglomerar mais de seis pessoas, sem respeitar o distanciamento”. E ademais, foi aberta uma investigação canônica por parte da arquidiocese local.

Qual foi o crime que cometeram? Celebraram a Vigília Pascal e houve uma afluência de fiéis maior do que eles esperavam. Pouco tempo depois, um parente de um catecúmeno, que fora batizado nessa cerimônia, filmou e lançou na internet, denunciando o desrespeito às medidas sanitárias.

Em resposta, a paróquia afirmou que, desde o começo da pandemia, as medidas sanitárias sempre estiveram em prática. Os cartazes com as normas estão afixados na entrada da igreja, mas “os padres não têm a vocação de ‘policiar’ seus fiéis”.

“Embora o assunto pudesse ter sido resolvido fazendo-os lembrar das normas sanitárias e, no máximo, a aplicação de uma multa, a histeria mediática e policialesca desencadeada por causa disso foi muito grande”.

Dentro deste panorama, encontra-se também a atitude do episcopado que, em vez de “denunciar a penalização desproporcionada de dois dos seus sacerdotes, inicia um raríssimo procedimento de investigação canônica”, na qual averigua as infrações contra o direito canônico – código que assegura a ordem tanto na vida individual e social, como na própria atividade da Igreja.

As palavras do editorial da revista Valeurs Actuelles são bastante duras em relação a uma parte dos bispos franceses:

“Na realidade, este caso reforça o mal-estar sentido, desde o início da pandemia, com a atitude de uma grande parte do episcopado mais preocupada com o legalismo do que com a profundidade espiritual. Ficando para trás de seus fiéis na defesa da liberdade de culto, muitos deram a impressão de que a obediência ao Estado era mais importante do que a defesa da missa – a ponto de Jean-Marie Guenois [proeminente vaticanista] escrever no Le Figaro que este caso revelou que alguns bispos não acreditam mais na presença real de Cristo na Eucaristia”.

Parece que uma grande parte do episcopado está mais preocupada em obedecer “a moral higiênica laica” do Estado do que defender a liberdade de culto. Essa “obsessão sanitária” está acima da saúde espiritual de seus fiéis.

Com informações do editorial de Laurent Dandrieu na Revista Valeurs Actuelles de 15 de abril 2021.

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