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O Sinal de Salvação - 4° Domingo da Quaresma (Ano B)


O SINAL DE SALVAÇÃO

4° Domingo da Quaresma Ano B

Evangelho de João 3,14-21

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 14“Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15 para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. 16 Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18 Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. 19 Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. 20Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. 21 Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus”.

O SINAL DE SALVAÇÃO

Na tentativa de instruir Nicodemos, discípulo às escondidas, nas coisas da fé, Jesus retomou um fato importante da história do povo de Israel, quando este caminhava pelo deserto. A experiência de pecado e rebelião contra Deus havia desencadeado o castigo divino. Para aplacar a ira divina, o próprio Deus recomendou a Moisés fundir uma serpente de bronze. Assim, quem, porventura, olhasse para ela, seria poupado desse castigo.

Este fato da história do povo de Israel ofereceu elementos para a compreensão da morte de Jesus na cruz. De novo, encontramos a humanidade imersa no pecado, incapaz de ser livrar da maldição que a rebelião contra Deus lhe impingiu. Somente o Pai poderia oferecer um caminho de superação desta trágica situação. Seu Filho, suspenso na cruz, torna-se-ia, como a serpente no deserto, penhor de salvação para quem se voltasse para ele com fé. A morte de cruz, portanto, teria uma finalidade absolutamente salvífica. Através dela, seria possível obter a vida eterna.

O envio do Filho Jesus ao mundo foi fruto da benevolência divina para com a humanidade pecadora. Contudo, existe quem se recuse a voltar-se para Jesus e reconhecê-lo como fonte de salvação, preferindo caminhar nas trevas. Ao invés, quem se faz discípulo da verdade e age movido por Deus, volta-se confiante para Jesus, para dele receber a salvação.

Oração do Dia

Senhor Jesus, livra-me do poder das trevas e da morte, e faze-me voltar sempre mais para ti, que és penhor de vida e salvação.

Comentário do Evangelho:
PE. JALDEMIR VITÓRIO – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE. [1]

Nossa vida restaurada em Cristo

A liturgia de hoje fala de crime e castigo e, sobretudo, de restauração, pois Deus não quer a morte do pecador, e sim, que ele mude de caminho e viva (cf. Ez 18,23.32). A 1ª leitura mostra como os israelitas se afastaram de Deus. Quando, porém, foram exilados de sua terra e levados à Babilônia, entenderam que sua desgraça era um sinal de seu afastamento. Voltaram seu coração para Deus, que os fez voltar à sua terra. Essa história prefigura a volta de todos os seres humanos para Deus, reconduzidos pelo amor que Cristo manifestou.

Os que estávamos mortos pelo pecado, mas acreditamos em Cristo, fomos salvos pela graça recebida na fé: “Pela graça fostes salvos” (2ª leitura). Nossos erros mostram que, por nós mesmos, não somos capazes de trilhar o caminho certo. A única maneira de “voltar” é deixar-nos atrair pela oferta de amizade de Deus. Não nos salvamos pelas nossas obras (no sentido de esforços para “merecer”), mas Deus nos salva para as boas obras que ele preparou para que nós entrássemos nelas: a caridade, a solidariedade… (Ef 2,10). Não são as nossas obras que nos salvam: quem nos salva é Deus. Mas o que fazemos – a nossa prática de vida fraterna e solidária – encarna nossa salvação.

O evangelho expressa ideias semelhantes. É o fim do diálogo de Jesus com Nicodemos, o fariseu. O trecho que lemos hoje inicia com uma lembrança do Êxodo. Deus tinha castigado a rebeldia do povo com a praga das serpentes. Para os livrar da praga, Moisés levantou numa haste, à vista dos israelitas, uma serpente de bronze. Os que levantaram com fé os olhos para este sinal ficaram curados. Assim devemos levantar com fé os olhos para o Cristo elevado na cruz e receber dele a salvação, pois Deus o deu ao mundo para que testemunhasse seu amor até o fim. “Tanto Deus amou o mundo….”(Jo, 3,14-16). A liturgia da Quaresma insiste: o pecado não é irreparável. Para os que crêem, existe volta, conversão, perdão e salvação. Jesus não veio para condenar, mas para salvar. Ele é a luz que penetra nossas trevas. Mas há quem fuja da luz, para não admitir que está agindo de maneira errada. Nesse caso, não há remédio (Jô 3,19-21). Assim como a gente gosta de expor-se ao benfazejo sol da manhã, devemos expor-nos à luz de Cristo. Sua prática deve iluminar nossa vida, para que “pratiquemos a verdade”. Todos somos salvos ou devemos ser salvos pelo amor de Deus que Cristo nos manifesta. Ninguém fabrica sua própria salvação. O auto-suficiente permanece nas trevas, ainda que sua suficiência pareça virtude, como era o caso dos fariseus, aos quais se dirige a advertência do evangelho. Por outro lado, se nos deixarmos iluminar por Cristo, sejamos também uma luz para nossos irmãos. O evangelizado seja também evangelizador.

PE. JOHAN KONINGS - comentário do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes" [2]

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