O Papa Francisco abençoa a imagem de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (ANSA)
O Papa Francisco abençoou no Vaticano a imagem de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, por iniciativa dos filhos espirituais de São Vicente de Paulo há 190 anos das aparições a Santa Catarina Labouré. Entrevista com o coordenador da iniciativa “Maria peregrina” padre Valerio Di Trapani
Fabio Colagrande – Vatican News
Há 190 anos das aparições de Maria a Santa Catarina Labouré, por iniciativa dos filhos espirituais de São Vicente de Paulo, a imagem de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa começará em 1º de dezembro próximo, uma peregrinação entre as regiões italianas, hoje particularmente marcadas pelo sofrimento causado pela pandemia. O início simbólico deste caminho de fé foi a bênção do Papa Francisco no Vaticano na manhã de quarta-feira (11/11) da Sagrada imagem de Nossa Senhora Imaculada da Medalha Milagrosa, na presença do Superior Geral da Congregação para a Missão, Padre Tomaz Mavrič.
Padre Valerio Di Trapani, Superior do Colégio Apostólico Leoniano de Roma e assistente nacional dos Grupos de Voluntários Vicentinos, e coordenador da iniciativa "Maria Peregrina" explica o significado do gesto de Francisco:
Entrevista
Padre Valerio Di Trapani: Para nós, a bênção de Francisco é uma verdadeira partida para esta missão, que durará pelo menos um ano, que conduzirá a imagem de "Maria Peregrina" a comunidades e paróquias de toda a Itália que desejarão acolhê-la. É uma missão com a qual Maria continua seu caminho que começou com as aparições de 1830. Desde então a Virgem visita seu povo, os abençoa e nos lembra que ela estará sempre conosco. Há 190 anos Nossa Senhora disse isso a Santa Catarina Labouré e nós acreditamos que ela continue a dizer até hoje. Entre outras coisas, na época dessas aparições, na primeira metade do século XIX, a França estava vivendo uma época particular, caracterizada por uma segunda revolução e lutas fratricidas. Maria interveio nessa história dizendo: "Estou vos amo, amo-vos e se vierdes até mim, encontrareis consolo". Então foi a Mãe de Deus que veio até nós para nos ajudar e hoje a Mãe Peregrina continua esta ação para ajudar o seu povo. Parece-me significativo e consolador neste tempo de pandemia que Maria, Mãe da Igreja, e com ela podemos dizer toda a Igreja, não se afaste de seu povo, mas permaneça perto dos que estão em sofrimento.
Na mensagem de Nossa Senhora a Santa Catarina, há 190 anos, havia palavras de encorajamento: "Estarei sempre com vocês, tenham confiança, não se desencorajem". Como vicentinos, vocês sentem a vocação de levar esta mensagem a todos?
Padre Valerio Di Trapani: Exatamente! Sentimos que Maria repete esta mensagem para nós e sentimos que devemos dirigi-la a todos. São Vicente de Paulo disse que nossa vocação era inflamar os corações dos homens, carregar aquela chama de amor que Deus já derramou em nossos corações... Creio que quando Maria escolheu há dois séculos uma Filha da Caridade, portanto uma religiosa vicentina, ela quis escolher entre aqueles que em sua missão trazem consolo, ajuda, apoio, conforto para os pobres. Em certo sentido para nós estas palavras de Maria são um novo chamado para proclamar o Evangelho aos pobres e - neste momento - proclamar o Evangelho às pessoas que vivem em desolação também por causa do que está acontecendo. Mas além da pandemia, queremos recordar que Deus está sempre conosco, Maria está sempre conosco. Queremos repetir isto a cada pessoa: em primeiro lugar, aos últimos, aos mais pobres, aos mais abandonados, àqueles que são os mais provados nesta época de crescente pobreza.
12 novembro 2020
Fonte: Vatican News
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