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Edifa | fev 2020
Você está planejando batizar seu filho? Uma grande decisão espera por você: a escolha do padrinho e da madrinha. Se você não quiser errar na escolha, observe estes cinco critérios principais
A hora de escolher o padrinho e a madrinha chegou. Uma escolha que não deve ser tomada precipitadamente, pois você não poderá mais mudar de ideia depois que seu filho for batizado. Aqui estão os cinco critérios a serem considerados ao fazer sua escolha.
1. Uma fé profunda
A missão número um do padrinho e da madrinha é de serem educadores na fé. Algumas crianças tem padrinhos que não acreditam em Deus ou que não praticam a sua fé. No entanto, a Igreja pede que eles sejam não apenas batizados, mas também confirmados. Pois a confirmação fortalece a fé e compromete quem a recebe a se tornar um membro ativo da Igreja. Para um adolescente, um padrinho e uma madrinha que reza e que se envolve sem vergonha na Igreja, é um guia, uma porta aberta para o diálogo sobre as questões da fé, numa idade em que muitas dúvidas aparecem sobre as questões religiosas.
Certamente, qualquer adulto pode passar por provações e momentos de dúvida, mas um padrinho próximo de Cristo mostrará a seu afilhado o caminho da perseverança humilde e fiel. O padrinho e a madrinha não são meros fornecedores de presentes, eles indicam a estrela a seguir. O padrinho tenta levar seu afilhado a Jesus, mostrando a ele o quanto o Pai e o Espírito estão trabalhando em sua vida, em seu coração.
2. Uma amizade exemplar
É esperado que os padrinhos sejam um apoio para os pais em caso de dificuldades, principalmente durante a adolescência. Não tendo a responsabilidade de dar discursos de autoridade, o padrinho e a madrinha devem oferecer seu tempo e conselhos ao afilhado. Uma vida segundo os valores do Evangelho tem, portanto, um valor exemplar, e a criança que encontra em seu padrinho ou madrinha um guia para a vida recebe um real presente. A cumplicidade entre o padrinho e o afilhado é um vínculo poderoso com o qual a criança poderá se agarrar em caso de dificuldade. Mas esse apego alegre e fiel, essa cumplicidade, se baseia no modelo de amizade entre os pais e os padrinhos. Portanto, ao escolher os padrinhos dos seus filhos, os pais devem ser sensíveis à profundidade de sua amizade. Quanto mais estreita for essa amizade, mais a relação é viva e mais a criança terá o desejo de partilhar dessa amizade.
3. Um coração aberto e generoso
É difícil para um jovem pai com uma família numerosa cuidar de seu afilhado. Assim como algumas madrinhas podem ficar frustrada porque têm muitos afilhados e não consegue passar muito tempo com eles durante as férias. Da mesma forma, crianças cujo padrinho mora no exterior também não terão muitas oportunidades de compartilhar momentos de cumplicidade com ele. Em geral, escolher alguém que não tenha muito tempo para os entes queridos ou amigos como padrinho pode parecer perigoso. Concretamente, a relação entre um padrinho e seu afilhado é construída ao longo do tempo, vivida em conjunto através de reuniões, partilhas e, idealmente, desde a idade mais jovem da criança. O que mais importa não é necessariamente a duração desses momentos, mas a sua qualidade: é a generosidade e a abertura das pessoas que fará a diferença.
4. Maturidade suficiente
Quando o padrinho ou madrinha ainda é muito jovem, será que ele é maduro o suficiente para assumir essa responsabilidade? Se ele ainda é imaturo em relação à fé, mais tarde pode mudar de ponto de vista, abandonar a vida cristã. Como precaução, a Igreja solicita, portanto, que os padrinhos recebam o sacramento da confirmação, mesmo se ele já é capaz de testemunhar sua fé ao afilhado.
5. Uma escolha livre
Em algumas famílias, os critérios para escolher os padrinhos são muito mais uma questão de convenção do que uma escolha pessoal. Onde estão então a nossa liberdade e responsabilidade? É importante escolher pessoas que realmente gostamos. É possível escolher alguém como forma de agradecimento: um membro da família que seja celibatário, um casal sem filhos, um amigo que foi padrinho de casamento, uma prima que nunca foi madrinha ou uma cunhada que não pode ter filhos. Essas motivações não são ruins em si mesmas, mas não podem ser uma escolha vinda de um sentimento de culpa ou obrigação.
Navegar serenamente entre todos os padrinhos possíveis não é uma tarefa impossível, desde que você tenha em mente duas coisas: liberdade e verdade. Pedir a escolha certa em oração é oferecer ao seu filho uma bela estrela para avançar em direção ao Pai.
Laetitia Grenet e Anna Latron
Fonte: Aleteia
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