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O que diria João Paulo II ao mundo em tempos de coronavírus? Bispos poloneses respondem


Retrato de São João Paulo II. Crédito: Zkoty1953 (CC BY-SA 3.0)

CRACÓVIA, 18 Mai. 20 / 07:00 am (ACI).- Os bispos da Polônia publicaram uma carta pelos 100 anos do nascimento do grande São João Paulo II, na qual refletiram sobre a mensagem que o Papa Peregrino daria durante a pandemia de coronavírus.

“Este ano comemoramos o centenário do nascimento de São João Paulo II, nascido em 18 de maio de 1920, em Wadowice. Este grande santo fez uma contribuição inestimável para a história de nosso país, para a Europa, para o mundo e para a história da Igreja universal”, indicam os bispos na carta que será lida nas igrejas da Polônia no domingo, 17 de maio.

"Em um momento difícil para todos nós, quando estamos lutando contra a pandemia de coronavírus e fazemos perguntas sobre o futuro de nossas famílias e da sociedade, também vale a pena perguntar o que nos diria hoje? Que mensagem diria aos seus compatriotas em maio de 2020?”, continua a carta.

Os bispos indicaram que são os “primeiros a pensar nas palavras que disse na homilia com a qual iniciou seu pontificado em 1978: “Não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo! Ao Seu poder salvador abri os confins dos Estados, os sistemas econômicos assim como os políticos, os vastos campos de cultura, de civilização e de progresso! Não tenhais medo! Cristo sabe bem ‘o que é que está dentro do homem’. Somente Ele o sabe!".

“Sim, Cristo sabe o que cada um de nós carrega hoje, conhece perfeitamente nossas alegrias, ansiedades, esperanças, medos e anseios. Só Ele tem a resposta para as perguntas que nos fazemos neste momento”, explicaram os bispos poloneses.

Os prelados recordaram que “São João Paulo II foi um homem cuja vida mostrou claramente o sofrimento e a incerteza do amanhã. Seu caminho para a santidade o levou a uma série de experiências difíceis da vida, como a morte prematura de sua amada mãe ou a crueldade da Segunda Guerra Mundial. Aceitou esses acontecimentos com fé de que Deus finalmente lidera a história humana, e a morte não é o desejo do Criador".

“Se o Papa polonês vivesse hoje, certamente entenderia as pessoas que estão isoladas e em quarentena. Rezaria pelos doentes, pelos mortos e por suas famílias. Ele mesmo estava doente e sofreu muitas vezes em condições de afastamento no hospital, sem poder celebrar a Missa com os fiéis”, como aconteceu durante meses após o atentado de 13 de maio de 198,1 na Praça de São Pedro, quando o turco Ali Agca atirou nele.

Os prelados também lembraram que o Papa Wojtyla perdeu seu irmão Edmund, que era médico, quando tinha 26 anos. “Para lembrar de seu irmão mais velho, nosso santo Papa tinha um estetoscópio médico em seu escritório. São João Paulo II compreendeu e valorizou o trabalho dos médicos, enfermeiros, socorristas e trabalhadores médicos, pelos quais rezava com frequência e com quem se encontrava”, indicaram.

João Paulo II iniciou seu sacerdócio durante a Segunda Guerra Mundial e sofreu os rigores de dois sistemas totalitários: “o socialismo nacional e internacional. Ambos rejeitaram a Deus. Ambos cresceram com orgulho, desprezo pelos demais e ódio. Ambos tiraram a liberdade e a dignidade das pessoas. Ambos carregavam medo e morte".

Em 1967, o Papa São Paulo VI o criou cardeal “durante o regime comunista, defendeu firmemente os valores cristãos. Aberto ao diálogo, viu um irmão em todos. Constantemente pedia respeito pela dignidade de todo ser humano. Dedicou muito tempo trabalhando com jovens, estudantes e jovens casados (...) Brincou, ouviu e ensinou, estabelecendo altas metas e requisitos para os jovens. "A descoberta de Cristo é a mais bela aventura da sua vida", disse primeiro aos jovens da Polônia e depois aos de todo o mundo".

Depois de ser eleito sucessor de São Pedro, em 16 de outubro de 1978, o Papa peregrino agradeceu ao seu mentor, o Cardeal Stefan Wyszynski, cuja beatificação foi adiada devido ao coronavírus.

"Este Papa polonês não estaria hoje na Cátedra de Pedro, cheio de temor de Deus, mas também de confiança, começa um novo pontificado, se não fosse pela tua fé, que não foi intimidada ante a prisão e os sofrimentos", João Paulo II escreveu ao cardeal em uma carta em 23 de outubro de 1978.

Os bispos da Polônia lembraram que “São João Paulo II pregou o Evangelho em todo o mundo. Visitou 132 países e cerca de 900 cidades. Seu ensinamento continua sendo válido. Vale a pena comunicar, também através da Internet e das redes sociais, aproveitando as oportunidades criadas pelas novas tecnologias. Já em 2002, o Papa convocou toda a Igreja a se elevar ‘às profundezas do ciberespaço’".

"Hoje, na pandemia de coronavírus, o mundo está lutando por cada vida humana, é bom lembrar que João Paulo II exigiu a proteção da vida humana desde a concepção até a morte natural".

O Papa peregrino também sempre incentivou a justiça social, o respeito mútuo. “No último dia de sua peregrinação terrestre, em 2 de abril de 2005, João Paulo II estava cheio de paz interior e submissão à vontade de Deus. Como recorda o Cardeal Dziwisz, o Papa estava "imerso em oração, era consciente de sua condição e do que estava acontecendo com ele".

Alguns dias depois, em seu funeral, em 8 de abril de 2005, as pessoas na Praça de São Pedro gritavam "Santo súbito!” (Santo já) porque os fiéis estavam convencidos de que “este Papa era um homem verdadeiramente santo!”.

Depois de expressar sua alegria pelo início do processo de beatificação dos pais de São João Paulo II, os bispos lembraram o quão importante esse santo polonês tem sido na vida e no sacerdócio do Papa Francisco, como ele mesmo disse no prefácio do livro que o Vaticano publicará, em 18 de maio, pelos cem anos do nascimento do Papa peregrino.

“Que o centenário do nascimento do Papa polonês seja um chamado à fraternidade e à unidade para nós. Que seja uma fonte de esperança e confiança na misericórdia de Deus. São João Paulo II, rogai por nós. Amém”, concluíram.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Fonte: ACI digital


Papa Francisco: São João Paulo II ofereceu sua vida e derramou seu sangue pela Igreja

São João Paulo II. Foto oficial. / Papa Francisco. Crédito: Daniel Ibáñez / ACI Prensa

Vaticano, 06 Mai. 20 / 05:00 pm (ACI).- O jornal do Vaticano L'Osservatore Romano publicou o prefácio escrito pelo Papa Francisco no livro "São João Paulo II: 100 anos. Palavras e imagens" que a Livraria Editora Vaticano publica por ocasião do centenário do nascimento do Papa Peregrino, em 18 Maio de 1920.

“São João Paulo II sofreu como Papa, sofreu o terrível atentado em 1981, ofereceu sua vida, derramou seu sangue pela Igreja, e nos testemunhou que também na difícil provação com a sua doença, compartilhada diariamente com Deus feito Homem e crucificado pela nossa salvação, pode-se continuar alegres, pode-se continuar a ser nós mesmos. Pode-se alegrar na certeza do encontro com Jesus ressuscitado", escreveu o Santo Padre.

O atentado ao qual o Papa Francisco se refere ocorreu no dia de Nossa Senhora de Fátima, em 13 de maio de 1981, quando o turco Ali Agca atirou em São João Paulo II, na Praça de São Pedro, no Vaticano. Um ano após o ataque, o Papa peregrino viajou para o santuário de Fátima, em Portugal, e colocou a bala que retiraram dele na coroa de Nossa Senhora, em gratidão à Mãe de Deus por salvar a sua vida.

O Papa Francisco também destacou que “São João Paulo II foi uma grande testemunha da fé, um grande homem de oração, uma guia segura para a Igreja em tempos de grandes mudanças".

"Muitas vezes no decorrer da minha vida como sacerdote e bispo, eu olhei para ele pedindo-lhe em minhas orações o dom de ser fiel ao Evangelho como ele nos testemunhava”, acrescentou.

Depois de destacar a grande contribuição de suas encíclicas ao magistério eclesial e "o precioso dom do Catecismo da Igreja Católica" em 1992, Francisco destacou a grande paixão de João Paulo II "pelo humano, a sua abertura, a sua busca do diálogo com todos, a sua determinação em colocar em ato todas as tentativas possíveis para deter as guerras, a sua propensão a ir ao encontro de todos e a abraçar os que sofrem”.

“Desejo chamar a atenção dos leitores para tudo o que esse Papa sofreu em sua vida. Seus sofrimentos estão ligados aos sofrimentos de seu povo e da sua nação, a Polônia. Ficou órfão de mãe ainda pequeno, viveu o drama da morte do querido irmão e depois de seu pai. Quando entrou no seminário clandestino de Cracóvia perdeu todos seus familiares mais próximos”.

"Em um livro autobiográfico dele, já como Papa, revelará que todos os dias se perguntava por que o Senhor o deixou vivo, enquanto tantos morriam ao seu redor", também por causa da guerra.

Depois de destacar seus dons como um grande educador na fé, o Papa Francisco ressaltou que João Paulo II foi “uma grande testemunha da misericórdia e, durante todo o seu pontificado, assinalou-nos esta característica de Deus”.

Depois de recordar o grande amor de Karol Wojtyla por Nossa Senhora, Francisco expressou sua esperança de que este livro possa chegar “nas mãos de muitos, principalmente dos jovens: recordamos sua fé e que sua figura seja um exemplo para viver nosso testemunho hoje".

“Sentimos ressoar o seu apelo a escancarar as portas a Cristo, a não ter medo. Caminhemos alegres, apesar das dificuldades, ao longo dos caminhos do mundo, seguindo os passos dos gigantes que nos precederam na certeza de que não estamos e nunca estaremos sozinhos", enfatizou o Papa Francisco.

Fonte: ACI digital

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