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E não haverá multidões


Edwin Austin Abbey | Public Domain

Pe. Patrick Briscoe | Abr 03, 2020

Este será um Domingo de Ramos diferente. Porém, mesmo de nossas casas, a sós, não podemos abandonar Jesus

Durante todo o ministério público de Jesus, as pessoas se reuniam para ouvi-lo.
Afinal, não era um ministério secreto. As pessoas vinham até ele. Em massa.

Os discípulos se preocupavam em alimentar a multidão (Mt 14, 13-21). Jesus escalava montanhas (Mt, 5) e se dirigia até os barcos (Marcos 4, 1) para pregar. Uma mulher lutou contra a multidão para tocar a barra de sua roupa (Mt 9,20).

Jesus era tão procurado por tantas pessoas que os momentos em que ele está sozinho são raros na narrativa dos Evangelhos. Os encontros individuais com o Senhor têm um tom diferente do seu trabalho habitual.

A entrada triunfante de Cristo em Jerusalém não é exceção. Uma multidão se reúne quando ele entra na cidade naquele dia especial.

O povo vem em massa para saudar Jesus. “Hozana!”, canta a multidão. Agitando galhos, a assembléia grita de alegria em sua chegada.

Dias depois, os gritos de alegria da assembleia se transformam em clamor assassino.  A multidão não canta mais: “Hozana nas alturas”. Agora a multidão grita: “Crucifique-o!”

E, depois, não há multidão.

Existe apenas o túmulo.

E existem Maria, a Mãe de Jesus, e Maria Madalena, que “permaneceram sentadas ali, de frente para o túmulo”.

Neste Domingo de Ramos, não somos a multidão. Não somos a multidão rejubilante reunida em aclamação. Não somos filhos e filhas de Sião dando as boas vindas com aclamação ao nosso rei.

Neste Domingo de Ramos, somos as duas amigas, sentadas vigilantes, atentas, restantes.

Cristo não nos disse nos evangelhos que ele estaria na multidão. Pelo contrário. O Senhor nos prometeu: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”. No meio de nossa quarentena, um momento em que estamos em nossas casas, somos as duas amigas, sentadas, aguardando …

As maravilhas que vimos (e ainda vemos ao nosso redor) devem nos ligar ainda mais a Cristo. Agora não é hora de abandoná-lo. Agora não é hora de deixar a fé. Agora é a hora de se apegar a ele! Devemos nos recusar de ser afastados do Senhor!

Maria e Maria Madalena chegaram ao túmulo na manhã do terceiro dia, pretendendo, ao que parece, prestar homenagem a Jesus. O Evangelho de Lucas relata que elas trouxeram especiarias para ungir  o corpo do Senhor.

E, no entanto, o Senhor tinha muito mais reservado para elas.

Podemos ser as duas amigas sentadas ao lado da tumba, perplexas com o que o Senhor está fazendo. Elas ainda não viram tudo o que aconteceria. Elas, no entanto, não o abandonaram, nem ele lhes deram as costas.

Nesta, Semana Santa não podemos deixá-lo. Vamos aproveitar esses momentos a sós, que pode ser a sós com Cristo.

Que nossos pensamentos e orações sempre se voltem a Ele. Que nossos corações cheguem até Ele. Que nossas mentes olhem para Ele. Pois se permanecermos com Ele, vigilantes, esperando a glória que ele pretende revelar.

Fonte: Aleteia 

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