O amor ao próximo na Campanha da Fraternidade 2020

Shutterstock / Kuzma

Mário Scandiuzzi | Mar 01, 2020

Estar atento às necessidades do próximo e agir é um ato de amor

Em 2020, a Campanha da Fraternidade traz como tema “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e nos convida a uma reflexão tendo como base a parábola do Bom Samaritano (Lucas 10, 25-37). O texto base da campanha nos alerta sobre o modelo que deve orientar a Missão da Igreja, que está no lema: “ver, sentir compaixão e cuidar”.

Na parábola um homem cai nas mãos de ladrões e é deixado quase morto à beira do caminho. Um sacerdote que passa pelo local vê aquela cena e segue seu caminho. O mesmo acontece com um levita, que também  passa ao lado e nada faz para ajudar aquele homem. Porém um samaritano que viajava por ali viu o homem caído, encheu-se de compaixão e cuidou dele.

Jesus contou esta parábola depois de ser questionado por um mestre da lei sobre quem seria o seu próximo. Hoje podemos entender essa passagem com uma nova pergunta, desta vez feita por Jesus a cada um de nós: “De quem eu me fiz próximo?”.

Numa reunião de casais, juntamente com nosso diretor espiritual, refletimos sobre esta parábola e sobre a campanha da fraternidade. E concluímos que muitas vezes vemos, mas não enxergamos. Por isso é preciso assumir um olhar solidário, fraterno. Quem são as pessoas que precisam de ajuda? De que forma vejo aqueles mais necessitados que encontro pelo meu caminho? Sou capaz de ajudar, ou julgo-os por estarem naquela situação?

É preciso sair de nosso comodismo, olhar com os olhos de Cristo e ter a sensibilidade de ver a necessidade do próximo. Não basta apenas sentir compaixão, mas é preciso uma atitude que realmente produza resultados positivos. Para alcançar esse objetivo, temos que ir além do egoísmo e da indiferença, enxergar o próprio Jesus naquele que sofre e precisa de socorro.

Estar atento às necessidades do próximo e agir é um ato de amor, é o cuidado que temos para com nosso semelhante. Existem várias formas de ajudar, e nem sempre essa ajuda precisa ser material. Um olhar acolhedor, uma palavra amiga já são atitudes que vão dar à pessoas necessitadas uma nova esperança.

E para ilustrar todos esses ensinamentos, o texto base da Campanha da Fraternidade traz um poema da poetisa goiana Cora Coralina (1889-1985), chamado “Não Sei”:

“Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós,

mas sei que nada do que vivemos tem sentido

se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:

o colo que acolhe,

o braço que envolve,

a palavra que conforta,

o silêncio que respeita,

a alegria que contagia,

a lágrima que corre,

o olhar que acaricia,

o amor que promove.

E isso não é coisa do outro mundo,

é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais,

mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar.”

(Cora Coralina)

Fonte: Aleteia

Comentários

Newsletter

Receba novos posts por e-mail:


Pesquisar este Blog