Aborto será legal durante toda a gravidez em Nova York


NOVA IORQUE, 24 Jan. 19 / 11:38 am (ACI).- O Senado do Estado de Nova York (Estados Unidos) aprovou por 38 votos contra 24 uma nova lei do aborto que permitirá esta prática durante toda a gravidez e que seja realizado não apenas por médicos.

A Lei de Saúde Reprodutiva foi aprovada na terça-feira, 22 de janeiro, depois de uma disputa legal que começou em 2007.

Esta norma permitirá aos profissionais de saúde, como praticantes de enfermaria e médicos assistentes, que realizam abortos. Além disso, endossa o aborto tardio em qualquer momento em caso de inviabilidade fetal ou “quando for necessário para proteger a vida ou a saúde de um paciente”.

A lei, aprovada no dia do aniversário da decisão Roe vs. Wade que legalizou o aborto nos Estados Unidos em 1973, também transfere esta prática do código penal para o código de saúde.

A norma estabelece que o aborto continuará sendo legal no estado de Nova York, mesmo se a Suprema Corte reverter a decisão Roe vs. Wade.

Em uma declaração publicada no site do estado de Nova York, o governador Andrew M. Cuomo, afirmou que esta decisão “é uma vitória histórica para os nova-iorquinos”.

A nova lei foi celebrada no Senado e em vários pontos da cidade, onde edifícios foram iluminados para festejar a norma.

Os bispos de Nova York assinalaram que a aprovação desta lei é “um capítulo triste” para a história. “Nosso querido estado se converteu em um lugar mais perigoso para as mulheres e seus bebês não nascidos”, indicaram em uma declaração.

Por sua parte, o Arcebispo de Nova York, Cardeal Timothy Dolan, disse que, com esta lei, “o aborto será legal até o momento do nascimento, os profissionais de saúde que consideram repugnante o assassinato de nascituros não terão direito à objeção de consciência, pois não faltarão médicos preparados para o desmembramento e qualquer bebê que sobreviva a um bisturi ou sucção, e continue vivo, poderá ser deixado à sua sorte até morrer. Por acaso isso é progressismo?”, questionou.

“Todas as pessoas têm direitos: os imigrantes, os pobres, as grávidas e seus bebês. Todos são filhos de Deus, como diria o reverendo Martin Luther King, e todos têm direitos”, ressaltou o Cardeal.

Fonte: ACI digital


Advertem sobre "escândalo" do cuidado exagerado de animais e desprezo da vida humana

Cidade do México, 22 Jan. 19 / 05:00 pm (ACI).- Padre Hugo Valdemar, cônego penitencieiro da Arquidiocese Primaz do México, advertiu que é um "escândalo" que se tenha um cuidado exagerado com os animais, enquanto se despreza a vida humana desde o ventre materno até a morte natural.

Em sua coluna semanal no jornal mexicano ‘ContraRéplica’, intitulada "O amor desumanizado pelos animais," Pe. Valdemar disse que, ainda que "pareça algo positivo que tenha crescido na sociedade ocidental o amor e o cuidado pelos animais, como entender esta consciência moderna em um momento em que um ser humano indefeso no útero é percebido como uma ameaça, como um estranho que vem causar desconforto e uma série de males?".

"Que sociedade é esta onde a proteção dos animais se tornou mais valiosa do que a vida humana de um nascituro?", perguntou.

O sacerdote lamentou que hoje "os idosos são vistos como um incômodo e são retirados a lugares nem sempre dignos, onde os familiares nunca mais voltam a visitá-los, ou ainda pior, a lei permite assassiná-los, chamando este ato imoral de uma morte digna”.

No final de outubro de 2018 o deputado Nazario Norberto Sánchez, do partido Morena, o mesmo partido do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, propôs que os animais sejam considerados como "parte de uma família" e que possam "herdar os bens de seus proprietários".

Os deputados do partido de López Obrador também promovem iniciativas para legalizar o aborto no México.

"Qual é a patologia que se apropria de uma humanidade que despreza os seus semelhantes e dá falsos direitos aos animais dando a eles uma dignidade que parece superar a humana?", questionou o sacerdote mexicano.

"Não nos enganemos, este amor pelos animais e desprezo pelos seres humanos é uma desumanização escandalosa, é uma descristianização disfarçada de compaixão. Jesus nunca pediu para amar os animais como a si mesmo, mas ao próximo. Os animais foram criados por Deus para o serviço ao homem e não o homem para o serviço aos animais", disse.

Pe. Valdemar lamentou que, "para muitos casais, os animais de estimação ocupam o lugar das crianças que não quiseram ter".

Também se perguntou "quantos cuidados veterinários são considerados suficientes" e se "deve exigir aos donos dos cachorros que garantam tratamentos de quimioterapia, cirurgias caras e cuidados paliativos para prolongar a sua vida".

"Animais não são seres humanos, nem nunca serão, não importa o quanto são amados e mimados", assegurou.

Para Pe. Valdemar, "é um escândalo esta preocupação crescente com os animais de estimação e o desprezo e ódio que despertam as crianças que, por estarem dentro do ventre materno, não são consideradas pessoas e sequer são protegidas como são protegidos os animais".

"Essa ideologia dirigida agora pelo partido é, ao contrário do que parece, desumanizada e absolutamente anticristã", denunciou.

Fonte: ACI digital

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