Naquele tempo, 1houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. 2Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. 4Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isso a mim? Minha hora ainda não chegou”. 5Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. 6Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. 7Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. 8Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. 9O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. 10O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo o mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora!” 11Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele.
Nossa Senhora da Conceição Aparecida
A Mãe que Deus deu ao povo
28º Domingo do Tempo Comum
- Ano C
Evangelho de João 2,1-11
REFLEXÃO
Atribuído a Maria, Mãe de Jesus, este título se deve à maneira como ela se manifestou ao povo brasileiro: sua imagem foi pescada nas águas do rio Paraíba, em 1717. Desde o início, a imagem, de cor negra, foi objeto da veneração dos fiéis. Com a ocorrência de milagres, a devoção a Nossa Senhora começou a divulgar-se com o nome de Imaculada Conceição Aparecida. Em 1930, o papa Pio XI a proclamou Padroeira do Brasil. Em 1952 (250 anos após o encontro da imagem), Paulo VI conferiu-lhe a maior honraria, a “Rosa de Ouro”. Três papas visitaram a basílica do Santuário Nacional: São João Paulo II, em 1980; papa Bento XVI, quando abriu a V Conferência Episcopal Latino-americana e do Caribe, em maio de 2007; e o papa Francisco, em 2013, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, realizada no Rio de Janeiro.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)[1]
Coleta
Ó Deus todo-poderoso, ao rendermos culto à Imaculada Conceição de Maria, Mãe de Deus e Senhora nossa, concedei que o povo brasileiro, vivendo na paz e na justiça, possa chegar um dia à pátria definitiva. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
A Mãe que Deus deu ao povo
A festa de Nossa Senhora Aparecida, por ser a Padroeira e Rainha do Brasil, quando cai em domingo, ocupa o lugar da Liturgia dominical. A Igreja católica não tem nenhum escrúpulo de venerar a Mãe de Jesus, que nos trouxe a salvação, e amá-la com o coração de filhos, já que, em Jesus, tornamo-nos todos irmãos (Mt 23,8). A imagem da Virgem Aparecida lembra-nos a ternura maternal de Maria, sua dedicação a Jesus como mulher de fé, seu serviço prestado a toda a humanidade. Nela temos o mais perfeito exemplo do discípulo de Jesus, que sabe cumprir os mandamentos e fazer a vontade do Pai (Mt 12,50; Lc 8,21). Se a história da salvação é uma história da fidelidade do ser humano a Deus, Maria é o maior de todos os exemplos. Olhando para ela, não há coração adormecido de filho que não acorde para Deus, único Senhor; e não acorde para a fraternidade, fazendo dos povos e raças uma só família. Nossa devoção a Maria é uma resposta a todo o serviço que ela nos presta, convocando–nos sempre de novo ao Evangelho e convidando-nos, como no Evangelho de hoje: “Fazei tudo o que ele vos disser!” (v. 5)
Virgem Mãe Aparecida
Um pouco de história. Em 1717, passou por Guaratinguetá, SP, o Conde de Assumar e sua comitiva. Como era sexta- -feira, dia de abstinência de carne, saíram três pescadores ao Rio Paraíba, a fim de pescar para o banquete a ser oferecido ao Conde. Sabe-se o nome dos três pescadores: Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso. Como na pescaria do Apóstolo Pedro (Lc 5,5), nada pescaram. Decidiram voltar. Mas, após um último arremesso, retiraram da água pequena estátua sem cabeça. Em outro arremesso, veio a cabeça da estátua. Seguiu-se pesca abundante.
Ao limparem a imagem, viram que era uma estátua de Nossa Senhora da Conceição, de barro cozido, enegrecida pelas águas e pelo tempo. Corpo e cabeça não mediam mais que 36cm. Um dos pescadores a guardou em casa. Outras pessoas foram rezar junto dela. Em 1745, construíram-lhe uma capela no alto do Morro dos Coqueiros. A imagem já era conhecida como “a Aparecida”. Enquanto dentro da capela os peregrinos rezavam, em torno nascia a cidade. Em 1888, a capela, várias vezes reformada e aumentada, foi substituída por uma igreja. Em 1894, chegaram os religiosos Redentoristas, para tomar conta da imagem e atender os peregrinos. A festa de Nossa Senhora Aparecida trocou várias vezes de data. Já foi celebrada no 2º domingo de maio; depois, no dia 11 de maio; depois no dia 7 de setembro, junto com o dia da Pátria. Como a estátua teria sido encontrada nas águas do Paraíba em meados de outubro, a pedido dos Bispos brasileiros, a festa foi fixada, em 1953, no dia 12 de outubro.
Em 1908, o Santo Padre deu ao santuário de Aparecida o título de Basílica. Em 1930, Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil. A partir de 1955, começou-se a construir a nova e imensa Basílica, consagrada, no dia 4 de julho de 1980, pelo Papa João Paulo II. E, para lembrar para sempre a visita do Papa e a consagração da Basílica, foi declarado feriado nacional o dia 12 de outubro, festa de Nossa Senhora Aparecida.
FREI CLARÊNCIO NEOTTI, OFM, entrou na Ordem Franciscana no dia 23 de dezembro de 1954. Escritor e jornalista, é autor de vários livros e este comentário é do livro “Ministério da Palavra – Comentários aos Evangelhos dominicais e Festivos”, da Editora Santuário.[2]
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