Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 13“Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. 16Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.
Exaltação da Santa Cruz
24º Domingo do Tempo Comum
- Ano C
Evangelho de João 3,13-17
REFLEXÃO
Desde as primeiras comunidades cristãs, o símbolo da cruz foi muito significativo para recordar o mistério pascal e a vida nova trazida por Jesus Cristo. Ao mesmo tempo que recorda o projeto de Deus concretizado em Jesus, convoca-nos a uma vida santa e ao compromisso com a justiça e a verdade. A festa da Exaltação da Santa Cruz se difundiu muito no Oriente, mas sua provável origem está em Roma. O imperador Constantino (306-337) mandou construir, no lugar onde anteriormente estava um palácio, residência da sua mãe, Santa Helena, uma igreja chamada “Jerusalém”, posteriormente denominada “Santa Cruz de Jerusalém”. Mas a festa do dia 14 de setembro só começaria a ser celebrada na liturgia latina a partir do século VII.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)[1]
Coleta
Ó Deus, quisestes que vosso Filho Unigênito sofresse o suplício da cruz para salvar o gênero humano; concedei que, tendo conhecido na terra este mistério, mereçamos alcançar no céu o prêmio da redenção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Brilhando sobre o mundo, Tu és um sol de amor e paz!
A que o Cruz é o símbolo maior dos cristãos. O primeiro gesto padre faz na hora do batismo é uma cruz na cabeça do batizando, marcando-o desde o primeiro momento com o sinal bendito, que nos distingue de todas as outras religiões. E o último gesto no enterro de um cristão é a colocação da cruz na cabeceira da sepultura. Ela nos acompanha a vida toda, com seu sentido de morte e com seu sentido de glória. Do alto das torres, contempla o ir e o vir da cidade. Na parede do escritório, abençoa nosso trabalho. À cabeceira da cama, vela nosso sono. Pendurada sobre nosso peito, recorda que fomos redimidos por sua força salvadora.
O povo cristão, forçado pelas circunstâncias a carregar sua cruz de cada dia, e sabendo que Jesus convidara a todos para segui-lo com a cruz às costas (Lc 9,23), sempre venerou, com carinho e devoção, a Cruz do Senhor. A festa de hoje é celebrada neste dia, desde o ano 335, quando foi consagrada a Basílica da Ressurreição no Calvário, também chamada Igreja do Santo Sepulcro. Já os Evangelistas viram na Cruz não apenas um lugar de suplício, tormento e vergonha, mas também um trono de glória, de onde, triunfante, reina o vencedor da morte.
Antes da reforma litúrgica efetuada pelo Concilio Vaticano II (1963-1965), havia mais uma festa da Santa Cruz, no dia 3 de maio, que recordava a descoberta e recuperação da Cruz do Senhor por Santa Helena, mãe do Imperador Constantino (+ 337). Por terem os descobridores portugueses celebrado Missa em terra firme e plantado o marco de posse de Portugal sobre o nosso território, no começo de maio, o Brasil recebeu o nome de Terra de Santa Cruz.
FREI CLARÊNCIO NEOTTI, OFM, entrou na Ordem Franciscana no dia 23 de dezembro de 1954. Escritor e jornalista, é autor de vários livros e este comentário é do livro “Ministério da Palavra – Comentários aos Evangelhos dominicais e Festivos”, da Editora Santuário.[2]
---
Comentários
Postar um comentário