Todos, na multidão, procuravam tocá-lo
É pena que a Liturgia deixou fora os versículos 18 e 19. Vejo-os muito ligados às Bem-aventuranças. No versículo 18, diz-se que o povo tinha vindo “para ouvir Jesus e ser curado das enfermidades”. Uma afirmação de sabor profético, porque os profetas sempre punham a cura de todas as enfermidades entre os sinais dos tempos messiânicos. E Jesus mostrou concretamente a realização desses sinais. E as Bem-aventuranças têm referência a eles.
O versículo 19, também saltado, diz que “a multidão procurava tocá-lo. porque dele saía uma força que sarava a todos”. Tocar o Senhor, ser curado pelo Senhor é o auge da Bem-aventurança, é a vivência da felicidade. Quem experimentou isso foi Tomé, depois da Ressurreição de Jesus, quando lhe tocou as mãos e o lado (Jo 20,27). É verdade que Jesus declarou feliz quem nele cresse, mesmo sem tocá-lo nem vê-lo (Jo 20,29). Mas não há como negar que a maior bem-aventurança é entrar em plena comunhão com ele, estar inserido nele, como o ramo na videira (Jo 15,5-7).
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