Papa recorda beata Benigna e pede a proteção de Nossa Senhora Aparecida ao povo brasileiro

Foto: Vatican Media Divisione Foto.

VATICANO, 26 Out. 22 / 12:51 pm (ACI).- “Peço a Nossa Senhora Aparecida que proteja e cuide do povo brasileiro, que o livre do ódio, da intolerância e da violência”, disse o papa Francisco na Audiência Geral de hoje (26) ao recordar a beatificação de Benigna Cardoso da Silva, celebrada ontem (24).

“Queridos irmãos e irmãs, anteontem, em Crato, no Estado brasileiro do Ceará, foi beatificada Benigna Cardoso da Silva, uma jovem mártir que, seguindo a Palavra de Deus, manteve pura a sua vida, defendendo a sua dignidade. O seu exemplo nos ajude a ser generosos discípulos de Cristo. A vida do mundo depende do nosso testemunho coerente e alegre do Evangelho”, disse o papa.

Beata Benigna

Benigna Cardoso da Silva, nasceu no dia 15 de outubro de 1928, na cidade de Santana do Cariri (CE), ficou órfã de pai e mãe muito cedo, e foi adotada junto com seus irmãos mais velhos pela família “Sisnando Leite”.

Religiosa e temente a Deus, desejava fazer a Primeira Eucaristia e seguir os mandamentos de Deus. Participava das missas diariamente e fazia penitência nas primeiras sextas-feiras, em honra ao Sagrado Coração de Jesus, no qual era devota.

Aos 12 anos de idade, Benigna começou a ser assediada por Raul Alves, por quem não tinha interesse. Benigna procurou o padre Cristiano Coêlho para pedir conselhos sobre as investidas de Raul. O sacerdote a aconselhou a ir estudar em Santana do Cariri (CE) e lhe deu de presente uma Bíblia, que foi o seu livro de cabeceira daí em diante.

No dia 24 de outubro de 1941, sabendo que Benigna iria ao poço pegar água, Raul ficou a sua espreita e na oportunidade que teve tentou violentar a jovem. Rejeitado, Raul pegou a faca que tinha consigo e a golpeou cortando-lhe os dedos da mão esquerda. Benigna continuou resistindo. Raul a feriu na testa, nas costas e cortou-lhe o pescoço, deixando a cabeça quase decepada.

Benigna foi sepultada no Cemitério Público São Miguel, em Santana do Cariri (CE), no dia 25 de outubro de 1941, aos recém 13 anos de idade. A partir de sua morte muitas pessoas visitavam seu túmulo e o local do seu martírio. Benigna era tida pelo povo como “santa” e “Heroína da Castidade”.

No dia 2 de outubro de 2020, papa Francisco autorizou a beatificação da Mártir Benigna Cardoso. Por causa das medidas impostas contra a pandemia de Covid-19 a celebração só foi celebrada ontem (24).

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