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Charles de Foucauld e a Santa Missa como centro da nossa vida

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Antoine Mekary | ALETEIA

Vanderlei de Lima - publicado em 15/05/22

É possível compreender porque o período mais triste na vida de Charles de Foucauld foi quando não podia mais celebrar a Eucaristia

A Santa Missa é o centro da vida de todo verdadeiro católico. Daí o eremita de Charles de Foucauld fazer dela o eixo em torno do qual gira o seu dia ou – onde não há Missa diária ou se o eremita não é sacerdote – a sua semana.

Neste artigo, busquemos, antes do mais, uma síntese da doutrina católica sobre a Missa. O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica diz que a Eucaristia “é o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que ele instituiu para perpetuar pelos séculos, até seu retorno, o sacrifício da cruz, confiando assim à sua Igreja o memorial de sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, no qual se recebe Cristo, a alma é coberta de graça e é dado o penhor da vida eterna” (n. 271). “É fonte e ápice de toda a vida cristã. Na Eucaristia, atingem o seu clímax a ação santificante de Deus para conosco e o nosso culto para com Ele. Ela encerra todo o bem espiritual da Igreja: o mesmo Cristo, nossa Páscoa. A comunhão da vida divina e a unidade do Povo de Deus são expressas e realizadas pela Eucaristia. Mediante a celebração eucarística já nos unimos à liturgia do Céu e antecipamos a vida eterna” (n. 274). 

“A Eucaristia é memorial no sentido de que torna presente e atual o sacrifício que Cristo ofereceu ao Pai na cruz, uma vez por todas, em favor da humanidade. O carácter sacrificial da Eucaristia se manifesta nas próprias palavras da instituição: ‘Isto é o meu corpo, que é dado por vós’ e ‘Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós’ (Lc 22,19-20). O sacrifício da cruz e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício. Idênticos são a vítima e o oferente, diferente é apenas o modo de oferecer: cruento na cruz, incruento na Eucaristia” (n. 280). “Na Eucaristia, o sacrifício de Cristo se torna também o sacrifício dos membros do seu Corpo. A vida dos fiéis, seu louvor, seu sofrimento, sua oração, seu trabalho estão unidos ao de Cristo. Como sacrifício, a Eucaristia é também oferecida por todos os fiéis vivos e defuntos, em reparação dos pecados de todos os homens e para obter de Deus benefícios espirituais e temporais. Também a Igreja do céu está unida à oferta de Cristo” (n. 281).

Meditando com o coração e a mente sobre essa grandeza da Santa Missa, é possível compreender porque o período mais triste na vida de Charles de Foucauld foi, em 1907, quando não podia mais celebrar a Eucaristia por não ter – à sua volta – cristãos para dela participarem. Eis o que ele escreve: “Natal. Esta noite nada de missa pela primeira vez em vinte e um anos: seja feita a vontade do Bem-Amado… Na sua misericórdia, Ele me conserva o Santíssimo Sacramento […]. Até o último minuto, esperei que alguém viesse, mas não veio ninguém, nem um viajante cristão, nem um militar, nem a permissão de celebrar sozinho” (Irmãzinha Annie de Jesus. Charles de Foucauld: nos passos de Jesus de Nazaré. São Paulo: Cidade Nova, 2004, p. 78). Para sua maior provação, eis que “algumas semanas depois, ficaria sabendo que não podia guardar o pão sagrado no tabernáculo quando estivesse sozinho […]. Por seis meses, permaneceria com o tabernáculo vazio” (Antoine Chatelard. Charles de Foucauld: o caminho rumo a Tamanrasset. São Paulo: Paulinas, 2009, p. 258). Só no início de fevereiro do ano seguinte, pôde, enfim, voltar a celebrar a Santa Missa (cf. idem, p. 261).

De fato, a Santa Missa por ele celebrada era, não obstante a simplicidade do lugar, de extrema piedade e esmerada liturgia, conforme nos testemunha o general Lyautey: “Às sete horas do domingo, os meus oficiais e eu assistimos à missa no eremitério. Este eremitério não passa de um casebre e a capela não é mais que um miserável corredor de colunas cobertas por uma caniçada; uma tábua serve de altar; a decoração limitava-se a uma tela com uma imagem de Cristo pintada e castiçais de lata. O soalho era de areia. Mas a verdade é que eu nunca vi celebrar missa como a celebrava o Padre Foucauld. Eu imaginava-me na Tebaida. Foi uma das mais fundas impressões da minha vida” (Jean-François Six. O irmão universal: vida de Carlos de Foucauld. Lisboa: Sampedro, s/d., p. 110).

Possamos nós aprender a valorizar mais e mais a Santíssima Eucaristia e rezar pela conversão dos que não a valorizam como se deve. Amém!

Fonte: Aleteia
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