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Cardeal critica União Européia por aconselhar que se evite a palavra “Natal”

Cardeal Pietro Parolin / Crédito: Daniel Ibáñez (ACI)

Roma, 01 dez. 21 / 03:53 pm (ACI).- O secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, criticou o guia de comunicações da Comissão Europeia que orienta os funcionários a não usar a palavra "Natal".

Em uma entrevista publicada pelo Vatican News, em 30 de novembro, o cardeal Parolin disse que o documento vai "contra a realidade", ao ignorar a importância das raízes cristãs da Europa.

Trata-se de um documento interno de 32 páginas chamado #UnionOfEquality. Diretrizes da Comissão Europeia para uma Comunicação Inclusiva”, apresentado em 26 de outubro pela comissária de igualdade da UE, Helena Dalli.

Dalli anunciou em 30 de novembro que retiraria as diretrizes, dizendo que "claramente precisam de mais trabalho".

O jornal italiano Il Giornale noticiou em 28 de novembro que o guia convidava os funcionários da Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia (UE), a "evitar supor que todos são cristãos".

“Nem todos celebram as festas cristãs, e nem todos os cristãos as celebram nas mesmas datas”, diz o documento.

O guia incentivava os funcionários da sede em Bruxelas, Bélgica, e em Luxemburgo a evitar frases como "o Natal pode ser estressante" e, em vez disso, dizer "as férias podem ser estressantes".

O documento orientava também o uso do termo "primeiro nome" em vez de "nome de batismo" e que, ao apresentar exemplos hipotéticos, os funcionários não deveriam "escolher nomes que são tipicamente de uma religião".

Em vez de "Maria e João são um casal internacional", o guia recomendava dizer "Malika e Julio são um casal internacional".

Em suas declarações a Vatican News, o cardeal Parolin disse que a intenção de evitar a discriminação é correta; “no entanto, a meu ver, certamente esse não é o caminho para atingir esse objetivo. Porque no final se corre o risco de destruir, aniquilar a pessoa, em duas direções principais”.

“A primeira, aquela da diferenciação que caracteriza o nosso mundo, a tendência infelizmente é de padronizar tudo, não sabendo respeitar nem mesmo as corretas diferenças, que naturalmente não devem se tornar contraposição ou fonte de discriminação, mas devem se integrar justamente para construir uma humanidade plena e integral”.

“A segunda - disse ele - o esquecimento daquilo que é uma realidade. E quem vai contra a realidade se coloca em sério perigo. E depois há o cancelamento daquilo que são as raízes, sobretudo no que diz respeito às festas cristãs, à dimensão cristã também da nossa Europa”.

“Claro, nós sabemos que a Europa deve a sua existência e a sua identidade a muitas contribuições, mas certamente não se pode esquecer que uma das contribuições principais, senão a principal, foi precisamente o cristianismo. Portanto, destruir a diferença e destruir as raízes significa destruir a pessoa”, destacou.

O conselho sobre o uso da palavra "Natal" apareceu em uma seção do documento chamada "Culturas, estilos de vida ou crenças".

Com o título "O que fazer e o que não fazer", dizia: "Considerar a diversidade de culturas, estilos de vida, religiões e origens socioeconômicas na composição dos painéis que organizarem, ao convidar participantes para eventos e ao selecionar painéis de teste, foquem em grupos e suas próprias equipes de comunicação”.

“Abra espaço na sua comunicação visual para diferentes tipos de culturas, celebrações e rituais que são populares em diferentes partes da UE e em diferentes comunidades”, acrescenta o documento.

Helena Dalli reconheceu na terça-feira as preocupações com o documento, que ela descreveu como um "trabalho em andamento".

“Estamos examinando essas questões com o objetivo de abordá-las em uma versão atualizada das diretrizes”, escreveu em sua conta no Twitter em 30 de novembro.

Numa declaração anexa da Comissão Europeia, disse: “A minha iniciativa de redigir diretrizes como um documento interno para a comunicação dos funcionários da Comissão nas suas funções tinha como fim atingir um objetivo importante: ilustrar a diversidade da cultura europeia e mostrar a natureza inclusiva da Comissão Europeia em todas as áreas da vida e crenças dos cidadãos europeus".

“No entanto, a versão das diretrizes publicadas não atende adequadamente a esse propósito. Não é um documento maduro e não atende a todos os padrões de qualidade da Comissão”, acrescentou Dalli. “As diretrizes claramente precisam de mais trabalho. Portanto, estou retirando as diretrizes e continuarei a trabalhar neste documento”, afirmou.

Parolin disse ao Vatican News que a visita do papa Francisco a Chipre e à Grécia que começa amanhã levaria o papa às "fontes da Europa". "Portanto, me parece que essa viagem chega justamente na hora certa, é uma viagem que nos remete precisamente a essas dimensões fundamentais que não podem ser canceladas”, afirmou.

Parolin afirmou que “devemos redescobrir a capacidade de integrar todas essas realidades sem ignorá-las, sem combatê-las, sem eliminá-las e marginalizá-las”.

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