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Igreja admite que Irmã Adélia pode ter visto Nossa Senhora da Graça; saiba quem foi a religiosa pernambucana

Irmã Adélia morreu aos 91 anos, em 13 de outubro de 2013 — Foto: Reprodução/TV
Globo

Nesta quarta-feira (13), Igreja Católica falou oficialmente, pela primeira vez em 85 anos, sobre visão. Religiosa pode ser a primeira santa de Pernambuco.

Por Priscilla Aguiar e Mhatteus Sampaio, g1 PE e TV Globo

13/10/2021 14h12

Batizada como Maria da Luz Teixeira de Carvalho, a irmã Adélia, do Instituto das Religiosas da Instrução Cristã, afirmava ter visto, quando criança, a aparição de Nossa Senhora, no distrito de Cimbres, em Pesqueira, no Agreste de Pernambuco, em 1936. Nesta quarta-feira (13), a Igreja Católica admitiu oficialmente, após 85 anos, que ela pode de fato ter visto Nossa Senhora das Graças.

Também nesta quarta, o falecimento de Irmã Adélia completa oito anos e, devido à data, dom José Luiz, bispo de Pesqueira, apresentou a Segunda Carta Pastoral. É no documento da diocese do município que estão relacionadas as presumíveis aparições de Nossa Senhora das Graças.

Foi nessa carta que a Igreja Católica se pronunciou oficialmente sobre a experiência de irmã Adélia. "A carta é uma declaração de amor do pastor ao seu povo. A gente diz que, naquele local, há sinais de sobrenaturalidade. Nós assumimos aquilo [Cimbres] como um local pastoral", explicou o bispo

Irmã Adélia pode se tornar a primeira santa nascida em Pernambuco

A carta vai ser encaminhada em novembro para o Vaticano para fortalecer a documentação existente no processo de beatificação e canonização de Irmã Adélia, que foi aberto em 2019 pela Diocese de Pesqueira.

"Não existe alguém que tenha visto Nossa Senhora que não seja santo. Deus vai dando a graça e as pessoas vão acolhendo essas graças. A carta pastoral [...] mostra que ela teve essa profunda experiência com Deus", declarou o bispo.

Durante a aparição de Nossa Senhora em Cimbres, Irmã Adélia estava acompanhada de Maria da Conceição - uma irmã de criação. "Ela vivia com a família e teve várias experiências espirituais com Nossa Senhora juntamente com Maria da Conceição. Em um período complexo, inclusive da perseguição de Lampião", contou a irmã Cleonice Santos, superiora provincial do instituto.

A superiora provincial das Religiosas da Instrução Cristã, irmã Cleonice, lembrou que irmã Adélia trabalhou por 35 anos na Vila de Santa Luzia, no bairro da Torre, no Recife — Foto: Reprodução/TV Globo

Segundo Cleonice, a religiosa perguntou a Maria da Conceição o que elas fariam se Lampião aparecesse e Maria Conceição respondeu que "Nossa Senhora socorreria".

"Foi quando elas, que estavam na planície, foram arrebatadas para as pedras e tiveram essa experiência com Nossa Senhora, dizendo a elas que fizessem orações, penitências e rezassem pela humanidade, que estava em sofrimento", afirmou.

Após a experiência, Irmã Adélia e Maria da Conceição não foram compreendidas. A vizinhança não acreditava no relato das duas. Então, os pais de Adélia procuraram um bispo, que era alemão. "E então elas tiveram uma experiência com o padre presente. Ele fazia perguntas em alemão e latim e a Virgem respondia para elas em português", declarou.

De acordo com Cleonice, as experiências foram frequentes e houve, por um longo período, um silêncio da Irmã Adélia e da própria Igreja. Foi quando ela ingressou no Instituto das Religiosas da Instrução Cristã.

Irmã Adélia recebeu um diagnóstico de câncer, e os médicos disseram que ela teria poucos meses de vida. "Foi quando ela se sentiu apelada a compartilhar essa experiência e quando ela voltou em Cimbres, junto com um grupo de 23 irmãs", contou Cleonice.

Na época, Irmã Adélia já estava bastante debilitada, em uma cadeira de rodas, e teve uma nova experiência com Nossa Senhora. "Ela falou para Maria que estava pronta para acolher a morte se a missão dela tinha sido cumprida, mas que, se não tivesse, que ela recebesse a cura. E ela foi curada e voltou a falar. O silêncio foi rompido e voltaram as peregrinações", afirmou a superiora.

Irmã Flávia Mattias foi uma das que estava na comitiva e contou que foi uma graça indescritível estar em Cimbres. "Ela disse 'foi ali'. Nós começamos a subir [...], ela foi nos revelando, nos contando e ela teve um momento que nos pediu: 'ajoelhem-se, que Ela está aqui'. Tudo foi muito grande naquele dia", recordou.



Irmã Adélia ganha memorial no Recife e pode ser a primeira santa pernambucana

A irmã Adélia morreu aos 91 anos com problemas respiratórios. Os restos mortais e objetos pessoais dela estão no memorial inaugurado em outubro de 2019 ao lado da capela do Colégio Damas, no Recife, e que tem visitação aberta ao público (veja vídeo acima).

Segundo a Cleonice, a companheira de congregação realizou, durante 35 anos, atividades na Vila de Santa Luzia, no bairro da Torre, na Zona Oeste da capital pernambucana.

"Ela saiu de uma aldeia indígena e hoje estamos com um projeto muito bonito nessas duas casas onde Irmã Adélia serviu os pobres com uma acolhida aos irmãos migrantes venezuelanos", disse.

Objetos pessoais de Irmã Adélia também estão no memorial inaugurado em 2019 — Foto: Reprodução/TV Globo

A superiora lembrou de uma fala que está no memorial. "Nossa Senhora encarregou-me se anunciar o evangelho, enxugar as lágrimas dos pobres e rezar pelos sacerdotes". E acrescentou que "a vida dela foi isso".

"Uma vida de muita discrição. Ela sempre convidava a pessoa para rezar, fazer penitência, se converter, ajudar os pobres. A vida dela foi de apontar para Jesus, dizer que ele é tudo na vida da gente, que ele caminha conosco, não nos abandona, e que foi essa mensagem que ela recebeu de Nossa Senhora, que o filho estava presente", disse Cleonice.

Processo de beatificação

A abertura do processo de beatificação e canonização de Irmã Adélia na Congregação para a Causa dos Santos da Santa Sé, no Vaticano, foi feita em 2019. Antes, o processo de beatificação e canonização foi aprovado pela Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Três requisitos são necessários para a homologação da candidatura: a fama de santidade, o exercício das virtudes cristãs e a ausência de obstáculos insuperáveis contra a canonização. Para alguém ser reconhecido santo, existe um longo processo e é necessária a comprovação de dois milagres, segundo a Igreja Católica.

A superiora provincial do Instituto das Religiosas da Instrução Cristã disse que há graças e milagres atribuídos à Irmã Adélia. "Um deles foi de uma das nossas irmãs que tinha câncer e foi curada. Mas tem outros, inclusive de um médico do Recife que foi curado, agraciado, além de pessoas de outros lugares, como São Paulo e Fortaleza", relatou.

Fonte: G1
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