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Dia Internacional da Enfermagem: as mártires de Astorga


Blanca Ruiz

As enfermeiras mártires de Astorga. Foto: Diocese de Astorga

MADRI, 12 mai. 21 / 10:00 am (ACI).- No dia 12 de maio, celebra-se o Dia Internacional da Enfermagem, data que este ano cai próxima à beatificação das três enfermeiras católicas que foram mártires e que morreram por realizar seu trabalho durante a Guerra Civil Espanhola, em Somiedo, nas Astúrias, Espanha.

Essas três mulheres são María Pilar Gullón, de 25 anos; Octavia Iglesias, de 41 anos; e Olga Pérez, que era a mais nova com 23 anos. Todas as três eram enfermeiras da Cruz Vermelha. Foram estupradas e depois mortas por mulheres milicianas que se ofereceram como voluntárias para matá-las.

Agora são conhecidas como enfermeiras mártires de Astorga, terra natal de suas famílias. As três eram leigas e foram assassinadas por ódio à fé em Pola de Somiedo, Astúrias, em 28 de outubro de 1936.

Este foi um dos primeiros assassinatos de enfermeiras da Cruz Vermelha, já que até então o fato de ser profissionais da saúde lhes proporcionava certa imunidade. No entanto, as três se declaravam abertamente católicas e pertenciam às Filhas de Maria, às Conferências de São Vicente de Paulo e à Ação Católica.

O Papa Francisco anunciou a sua beatificação em 11 de junho de 2019. A celebração acontecerá em Astorga no dia 29 de maio e a data comemorativa de seu martírio será em 28 de outubro.

Breve biografia

A Serva de Deus María Pilar Gullón Yturriaga nasceu em Madri em 29 de maio de 1911, em uma família muito religiosa. Em 28 de junho foi batizada na paróquia de San Ginés; fez a primeira comunhão no colégio Blanca de Castilla, em Madri. Foi a primeira de quatro irmãos, era solteira e se dedicou ao cuidado de seus pais, em particular de seu pai doente.

A experiência de fé vivida em casa favoreceu a sua vida espiritual e o seu compromisso com a Igreja. Em 16 de julho de 1936, a família mudou-se para Astorga, sua terra natal, e onde gozava de prestígio e respeito moral.

A Serva de Deus Octavia Iglesias Blanco era prima em segundo grau de María Pilar, nascida em 30 de novembro de 1894, em Astorga, e foi batizada em 9 de dezembro na paróquia de San Julián. Cresceu em uma família caracterizada por uma profunda religiosidade, cuidou com dedicação das virtudes e das obras apostólicas, entre elas colaborou com a fundação do Convento das Madres Redentoristas de Astorga, no qual uma de suas irmãs se consagrou como religiosa.

A serva de Deus se ocupou primeiro de cuidar de seu pai idoso e doente, depois de sua mãe viúva; pertencia à Ação Católica e às associações das Filhas de Maria e do Sagrado Coração.

A Serva de Deus Olga Pérez-Monteserín Núñez nasceu em Paris, França, em 16 de março de 1913, de pais de origem espanhola, que voltaram para Astorga em 1920. Olga era a segunda de três irmãos, recebeu o batismo em 5 de julho na paróquia de São Francisco Xavier, em Paris.

Solteira, dedicou-se à vida familiar e aos trabalhos artísticos, em particular à arte da pintura, graças ao dom herdado do pai, pintor muito famoso.

Martírio

Em meio a um ambiente antirreligioso muito difícil, em 8 de outubro de 1936, as servas de Deus chegaram ao hospital de Puerto de Somiedo (Pola de Somiedo-Asturias). Estava previsto que trabalhassem por 8 dias, mas uma vez terminados, quiseram ficar para um segundo turno, apesar da situação de emergência.

Na madrugada da terça-feira, 27 de outubro, os ataques começaram a se intensificar e o pequeno hospital foi afetado. Embora tivessem a oportunidade de fugir, Pilar, Octavia e Olga decidiram ficar e não abandonar os feridos, mas continuar cuidando deles, colocando assim as suas vidas em perigo. No entanto, os feridos foram fuzilados e os profissionais de saúde foram presos.

As três enfermeiras foram conduzidas depois de um longo caminho a Pola de Somiedo junto com outros prisioneiros, entre eles, o comandante, o capelão e o médico que foram assassinados.

Embora as três pertencessem à Cruz Vermelha, foram entregues ao Comitê local de guerra, e depois aos milicianos que, durante a noite, submeteram as Servas de Deus a humilhações e abusos, com a intenção de que renunciassem à fé em troca de obter a liberdade, mas como se recusaram, os milicianos intensificaram a violência contra elas.

Estas três Servas de Deus suportaram as humilhações e torturas com fortaleza sobrenatural e se prepararam para a morte com espírito de fé e oração.

Três milicianas despiram as enfermeiras, levaram-nas a um campo e, ao meio-dia de 28 de outubro de 1936, foram fuziladas, enquanto aclamavam a Cristo Rei. Depois de assassiná-las, as milicianas repartiram as roupas das três enfermeiras. 

Seus corpos foram tratados de forma ignominiosa e abandonados até a noite quando foram sepultados em uma fossa comum, escavada por alguns homens do povoado que foram obrigados pelos milicianos.

A fama do martírio das servas de Deus se espalhou depois pela comunidade eclesial, de tal forma que em 30 de janeiro de 1938 seus restos foram acolhidos na catedral de Astorga, centro da vida diocesana. Em 28 de junho de 1948, a pedido da Assembleia Nacional da Cruz Vermelha, foram transladados a um novo mausoléu na capela de São João Batista na catedral. 

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