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Charles de Foucauld, "um Santo do nosso tempo"


Charles de Foucauld, imagem de arquivo

Nesta segunda-feira, 3 de maio, o Papa Francisco presidiu a celebração do ofício da Hora Terceira e um Consistório Público Ordinário para a canonização de sete beatos, incluindo Charles de Foucauld, beatificado em 2005. Sobre esta figura singular, de grande atualidade, a redação de íngua francesa conversou com o diretor do Serviço Nacional para Relações com Muçulmanos na Conferência Episcopal francesa, padre Vincent Feroldi.

Olivier Bonnel – Vatican News

O diretor do Serviço Nacional para as Relações com os Muçulmanos da Conferência Episcopal francesa, padre Vincent Feroldi, recorda ao Vatican News a figura de Charles de Foucauld e sua importância para a Igreja na França e a comunidade muçulmana.

Que sentimentos a canonização de Charles de Foucauld inspiram no senhor?

A futura canonização de Charles de Foucauld é uma grande alegria para a Igreja na França. Esperamos desde que foi declarado Beato e sabíamos que a canonização viria a seguir. É uma grande alegria porque Charles de Foucauld é francês, nasceu no Grand Est, foi ordenado sacerdote em Viviers, em Ardèche, antes de exercer o seu belo e grande ministério na Argélia. Ele é, portanto, uma personalidade para nós hoje, e esta canonização será uma oportunidade para todos nós descobrirmos ou redescobrirmos, aprofundarmos a pessoa que é Charles de Foucauld, e que realmente me parece um Santo para o nosso tempo. Olhando para a totalidade de sua vida e o que fez com os outros, representa para nós um verdadeiro caminho para a missão hoje.

Por que Charles de Foucauld é um Santo de nosso tempo?

Ele é uma verdadeira testemunha de fraternidade, mas demorou muito para descobrisse profundamente o que o Senhor esperava dele, e isso é o que é muito interessante. Esta canonização nos permitirá olhar para a totalidade da vida de Charles de Foucauld. Ele foi um homem em sua plenitude, mas na diversidade, ele também é uma pessoa apaixonada. Ele foi primeiro um soldado, depois um explorador, principalmente no Marrocos, ele estava em uma busca contínua pelo sentido de sua vida e do Senhor. É nessa globalidade que ele irá descobrir gradativamente o que o Senhor espera dele. Queria viver em fraternidade, era o portador da civilização, do que era para ele a verdade, isto é, o encontro com Cristo, e depois nos seus fracassos ... Penso em particular em 1908: cai gravemente doente e descobre que, finalmente, ele que foi levar Cristo aos tuaregues, mas são os tuaregues que levarão a vida a ele, pois foram os tuaregues que o salvaram do escorbuto, e assim inesperadamente ele vai compreender que o tempo de Deus não é o tempo dos homens, e o que o Senhor lhe pede é, em última instância, "a cada um seu trabalho", a Deus pelo Espírito para falar ao coração do homem, e a ele Irmão Charles, de viver esta fraternidade no dia a dia com os que estão ao seu redor, sobretudo com o povo tuaregue.


Charles de Foucauld, imagem de arquivo

Para além da dimensão inter-religiosa, a dimensão missionária é portanto muito forte. Qual o legado de Charles de Foucauld?

Esta dimensão missionária é precisamente para nós um verdadeiro desafio para compreender o que colocamos na palavra “missão”. Irmão Charles, no início, é o portador deste Jesus Cristo. Ele fez saber que nunca deixou de ter consigo o ostensório, e para ele a dimensão eucarística era muito importante. Ele foi, gostaria de dizer, um portador de Cristo. Aos poucos compreenderá que sua missão é antes de tudo viver a fraternidade com os que o rodeiam, testemunhar a sua alegria no quotidiano. Vemos que no final da vida é sobretudo a figura do linguista que emerge, que vai recolher a cultura do outro, recolher textos, poemas, canções tuaregues. E no centro disso, no centro dessa atenção para aqueles ao seu redor, finalmente haverá a presença do Evangelho. Esta missão de que dá testemunho é ser portador de Cristo, portador da Boa Nova, na vida quotidiana partilhada e, sobretudo, deixar espaço para que o Espírito de Cristo faça a sua obra no coração de cada homem. Charles não estava ali para mostrar o caminho, mas para permitir a cada um encontrar Jesus, não necessariamente da maneira que ele inicialmente imaginou, mas na maneira que só Deus conhece, que é o caminho que é bom para cada um.

O senhor é diretor do Serviço Nacional para as Relações com os Muçulmanos da Conferência dos Bispos da França. O que essa canonização significa hoje para os muçulmanos?

Para os muçulmanos, o Irmão Charles é um marabout, um homem de Deus, então eles se regozijam em ver a valorização desse homem. Eles irão finalmente, assim como nós, descobrir quem é Charles de Foucauld, porque para muitos de nós, ele é aquele que viveu em Assekrem. Mas Charles de Foucauld é o itinerário de um homem em toda a sua complexidade, e que pouco a pouco, no seu desejo de encontrar Deus, o irá encontrar, o irá contemplar, o irá adorar, e que o convidará então a viver a fraternidade e o amor. Para os muçulmanos da França, esta será a oportunidade de descobrir como um cristão em um país muçulmano pode experimentar não só o encontro com o outro, naquele que é o caminho que Deus desejou para ele.

03 maio 2021

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