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Redação da Aleteia | Set 25, 2020
Relicário contém gotas de sangue do Papa polonês
Um relicário dourado que contém uma ampola com gotas do sangue de São João Paulo II foi furtado da Catedral de Spoleto, região da Úmbria, na Itália.
Segundo o Vatican News, o crime teria acontecido na quarta-feira, 23 de setembro. O desaparecimento do objeto sagrado foi percebido pela sacristã, que deu falta do relicário quando foi fechar a igreja. O material ficava guardado e era venerado na Capela do Crucifixo, dentro da catedral.
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A Polícia já foi acionada e os investigadores vão analisar as imagens do circuito de câmeras de segurança da igreja.
O arcebispo de Spoleto-Norcia, dom Renato Boccardo, pediu para que a relíquia “ex-sanguine” seja devolvida. Em uma videomensagem, ele afirmou que o furto “é um ato grave, que fere a sensibilidade e a devoção de muitas pessoas”. Dom Boccardo acrescentou: “Também espero que este ato imprudente não tenha sido feito com fins lucrativos”.
A relíquia foi doada à igreja de Spoleto em 2016 pelo arcebispo emérito de Cracóvia, cardeal Stanislaw Dziwisz (que foi secretário do Papa polonês) e seria transferida para a nova igreja de São Nicolau (dedicada a São João Paulo II) no próximo mês.
Outros furtos de relíquias na Itália
Os roubos e furtos de relíquias católicas têm sido tristemente frequentes na Itália e, em sua grande maioria, são cometidos basicamente por duas motivações: ou para pedir resgate em dinheiro ou para profanações em rituais satânicos.
Alguns casos que repercutiram
Em junho de 2017, foi furtada uma ampola com os restos do cérebro de São João Bosco preservadas como relíquia na basílica de Castelnuovo d’Asti, norte do país. A polícia italiana conseguiu recuperar o relicário, que havia sido furtado por um homem de 42 anos, com antecedentes criminais, que pretendia vender o relicário. Ele achava, erroneamente, que o relicário fosse de ouro maciço;
Ainda em 2017, ladrões que se passaram por visitantes furtaram do altar maior do santuário italiano de Monte Castello algumas relíquias que incluíam o sangue do Papa São João Paulo II e fragmentos de um osso do Beato Jerzy Popiełuszko, sacerdote polonês assassinado em 1984;
Em 2014, já tinha sido furtada outra ampola de cristal contendo sangue de São João Paulo II. Esta relíquia acabou sendo recuperada porque, não tendo grande valor de mercado, os ladrões a abandonaram num terreno baldio;
Em 2011, São João Bosco já tinha tido outra relíquia furtada: ladrões levaram o seu dedo, que estava preservado em uma igreja de Alassio, em Gênova;
Em 1991, tinha sido a vez de Santo Antônio de Lisboa e Pádua. O chefe mafioso Felice Maniero tinha ordenado o crime para pressionar o Estado italiano a libertar um familiar do presídio.
Com informações de Vatican News
Fonte: Aleteia
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