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8 dados que talvez não saiba sobre Santa Sofia


Por: Matthew E. Bunson/ NCR

Basílica Santa Sofia. Créditos: Domínio Público
REDAÇÃO CENTRAL, 23 Jul. 20 / 10:30 am (ACI).- Em 10 de julho, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, assinou um decreto para que Santa Sofia, uma antiga catedral, mesquita e hoje museu, volte a ser um lugar de culto muçulmano.

Apresentamos oito dados que deve saber sobre Santa Sofia, que foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

1. Foi a catedral do Império Bizantino por mais de mil anos

Santa Sofia foi construída como catedral de Constantinopla e permaneceu como igreja de 537 a 1453, quando a capital do Império Bizantino caiu nas mãos do exército muçulmano do Império Otomano.

Foi, provavelmente, a maior igreja de toda a cristandade e seu nome se traduz como "a Santa Sabedoria", referindo-se à Segunda Pessoa da Trindade.

2. Antes de Santa Sofia, havia outras igrejas construídas nesse lugar

A Basílica de Santa Sofia foi a terceira igreja construída no mesmo local. A primeira foi construída em 360 durante o reinado do imperador Constâncio II, filho de Constantino o Grande e fundador de Constantinopla.

A "Grande Igreja" foi destruída por um incêndio em 404, quando os apoiadores de São João Crisóstomo protestaram pelo exílio imposto pela imperatriz Aelia Eudoxia, que odiava o santo por suas críticas à corrupção, opulência e imoralidade da corte imperial.

A segunda igreja foi construída por ordem do imperador Teodósio II em 415. Foi uma grande construção de cinco corredores e foi destruída na revolta de Niká, um protesto violento contra o imperador Justiniano I em 532, que terminou com a destruição de grande parte da capital.

3. É honrada como uma das maiores obras-primas da arte e da arquitetura

A construção de Santa Sofia levou cinco anos, de 532 a 537, e envolveu milhares de artesãos e trabalhadores. Os principais arquitetos foram duas das maiores mentes da época: Isidoro de Mileto, físico e matemático; e Antêmio de Trales, matemático e professor de geometria.

O historiador do século VI, Procópio de Cesareia, escreveu que Santa Sofia, que foi a maior catedral do mundo por quase mil anos e o auge da arquitetura bizantina, “distinguia-se por sua beleza indescritível, sobressaindo-se tanto em seu tamanho como na harmonia de suas medidas”.

"A igreja está singularmente cheia de luz e sol, como se o local não fosse iluminado pelo sol vindo pelo lado de fora, mas parece que os raios são produzidos dentro da catedral”.

4. Sobreviveu a terremotos, incêndios e iconoclastas

Além do terremoto de 557, a Basílica de Santa Sofia sobreviveu a vários desastres naturais. Um incêndio em 859 foi seguido por um terremoto dez anos depois.

Outro terremoto em 989 causou danos à cúpula, e o Imperador Basílio II encomendou ao famoso arquiteto armênio, Trdat, a supervisão das reparações.

O interior também foi afetado no século VIII pelo movimento iconoclasta do imperador Leão III, o Isáurio, que emitiu um decreto proibindo as imagens no império.

5. Foi saqueada durante a Quarta Cruzada

Durante a Quarta Cruzada, em 1204, Santa Sofia foi saqueada pelos cruzados latinos, que tomaram Constantinopla e derrubaram o governo imperial bizantino. O ataque foi orquestrado pelo Doge de Veneza, Enrico Dandolo.

Muitos vasos sagrados e relíquias foram enviados para a Itália, e Santa Sofia serviu como igreja latina até 1261, quando a linha imperial bizantina foi restabelecida. Quando Dandolo morreu em 1205, foi enterrado em Santa Sofia.

Constantinopla caiu em 29 de maio de 1453 nas mãos do exército otomano, que sob o comando do sultão Mehmed II, violaram e mataram os habitantes e saquearam a cidade.

Mehmed II declarou que Santa Sofia passaria a ser a principal mesquita de sua nova capital. Ordenou que os mosaicos fossem cobertos de gesso e depois decorados com caligrafia e desenhos islâmicos. O sultão concluiu a conversão da igreja com a instalação de um minbar (púlpito), mihrab (nicho de oração) e uma fonte para lavar. Durante os séculos seguintes, quatro minaretes foram adicionados para a chamada à oração nos quatro cantos do edifício.

Além das imagens cobertas, a mudança mais significativa no interior foi a instalação de oito enormes medalhões nas colunas da nave, que foram adicionados durante as reformas entre 1847 e 1849, e mostram os nomes de Alá e Maomé, os quatro primeiros califas Abu Bakr, Umar, Uthman e Ali, e os netos de Muhammad Hassan e Hussein.

7. Foi declarada museu em 1934

Com o início da República da Turquia, Santa Sofia foi fechada em 1931 e, em 1934, o primeiro presidente do país, Mustafa Kemal Atatürk, declarou-a oficialmente como um museu. Como parte do novo estado, os mosaicos foram revelados publicamente pela primeira vez em séculos.

Em 1985, Santa Sofia foi incluída nas "Áreas Históricas de Istambul" e é considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

8. Líderes mundiais condenaram a conversão de Santa Sofia em mesquita

A reação mundial ao decreto do presidente turco de transformar Santa Sofia em uma mesquita foi negativa.

A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, assinalou que “Santa Sofia é uma obra-prima arquitetônica e um testemunho único das interações entre a Europa e a Ásia ao longo dos séculos. Seu status como museu reflete a natureza universal de sua herança e a torna um símbolo poderoso para o diálogo”.

O Patriarca caldeu, cardeal Louis Raphael Sako, declarou que a decisão da Suprema Corte turca é "muito triste e dolorosa" e descreveu que "é grave que o presidente turco não tenha considerado o respeito pelos sentimentos dos bilhões de cristãos no mundo, esquecendo o que eles fizeram pelos muçulmanos. Conceder aquela que era uma igreja apenas à oração islâmica é um ato grave”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Fonte: ACI digital

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