Em sua saudação em várias línguas na Audiência Geral, o Pontífice fez votos de que possamos aprender de João Batista a capacidade de testemunhar o Evangelho, para além das próprias diferenças, mantendo a concórdia e a amizade que fundamentam a credibilidade de qualquer anúncio de fé.
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Ao final da Audiência, o Papa recordou a celebração neste 24 de junho da memoria de São João Batista, o profeta precursor do Messias.
“Que o seu exemplo, como também o do rei Davi – dois homens que viveram a profecia e que souberam indicar onde estava o verdadeiro Deus - , sejam um estímulo para a nossa vida, para que busquemos a amizade de Deus através da oração e que o nosso exemplo possa ajudar a levar Deus aos homens e os homens a Deus.”
Francisco fez votos ainda que possamos aprender de Jão Batista a capacidade de testemunhar o Evangelho, para além das próprias diferenças, mantendo a concórdia e a amizade que fundamentam a credibilidade de qualquer anúncio de fé.
Eventos extraordinários
A vocação profética de São João Batista é circundada, desde o seio materno, de eventos extraordinários, em preparação ao nascimento de Jesus. O evangelho de Lucas (1,39-45) narra que a sua mãe Isabel, enquanto estava grávida, recebeu a visita da sua prima Maria, que também estava grávida de Jesus, e que João exultou de alegria no seio materno ao ouvir a voz de Maria.
Isabel era estéril e idosa. O Arcanjo Gabriel anunciou ao seu esposo Zacarias, o nascimento de um filho: “Não temas Zacarias – disse-lhe – a tua oração foi ouvida e tua mulher, Isabel, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João. E terás prazer e alegria e muitos se alegrarão no seu nascimento, porque será grande diante do Senhor”.
João Batista se apresenta
“Voz do que clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, tornai retas as suas veredas’!” Assim João Batista definia a si mesmo e a sua missão. Os Evangelhos dizem que ele vivia no deserto, vestido com pelos de camelo e se alimentava de gafanhotos e de mel silvestre; fazia penitência e pregava convidando à conversão. Certo dia, às margens do rio Jordão, aconteceu o encontro com o próprio Messias, que lhe pediu para ser batizado também. O batismo de João era de penitência e representava o batismo segundo o Espírito: “Eu, na verdade, batizo-vos com água para a conversão - dizia a seus discípulos - mas aquele que virá depois de mim é mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de desatar as correias das sandálias; ele vossa batizará com o Espírito Santo e com fogo”.
Após ter batizado o Salvador, afirmou: “Agora a minha alegria é completa. Ele deve crescer e eu, ao invés, diminuir”. A sua missão foi comprida.
Homem justo e o preço da verdade
João Batista amava a verdade e, por isso, morreu decapitado na prisão. Havia sido preso pelo Rei Herodes, por causa de Herodíade, mulher do seu irmão, Filipe, com a qual se casara. Com efeito, João lhe havia recordado que não era lícito conviver com a mulher do seu irmão. Herodes, porém, reconhecendo nele um homem justo, não queria mandar matá-lo. Mas, Herodíade venceu, convencendo a sua filha Salomé a pedir-lhe, como prêmio da sua dança em um banquete, a cabeça de Batista.
A cabeça de Batista
Com o passar dos séculos, houve muitas discrepâncias nas várias lendas e nas histórias de diversas supostas relíquias no mundo cristão. Diversos locais diferentes reivindicam a posse da cabeça de João Batista. Alguns cristãos acreditam que a cabeça que está exposta na igreja de “San Silvestro in Capite”, em Roma, seja a cabeça de São João Batista.
24 junho 2020
Fonte: Vatican News
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