Redação da Aleteia | Jun 16, 2020
Documento da Santa Sé foi publicado em 1972 a pedido do Concílio Vaticano II e reeditado no Brasil em 2001
Promulgado em 1972, é fruto da reforma litúrgica conciliar. Restaurou o período de preparação, o catecumenato; a celebração conjunta dos três sacramentos de iniciação: batismo, confirmação e eucaristia na Vigília Pascal; e contemplou a continuidade da iniciação no período pós-páscoa até a solenidade de Pentecostes.
O RICA apresenta a forma típica do ritual completo da Iniciação Cristã no primeiro capítulo, ritos do catecumenato em torno de suas etapas. Como o modo ordinário de iniciar um adulto, o qual se acha subdividido em três ritos de passagem: celebração da entrada no catecumenato, da eleição ou inscrição do nome, dos três sacramentos na Vigília Pascal; e em quatro tempos de formação: pré-catecumenato, catecumenato, iluminação e mistagogia.
Sacramentos da Iniciação Cristã: Batismo, Eucaristia e Crisma
1) PRÉ-CATECUMENATO – PRIMEIRO TEMPO
Para os que não têm batismo, nesse período é realizada a primeira evangelização, iniciando com o anúncio (Querigma) de Jesus Cristo enviado por Deus vivo para a salvação de todos. Depois é apresentado o reino de Deus e a Bíblia, para inspirar o desejo à conversão por meio da fé e oração. Para os que já foram batizados e vão receber a Eucaristia e a Crisma, serão motivados a buscar o sacramento da reconciliação. Os candidatos não manifestam ainda sua fé, mas somente sua reta intenção. Neste acolhimento não há rito, será feito dentro das reuniões e assembleias da comunidade local e saudado com palavras informais, recebido pelo sacerdote ou por um membro respeitável da comunidade. Esse período é finalizado por uma etapa de passagem: a Admissão ao Catecumenato, tal como vem descrita no RICA para os não batizados, e adaptado para os já batizados.
2) CATECUMENATO – SEGUNDO TEMPO (PRIMEIRA ETAPA)
Nesse período se dá o rito da admissão onde os candidatos, reunidos pela primeira vez em público, manifestam à igreja a sua vontade. E esta, os recebem como membros. Nessa etapa, o candidato é incentivado a aderir a Jesus Cristo, a Igreja e ao desejo de viver uma nova vida. Os nomes dos catecúmenos são anotados em livro próprio com indicação dos introdutores. A duração deste processo do candidato para se formar, é variada. Afim de amadurecer sua conversão e fé.
3) TEMPO DE PURIFICAÇÃO E ILUMINAÇÃO – TERCEIRO TEMPO (SEGUNDA ETAPA)
Realizado na Quaresma. O processo catequético, nesta fase de Iluminação, é como um grande retiro Quaresmal, cujos grandes objetivos são a maturação das decisões e o exame de tudo aquilo que se opõe à vida cristã, bem como a entrega dos grandes documentos da fé. Começa com o Rito da Eleição ou inscrição dos nomes dos não batizados que se celebra preferencialmente no 1º domingo da quaresma, chegando ao ponto culminante na Vigília Pascal.
4) CELEBRAÇÃO DOS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO (TERCEIRO ETAPA)
Constitui a última etapa: recebimento dos sacramentos da iniciação (Batismo, Crisma, Eucaristia) na Vigília Pascal. Os eleitos recebem a remissão dos pecados, e são incorporados ao povo de Deus. Assim, tornam-se seus filhos adotivos e são introduzidos, pelo Espírito, na prometida plenitude dos tempos. E participam desde já no Reino de Deus, pelo sacrifício e banquete eucarístico.
5) MISTAGOGIA – QUARTO TEMPO
Esse último tempo é realizado no tempo Pascal. Nele a pessoa experimenta a vivência do “mistério”. A comunidade, juntamente com os neófitos, aprofunda e procura traduzir o mistério Pascal cada vez mais na vida pela meditação do evangelho, pela participação na Eucaristia e pelo exercício da caridade. Este tempo é também o de prever uma continuidade na caminhada por inserção concreta em um setor de pastoral para intensificar sua participação. Acima de tudo, deve-se garantir que o leigo assuma a sua vocação. Pode se encerrar com uma celebração no término do tempo Pascal, e nas proximidades do domingo de Pentecostes. Inclusive com festividades externas.
Integração
O RICA – documento da Santa Sé – foi publicado em 1972 a pedido do Concílio Vaticano II e reeditado no Brasil em 2001.
Segundo o arcebispo de Curitiba e presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom José Antônio Peruzzo, o documento da Santa Sé oferece uma sequência de passos e um ordenamento para a mistagogia (inserção da pessoa na fé católica): “É uma espécie de integração muito mais viva entre catequese e liturgia”.
(A partir de informações da coordenação de catequese da Paróquia Espírito Santo – Diocese de Osasco)
Fonte: Aleteia
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