CNBB divulga onde e quando celebrações públicas devem ser retomadas no país


Pe. Rogério Luís Flôres, paróco Catedral de Porto Alegre, antes do fechamento das igrejas  (AFP or licensors)

Cada arquidiocese e diocese no Brasil tem enfrentado uma situação diferente no contexto da pandemia, ao respeitar os decretos determinados pelos governos estaduais e municipais. Para orientar melhor as comunidades católicas de várias realidades, a CNBB divulgou um elenco completo de onde e quando as missas com a presença dos fiéis foram retomadas, onde estão no aguardo para o reinício e, também, onde as igrejas acabaram de ser novamente fechadas, como é o caso da Arquidiocese de Porto Alegre desde a última segunda-feira (22).

Vatican News

Já no final de abril algumas arquidioceses e dioceses no Brasil puderam retomar os trabalhos e as celebrações com a participação da comunidade, mas sempre respeitando as medidas de segurança e higiene divulgadas inclusive pelo documento da CNBB intitulado “Orientações Litúrgico-Pastorais para o retorno às atividades presenciais” para evitar o contágio do coronavírus. A abertura das igrejas, por exemplo, foi possível depois que governos municipais e estaduais publicaram decretos autorizando a realização das missas com o povo.

Mas esse retorno “requer um bom planejamento, muita coragem e esperança, pois a Igreja também tem a grave responsabilidade de prevenir o contágio da Covid-19, em sintonia com as autoridades sanitárias”, afirma a CNBB no texto. A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia ressalta que, na medida em que for retomada a participação comunitária nas celebrações, segundo as orientações dos bispos diocesanos, “será necessário garantir atitudes e posturas contra a infeção”.

No site da CNBB, você encontra no detalhe a realidade vivida por cada arquidiocese e diocese no Brasil:

Norte 1

Na arquidiocese de Manaus (AM), foram divulgadas orientações que sugerem um processo gradual a partir do dia 24 de junho, com três etapas de retorno de atividades: de 24 de junho a 4 de julho acontece a abertura das igrejas para oração, prática devocional pessoal, sem concentração de pessoas; a partir de 28 de junho, a celebração de missa apenas com um número limitado de agentes de pastoral; e, a partir de 4 e 5 de julho, o início das missas e celebrações da Palavra com o povo de Deus.

Norte 2

A arquidiocese de Belém (PA) voltou em 6 de junho a receber os fiéis para as celebrações, mas com 15% do total de ocupação, limitando a 200 pessoas na Igreja. O estado do Pará registra crescimento de contágios principalmente no interior. Em Santarém, um decreto da prefeitura autorizou a abertura das igrejas com 30% da capacidade, mas que não exceda 100 pessoas, além de outras orientações de distanciamento, higienização e restrições.

Norte 3

Em Palmas (TO), ainda não há retorno das missas com a presença dos fiéis, somente das atividades presenciais da cúria metropolitana.

Noroeste

Em Porto Velho (RO) e demais dioceses estão mantidas as normas de isolamento e as celebrações pelas redes sociais.

Nordeste 1

No Ceará, as Igrejas continuam fechadas, uma vez que as cidades estão em fases diferentes de abertura ou fechamento total. Em nota, os bispos do Regional Nordeste 1 da CNBB sugeriram que cada diocese adote no seu planejamento as medidas de proteção propostas pela CNBB que visam ao cuidado, à defesa e à preservação da vida. “Enquanto isso, as nossas celebrações continuarão acontecendo a portas fechadas, sem a presença de fiéis, que participam através das mídias - à exceção daquele número bem reduzido dos que deverão exercer serviços e ministérios litúrgicos.”

Nordeste 2

No Rio Grande do Norte, os bispos da Província Eclesiástica de Natal resolveram manter as igrejas fechadas. Há receio de que uma abertura seja sucedida de uma necessidade de fechar novamente, uma vez que a rede pública de saúde já se aproxima da ocupação máxima.

As primeiras experiências para a retomada das celebrações litúrgicas com a presença dos fiéis ficam por conta das arquidioceses da Paraíba (PB) e de Olinda e Recife (PE) e da diocese de Guarabira (PB). Nos templos, deve ser respeitada a lotação máxima de 30% da capacidade total, além de uma série de recomendações para a segurança dos fiéis dentro dos espaços litúrgicos.

Nordeste 3

Em Salvador (BA), a arquidiocese segue os decretos municipal e estadual que determinam missas com, no máximo, 50 pessoas dentro dos templos. Porém, a maior parte das paróquias está realizando a celebração eucarística sem a presença dos fiéis, com transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Em Aracaju (SE), o arcebispo dom João José Costa está preparando um novo decreto com orientações e critérios para a retomada das celebrações nos templos. O documento estará em sintonia com as orientações apresentadas pela CNBB e também nas recomendações das autoridades civis. As paróquias irão promover as readequações necessárias para as celebrações presenciais.

Nordeste 5

No dia 15 de junho, foi publicado decreto com as novas normas para o funcionamento das paróquias. O documento normatiza, sobretudo, a reabertura das igrejas para a celebração da missa com a presença de fiéis e ressalta não se tratar “da liberação geral das dependências, muito menos o abandono das práticas sanitárias adotadas mesmo quando fechadas”. No texto, há a regulamentação da quantidade de pessoas e reforço dos cuidados em uma retomada gradual da vida eclesial.

Centro-Oeste

Nas arquidioceses de Brasília (DF) e Goiânia (GO), seguem as celebrações presenciais com redução de fiéis de acordo com orientações das autoridades locais.

Leste 1

A arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) comunicou oficialmente o retorno das atividades religiosas das mais de 280 igrejas na cidade para o próximo dia 4 de julho. Outras dioceses seguem sem a presença de fiéis.

Leste 2

Em Minas Gerais, as arquidioceses de Belo Horizonte, Juiz de Fora e Uberaba divulgaram orientações para retorno das celebrações com o povo. Já em Pouso Alegre (MG), o arcebispo metropolitano, dom José Luiz Majella Delgado, enviou uma mensagem, por vídeo, incentivando a perseverança e unidade entre todos.

Oeste 2

A arquidiocese de Cuiabá tem orientações para retorno das missas com fiéis desde o dia 1º de maio.

Sul 1

Epicentro da pandemia no Brasil, no estado de São Paulo algumas dioceses começaram a abrir novamente suas portas, nos dias 13 e 14 de junho. As celebrações ocorrem com a presença de, no máximo, 30% da capacidade do local para garantir o distanciamento entre as pessoas, e seguindo as normas sanitárias e de higiene, como o uso de máscaras e álcool em gel, além de medição de temperatura corporal.

Sul 2

No Paraná, a maioria das igrejas segue fechada e as dioceses acompanham os números da pandemia. Em Londrina (PR), as missas com a presença de fiéis continuam suspensas até o final do mês de junho, quando a questão será reavaliada. Secretarias e igrejas continuam abertas para atendimentos individuais e orações pessoais. Em Maringá, as celebrações foram retomadas com restrição de público. Crianças e idosos não podem participar das missas.

Sul 3

Em Porto Alegre (RS), o arcebispo metropolitano, dom Jaime Spengler, emitiu nota oficial orientando sobre o fechamento das igrejas, após classificação governamental do território da arquidiocese como bandeira vermelha. Na diocese de Cruz Alta (RS), as celebrações ocorrem de acordo com as orientações de saúde, com participação de até 30 pessoas ou 25% da capacidade e uso de máscaras.

Sul 4

Em Santa Catarina, as dioceses de Chapecó, Lages, Caçador, Joaçaba, Rio do Sul e Blumenau continuam sem celebrações públicas, observando os crescentes dados da pandemia nas cidades que compõem o território diocesano. A arquidiocese de Florianópolis e as dioceses de Joinville, Tubarão e Criciúma já autorizaram a retomada das celebrações públicas nas paróquias que conseguem responder a uma série de normas sanitárias para que se evite o contágio.

Fonte: CNBB

24 junho 2020

Fonte: Vatican News

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