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A12 | Fev 10, 2020
A reunião do Terço dos Homens é sempre uma oportunidade de experiência de Deus e de oração
Para todos nós que seguimos Jesus e que fazemos parte da Família do Terço dos Homens, a oração é sempre a melhor companhia. Rezar significa buscar intimidade e sintonia com o projeto salvador de Deus. Cada instante de oração representa o necessário empenho de progredir na fé e no conhecimento da vontade de Deus. “Quem reza se salva”, ensina o santo Afonso Maria de Ligório, o fundador dos missionários redentoristas.
O Terço dos Homens nasceu com este objetivo: estreitar os laços de pertença a Deus e a Nossa Senhora Aparecida através da oração. A cada encontro para a oração do santo terço somos especialmente convidados a rezar as glórias de Maria. A Bíblia nos ensina que Maria de Nazaré é uma mulher de oração. O Magnificat é a grande oração de louvor que Nossa Senhora dirige a Deus (Cf. Lc 1,47-55).
A reunião do Terço dos Homens é sempre uma oportunidade de experiência de Deus e de oração. Especialmente durante este ano, queremos fazer um convite a todos vocês que amam Nossa Senhora: queremos que os Homens do Terço sejam também agentes evangelizadores. Nosso desejo é que, através da oração, do testemunho de vida e da prática da caridade, você assuma cada vez mais a sublime missão de evangelizar.
Os grandes mestres espirituais do cristianismo sempre ensinaram que “a oração é o grande meio de salvação”. Vivemos num mundo marcado pelo movimento, pela tecnologia e pelo barulho. A oração nos convida ao silêncio, ao deserto e ao encontro pessoal com Deus. Reze conosco o Terço de Aparecida e deixe a oração te aproximar ainda mais das abundantes bênçãos de Deus.
As mãos postas de Maria nos recordam que Deus é a fonte e a origem das nossas vidas. A oração é também um gesto de humildade, através do qual reconhecemos que somos de Deus e só a Ele pertencemos. Maria rezou pelo seu Filho e continua em prece por cada um de nós. Rezamos com Nossa Senhora todas as vezes que nos tornamos capazes de acolher a Palavra e a vontade de Deus. Rezamos com Maria todas as vezes que somos capazes de amar os pobres, os queridos de Deus.
Dom Orlando Brandes, nosso querido Arcebispo, sempre lembra com entusiasmo que “Maria é a melhor e a mais perfeita discípula da Palavra”. Nossa Senhora é a mulher que mais intensamente deixou-se revestir pela Palavra de Deus. Ela é exemplo de fé e de seguimento de Jesus. Maria é também para todos nós sinal e testemunho de que Deus pode agir sempre mais em nossas vidas, fazendo maravilhas em cada um de nós, como recorda o Magnificat.
Por Pe. Eduardo Catalfo, Reitor do Santuário Nacional de Aparecida, via A12
Fonte: Aleteia
A oração que tem transformado a
vida dos homens
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Entenda por que os grupos do Terço dos Homens está ganhando cada vez mais participantes nas paróquias
Algo novo tem acontecido nas paróquias. De modo até tímido, temos visto os chamados grupos de Terço dos Homens começarem e, aos poucos, angariarem cada vez mais varões, podendo, em não poucos casos, chegarem a mil, mil e quinhentas, duas mil pessoas para a oração do Santo Terço.
O mais importante é que, essa oração, tem transformado a vida de muitos homens, tirado muitos dos vícios, pornografia, adultério e seitas secretas; devolvendo-os à companhia da família e à frequência dos sacramentos da Igreja. Por isso achei importante escrever um livro que descrevesse todas essas maravilhas.
A obra retrata o que vem a ser o Terço dos Homens, a origem do movimento em nosso país, como acontecem essas conversões e o que se passa no íntimo desses homens. No entanto, não me contentei em falar somente do Terço dos Homens sob o aspecto da vida de oração e seus efeitos, mas vi uma ótima oportunidade de falar também de vida, de assuntos de interesse masculino, e ofertar alguma literatura que pudesse dar um norte ao homem de hoje, como é pedido pelo movimento Mãe Rainha três vezes admirável de Schoenstatt – de quem veio o principal impulso, nesses últimos tempos, para a propagação do Terço dos Homens –, em que um dos pilares dos grupos de Terço é a formação humana para os homens.
Tenho percebido que, a partir da oração do Rosário, os homens têm se convertido, voltado aos sacramentos e, a partir disso, buscado um sentido maior para a vida deles; daí vem a segunda parte do título do livro: ‘A grande missão masculina’.
Mas qual é essa grande missão?
Vou relatar, brevemente aqui, quatro características das quais Deus pensou para o homem em sua origem, desde quando formou o ser masculino, a fim de que, esse chegue a concretizar sua missão neste mundo.
Acolhedor – Deus fez o homem primeiro que a mulher. Por quê? Para ele ser maior que ela? Não! Para que, a partir do que Ele criou, preparar-lhe o ambiente. O homem é como o anfitrião da mulher.
Podemos ver essa imagem também na cultura judaica. Quando um casal estava prometido em casamento, sabemos, pela tradição, que a obrigação de construir a casa era do homem e, no dia do casamento, ele ia buscar, com os seus amigos (cf. Jo 3,29), a noiva, que o esperava na casa de seus pais junto com as virgens (cf. Mt 25,1). Portanto, a mulher foi dada ao homem, o Senhor a apresentou a ele (cf. Gn 2,22). Temos de ver as mulheres de forma diferente da que o mundo nos propõe; temos de vê-las pela ótica do Senhor, ou seja, como Deus as vê. A partir daí, conseguiremos enxergar a riqueza daquela que compartilhará nossa vocação esponsal.
Portanto, se um homem não respeita, não acolhe nem tem cuidado com a mulher, se ele a enxerga como objeto de sua satisfação, está agindo fora de sua própria essência, pois está desobedecendo ao sentido de sua existência e, consequentemente, não se realizará enquanto pessoa, não será feliz.
Você já viu algum homem feliz ou de bem com a vida, que usa ou expõe uma mulher, que a tortura psicologicamente, a agride verbal ou fisicamente?
Condutor – O homem deve “Chamar para si a responsabilidade de guiar sua esposa e seus filhos pelos caminhos corretos e santos para chegarem ao Céu. […] Conduzir aqui não significa ser opressor, invasor, centrado em si mesmo, que faz com que todos sigam seu pensamento. Mas simboliza o sacrifício de si próprio para o bem-estar do outro. Muitas vezes, aquele que vai à frente numa viagem, é o que se dispõe a colocar-se primeiro diante dos riscos, justamente para assegurar a vida daqueles que vêm atrás. Ele motiva e estimula quando necessário, mas está atento aos seus e ao ritmo diferente de cada um. Certa vez, lendo um livro de espiritualidade, encontrei uma representação do que é isso:[..] ‘Quando meu pai colocou o anel no dedo da minha mãe, e o padre os declarou marido e mulher, Nosso Senhor entregou ao meu pai um cajado, que parecia um pauzinho curvo de Luz, tratava-se de uma graça que Deus dá ao homem. É um dom de autoridade de Deus Pai, para esse homem guiar o pequeno rebanho que são os filhos, que nascem desse matrimônio, e também para defender o matrimônio’ (Lv. O livro da vida! Da ilusão à verdade. POLO, Glória. Goiânia: América Ltda, 2009. p. 40)”.
Paternidade – A mais profunda vocação do homem é ser pai. Ele nasce e se desenvolve para isso. O homem, com tudo o que lhe pertence – seus dons, talentos e habilidades, todo seu conhecimento, prática e técnica que adquire, tudo o que desenvolve durante sua vida –, só encontrará plena realização se canalizar tudo para o exercício da sua paternidade.
Geralmente, é a figura paterna quem ensina o filho a andar de bicicleta – segura-o para não cair, soltando-o quando vê que ele já adquiriu certo equilíbrio, ainda que o pequeno não confie em si mesmo. A criança experimenta o prazer de ser desafiada pelas ocasiões da existência e alcançar pequenas vitórias pessoais. Também é o pai quem, na maioria das vezes, brinca pedindo ao filho que pule de alguma altura para segurá-lo no colo. Dificilmente, veremos uma mãe brincando assim!
Tudo isso vai sendo registrado na cabecinha da criança como: “Você é capaz”, “Eu acredito em você”, “Existe alguém junto com você, alguém que o olha, mesmo quando você se sente sozinho no desafio”.
Na pré-adolescência ou juventude, também é comum que seja o pai a ensinar como o mundo funciona ou até mesmo ensinar um ofício ao seu filho. Jesus aprendeu a ser carpinteiro com seu pai José.
Se um pai não gosta de trabalhar, é adúltero ou cultiva vícios, seu filho seguirá seu exemplo ou entrará em “pé de guerra” contra ele.
Enfrentamento – “O substrato básico do ser humano está na feminilidade, e o sexo masculino, para se desenvolver, precisa surgir por meio de um esforço”. Isso é verdadeiro biológica, psíquica e espiritualmente. Todo homem precisa de uma luta.
Biológico, pois o embrião inicialmente é feminino. Se seguir de forma linear, ou seja, conforme já vem acontecendo o desenvolvimento do embrião desde sua fecundação, nascerá então uma menina. Para que surja um menino, é preciso que ocorra uma revolução química. Não que não haja as propriedades masculinas, o cromossomo Y está ali, mas precisa acontecer essa revolução.
Psíquico, porque tanto o menino quanto a menina são criados pela mãe; consequentemente, ficam mais tempo com ela. As meninas estão em harmonia com a mãe e se desenvolvem femininas. O menino precisa se afastar do mundo da mãe e, ao afastar-se, torna-se homem.
Espiritual, porque “o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher”.
Desde pequenos, buscamos autenticar nossa masculinidade – competimos entre nós, desafiamo-nos, impomos condições, ritos de passagem para sermos aceitos e aprovarmos o outro.
Todo homem precisa ter por que lutar. O prêmio final, a vitória será a consequência do que adquirirmos durante a batalha. Portanto, a grande missão masculina é sermos acolhedores, condutores e paternos, enfrentarmos o mundo como linha de frente.
Que grande graça é o Terço dos Homens! A partir da oração simples, mas feita com o coração, ele pode revelar e autenticar todas essas características que Deus já depositou em nós.
Não canso de repetir que esse movimento é iniciativa de Nossa Senhora, a mulher que gerou Jesus e quer formar; gerar em nós características; infundir em nós o mesmo Espírito de Seu Filho divino. Cristo é o modelo do homem que frequenta o Terço dos Homens.
Por Sandro Arquejada, via Canção Nova
Fonte: Aleteia
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