Solenidade de Cristo Rei: Entenda a festa que encerra o Ano Litúrgico

Ícone Cristo Rei do Universo

Ao celebrar Cristo Rei, fiéis também são chamados a fazer uma revisão de vida ao fim do Ano Litúrgico

Kelen Galvan
Da redação

A Solenidade de Cristo Rei, celebrada neste domingo, 24, marca o fim do Ano Litúrgico da Igreja Católica, na 34ª semana do Tempo Comum. Instituída em 1925, pelo Papa Pio XI, esta solenidade coloca os cristãos frente à realeza do rei Jesus. 

“Ele [Jesus] é a antítese da realeza da riqueza e do poder. Não é por acaso que os evangelhos da liturgia de hoje, nos ciclos litúrgicos A, B, e C da Igreja, sempre nos colocam no contexto da Paixão de Jesus para contemplar Sua realeza. (…) A realeza de Jesus é a realeza do Amor Ágape de Deus por toda a humanidade e por toda a criação. Essa festa é a ocasião propícia para podermos reconhecer, mais uma vez, que na cruz de Jesus o ‘poder dominador’, o ‘poder opressor’, criador de desigualdades e exclusões, espalhador de sofrimento por todos os lados, está definitivamente derrotado”, explica o especialista em Teologia Pastoral Bíblica-Litúrgica, padre Anderson Marçal.

O sacerdote destaca que o término do Ano Litúrgico é uma boa oportunidade de fazer uma revisão de vida, diante do que foram as propostas feitas por Jesus ao longo do ano.

“Durante todo o ano, na liturgia da Palavra, Jesus vai se apresentando a cada um de nós, vai se mostrando, mostrando seu Reino e para quê Ele veio. E [este] é o momento de nós fazermos uma boa revisão de vida, frente àquilo que a liturgia nos mostra, nos preparando para o encontro definitivo com Deus. Este encontro acontece a cada ano no Advento, em preparação ao Natal, mas chegará o tempo em que nos encontraremos definitivamente com Deus”, motiva.

Padre Anderson afirma que enquanto as pessoas são peregrinas nesta terra, elas vivem sobre a proteção da Misericórdia de Deus, mas ao morrer, na eternidade, todas contemplarão o mistério de Deus. “Esse mistério nós não conhecemos. Por isso, é sempre bom fazer uma revisão de vida, a partir do término do Ano Litúrgico e do Ano que se inicia no Advento, nos preparando para este fim”, explica.

Curiosidade

A cada primeiro domingo do Advento começa um novo Ano Litúrgico, que são divididos em três ciclos, chamados de anos A, B e C, para manifestar a história da Salvação.

“A Sagrada Escritura traz a escrita sagrada, mas também traz a história da Salvação, que tem uma cadência própria, como se estivéssemos caminhando ao ritmo da Santíssima Trindade. Por isso que no ano A, a manifestação é do Pai; no ano B, a manifestação é do Filho; e no ano C, a manifestação é do Espírito Santo. Cada ano tem sua particularidade”, diz o especialista.


Padre Anderson explica que essa divisão em três para nos levar a experimentar durante todos os três anos a experiência da graça de Deus, que nos chama a uma preparação para o encontro com Ele, este encontro nos dá um apelo à penitência e essa penitência nos leva à perceber a manifestação deste Deus.


Comentários

Newsletter

Receba novos posts por e-mail:


Pesquisar este Blog