REDAÇÃO CENTRAL, 23 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Oh Jesus, meu suspiro e minha vida, peço-te que faça de mim um sacerdote santo e uma vítima perfeita”, escreveu uma vez São Pio da Pietrelcina, cuja festa se celebra hoje. Sua oração foi escutada e lhe foi concedido o dom dos estigmas.
Durante sua vida, Deus o dotou de muitos dons, como o discernimento extraordinário que lhe permitiu ler os corações e as consciências. Por isso, muitos fiéis iam se confessar com ele.
Outros dons foram o da profecia para poder anunciar eventos do futuro, as curas milagrosas com a oração, a bilocação, que lhe permitiu estar em dois lugares ao mesmo tempo, e o perfume que exala das chagas dos estigmas.
Padre Pio nasceu em Pietrelcina, Itália, em 25 de maio de 1887. Seu nome era Francisco Forgione e tomou o nome de Frei Pio da Pietrelcina em honra a São Pio V, quando recebeu o hábito de Franciscano.
Aos cinco anos, apareceu-lhe o Sagrado Coração do Jesus, que posou sua mão sobre a cabeça do menino. O pequeno, por sua vez, prometeu a São Francisco que seria um fiel seguidor dele. Desde então, sua vida ficou marcada e começou a ter aparições da Santíssima Virgem.
Preferia passar o tempo em oração e estudo porque entendia o sacrifício que seus pais faziam para que recebesse uma boa formação.
Aos 15 anos, decidiu ingressar na Ordem Franciscana de Morcone e teve visões do Senhor em que lhe mostrou as lutas que teria que passar contra o demônio. “Eu estarei te protegendo, te ajudando, sempre a seu lado até o fim do mundo”, disse-lhe Jesus Cristo.
Em 10 de agosto de 1910, foi ordenado sacerdote. Pouco tempo depois voltaram as febres e as dores que o afligiam. Então, foi enviado a Pietrelcina para que restabelecesse sua saúde.
Em 1916, visitou o Mosteiro de São Giovanni Rotondo. O Padre Provincial, ao ver que sua saúde tinha melhorado, mandou-lhe retornar a esse convento onde recebeu a graça dos estigmas.
“Era a manhã de 20 de setembro de 1918. Eu estava no coro fazendo a oração de ação de graças da Missa… me apareceu Cristo que sangrava por toda parte. De seu corpo chagado saíam raios de luz que mais pareciam flechas que me feriam os pés, as mãos e o lado”, descreveu Padre Pio a seu diretor espiritual.
“Quando voltei a mim, encontrei-me no chão e com chagas. As mãos, os pés e o lado sangravam e me doíam até me fazer perder todas as forças para me levantar. Sentia-me morrer, e teria morrido se o Senhor não tivesse vindo me sustentar o coração que sentia palpitar fortemente em meu peito. Arrastei-me até a cela. Recostei-me e rezei, olhei outra vez minhas chagas e chorei, elevando hinos de agradecimento a Deus”, acrescentou.
Certo dia, uma avó lhe levou a sua neta chamada Gema, que tinha nascido sem pupilas. Padre Pio a abençoou e fez o sinal da cruz sobre seus olhos. A menina recuperou a vista, sem necessidade de ter pupilas. Mais adiante, Gema ingressou na vida religiosa.
Em 9 de janeiro de 1940, animou seus grandes amigos espirituais a fundar um hospital que se chamaria “Casa Alívio do Sofrimento”, a qual foi inaugurada em 5 de maio de 1956, com a finalidade de curar as doenças físicas e espirituais.
Segundo fontes que não se puderam confirmar, São João Paulo II sendo um jovem sacerdote visitava Padre Pio para confessar-se e, em uma dessas ocasiões, estando em transe, disse ao futuro Supremo Pontífice: “Vais ser Papa”.
Padre Pio retornou à Casa do Pai em 23 de setembro de 1968, enquanto murmurava: “Jesus, Maria!”.
São João Paulo II, durante sua canonização em 16 de junho de 2002, disse: “Oração e caridade, esta é uma síntese extremamente concreta do ensinamento de Padre Pio, que hoje volta a propor todos”. (Fonte: ACI digital)
Padre Pio / Foto: Wikipédia (Domínio Público)
REDAÇÃO CENTRAL, 23 Set. 19 / 09:00 am (ACI).- Pe. John Zeller pertence aos Missionários Franciscanos da Palavra Eterna e é diretor do departamento de peregrinação do canal católico EWTN em Birmingham (Estados Unidos). Em uma entrevista contou alguns fatos milagrosos e pouco conhecidos dos quais foi testemunho, após rezar por diversas pessoas com uma relíquia de primeiro grau do santo frade capuchinho.
Pe. Zeller nem sempre foi devoto de Padre Pio, mas adquiriu a devoção há alguns anos e está convencido de que o santo o escolheu.
Após conhecer mais sobre a vida do frade capuchinho italiano, animou-se a pedir uma relíquia a um dos superiores de San Giovanni Rotondo. O superior aceitou e lhe entregou dois pedaços de uma atadura manchada de sangue que cobriu as feridas produzidas pelos estigmas de Padre Pio. Padre Zeller deu uma das relíquias para sua comunidade e ficou com a outra.
Essa é a relíquia que utiliza para rezar com as pessoas.
“Tive a oportunidade de rezar com muitas pessoas e houve casos nos quais ocorreram, diria, algumas curas”. Ele ficou sabendo disso porque as pessoas pelas quais rezou se aproximaram dele meses depois para lhe dizer que estavam curadas.
O Santo “Padre Pio é um intercessor muito poderoso. Um sacerdote me disse uma vez que provavelmente é um dos santos mais ativos da Igreja Católica”, disse o presbítero.
Primeiro milagre
Uma desses curas aconteceu no Santuário do Santíssimo Sacramento, em Hanceville, na festa de Nossa Senhora de Fátima, quando rezou com dois sacerdotes pelos fiéis com as relíquias e com a luva de Padre Pio que pertencia a Madre Angélica.
Enquanto rezavam, aproximou-se uma mulher que sofria do nervo ciático, uma dor muito forte que ia desde a parte de trás da perna até o pé.
Pe. Zeller rezou por ela e depois ela voltou ao seu lugar e disse ao esposo: “Estou curada”.
Segundo milagre
Em outra ocasião, rezou com a relíquia sobre a filha de doze anos de um casal de amigos que sofria de uma infecção de ouvido e que “parecia que não desapareceria”.
Ele colocou a relíquia na orelha afetada e rezou. “Ela caiu no chão (...) não pude segurá-la porque não sabia o que estava acontecendo, estava um pouco assustado de que algo tivesse acontecido”. Entretanto, a mãe disse que “estava no descanso no espírito”.
A jovem se curou da infecção e não voltou a recair.
Terceiro milagre
Outro caso de cura aconteceu em uma mulher de 40 anos que sofria de uma doença no coração e, quando rezou por ela com a relíquia, ficou saudável.
Sobre essas curas milagrosas, Pe. Zeller disse que “não sou eu, mas a intercessão de São Padre Pio”.
O dom
O sacerdote comentou com CNA – agência em inglês do Grupo ACI – que antes pensava que Padre Pio fosse uma pessoa muito séria e tinha medo de pedir sua intercessão, porque acreditava que “seria sério comigo”.
Entretanto, descobriu que “foi um frade muito alegre” e, quando viajou a San Giovanni Rotondo, entendeu que a seriedade do santo era porque “sabia quando as pessoas não estavam arrependidas”.
“Diz-se que podia até mesmo sentir o cheiro do pecado, eu nem imagino como deve cheirar a separação eterna de Deus”, concluiu.
Fonte: ACI digital
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