Deus, nosso Pai,
tu nos concedeste na pessoa do Padre Kentenich um pai e profeta abrasado pelo Espírito Santo,
testemunha e mensageiro do teu Evangelho para o nosso tempo.
Dá-nos do seu fogo! Dá-nos do seu espírito de Fundador! Faze que o seu carisma esteja tão vivo em nós que possamos plasmar o futuro da Igreja e da sociedade.
A sua visão seja a nossa visão: que na força da Aliança de Amor surja um mundo novo, no qual possamos gerar uma Cultura de Aliança, em todos os lugares onde vivemos e atuamos.
Pai do céu, nós te pedimos: inclui o Padre Kentenich nas fileiras dos santos reconhecidos pela Igreja. Abre as portas para ele e sua missão em todos os lugares, para que ele possa conduzir muitas pessoas pelo caminho à plenitude da vida, o caminho para ti.
Nós te pedimos, unidos a Maria, nossa Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, por Cristo, nosso Senhor. Amém
Em 16 de novembro de 1885, em Gymnich, perto de Colônia, na Alemanha, nasce o Servo de Deus, Padre José Kentenich, Fundador da Obra Internacional de Schoenstatt.
Desde antes de seu nascimento, sua mãe o consagra a Maria. Em 1894, quando contava nove anos de idade, não podendo tê-lo consigo por causa de grandes dificuldades familiares e econômicas, sua mãe o levou ao orfanato de Obernhausen. Nesse momento de profunda dor, dirigindo-se à capela do orfanato, ela rezou diante da imagem de Maria: “Educa tu, o meu filho. Sê para ele plenamente mãe!” Tal acontecimento marcou profundamente o menino José Kentenich. Assim, os nove anos de idade ele faz, unido a sua mãe, a sua consagração pessoal, colocando-se inteiramente ao dispor de Nossa Senhora.
Ela também levou a sério essa entrega e, por isso, Pe. Kentenich testemunhou na celebração do jubileu de prata do seu sacerdócio: “Ela (a Mãe de Deus) formou-me pessoalmente desde os nove anos de idade. Minha educação foi exclusivamente obra da Mãe de Deus, sem nenhuma (outra) influência humana profunda. Sei que com isso digo muito”.
Atento aos sinais de Deus
Uma das características principais do Pe. Kentenich é conservar sempre “a mão no pulso do tempo e o ouvido no coração de Deus”. Seguindo os sinais indicados pela Divina Providência, em 18 de outubro de 1914, em meio a I Guerra Mundial, com seus alunos, sela a Aliança de Amor com Maria, suplicando-lhe que torne a pequena Capelinha, no terreno do seminário, um Santuário de Graças e um centro de renovação religioso e moral para a Alemanha e o mundo.
Pouco depois, alguns desses alunos são chamados como soldados para a guerra e oferecem a própria vida a Deus, em holocausto pela frutuosidade da Obra que iniciaram com o Pe. José Kentenich. Após a guerra muitas pessoas chegam a Schoenstatt atraídas pela espiritualidade que conheceram nos campos de batalha. A Obra se expande além dos muros do seminário em grupos de famílias, sacerdotes, Irmãs, homens, mulheres e jovens.
Foi duramente provado pela Igreja, exilado durante 14 anos (1951-1965), e reabilitado pelo Papa Paulo VI. Com seu exemplo e ensinamento procurou infundir em cada membro da Família de Schoenstatt o lema que ele mesmo escolhera para a sua lápide sepulcral: ‘Dilexit Ecclesiam’ – Ele amou a Igreja! Deus o chamou para a eternidade no dia 15 de setembro de 1968, dia da festa de Nossa Senhora das Dores, logo depois da Santa Missa que ele acabara de celebrar na Igreja da Santíssima Trindade em Schoenstatt, onde também está sepultado. Em 1974 a diocese de Treves abriu o processo para a sua canonização.
O processo de beatificação do Pe. José Kentenich teve início em 10 de fevereiro de 1975. Até o momento o trabalho transcorre na Diocese de Treves/Alemanha.
Segundo os responsáveis pelo processo, o trabalho reuniu uma grande quantidade de testemunhos sobre sua fama de santidade. Milhares de pessoas, de 87 países nos cinco continentes, recorrem à sua intercessão e se orientam por seu exemplo de vida. Os numerosos escritos publicados foram examinados por quatro especialistas em teologia, que manifestaram que neles não se encontra nada contra o dogma e a lei moral da Igreja. Mais de cem pessoas deram o seu testemunho, declarando ante o tribunal eclesiástico. Isso é muito importante, uma vez que o objetivo do processo é a verificação do heroísmo de vida e de virtudes do servo de Deus. As testemunhas são interrogadas sobre as recordações e vivências que tiveram no contato direto, em muitos casos, durante dezenas de anos, com o Pe. Kentenich. Podem manifestar-se a favor ou contra, fazer suas objeções, apresentar documentos, etc.
Nos últimos anos, o trabalho se concentrou na correção e avaliação de seus escritos não publicados: cartas particulares, documentos pessoais, conferências e retiros não editados, etc. Uma comissão de peritos em história da Igreja e em arquivos tem sido responsável por essa tarefa. A enorme quantidade destes escritos demanda muito tempo e energia. Foi requerido documentação em mais de 110 arquivos eclesiásticos e civis.
Tanto para os arquivos como para os testemunhos, se tomou em consideração os lugares onde Pe. Kentenich viveu ou desenvolveu suas atividades pastorais: Alemanha, Suíça, Estados Unidos, Brasil, Chile, Argentina, Uruguai e África do Sul. Quando a comissão de historiadores acabarem sua tarefa, está previsto para os próximos meses, faltará, então, pouco para a finalização da etapa diocesana do processo. Em seguida, vem a etapa definitiva em Roma.
É impossível dizer quando chegará ao final. É necessário, também, um milagre comprovado para a beatificação e ninguém pode “organizar” um milagre. Pode somente implorá-lo.
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