História da Imagem do Senhor Bom Jesus de Iguape


História da Imagem do 
Senhor Bom Jesus de Iguape

A imagem do Senhor Bom Jesus de Iguape veio de Portugal, onde era muito venerada. Ela foi embarcada em um navio português em 1647, com destino ao Brasil. Próximo de Pernambuco, o navio foi atacado por inimigos e para evitar que a imagem fosse destruída e profanada, o comandante colocou-a em uma caixa de madeira, juntou algumas garrafas de azeite e jogou-a ao mar.

Nove meses mais tarde, Francisco de Mesquita, morador da Praia da Jureia, mandou dois índios para a Vila Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. Estes, ao passarem pela Praia do Una, acharam junto ao rio Passauna, um vulto desconhecido rolando nas ondas. Perceberam que se tratava de uma imagem e junto a ela também havia algumas botijas de azeite e um caixote de madeira, e resolveram trazê-los à margem. Para prosseguir viagem, cavaram um buraco e o colocaram em pé com o rosto para o nascente, ao lado das botijas e do caixote.

No regresso ao se aproximarem da imagem, perceberam surpresos que, deixando-a virada para o nascente, encontraram-na virada com o semblante voltado para a direção poente. Apressaram-se em voltar ao seu local de morada e contar o que acontecera. No dia seguinte, Jorge Serrano, líder da comunidade, tomou no caminho de Praia do Uma, acompanhado de sua mulher Ana de Góes, de seu filho Jorge e de sua cunhada Cecília. Quando chegaram diante da imagem puseram-se de joelhos e rezaram, rendendo graças. Decidiram então leva-la para a Vila de Iguape e para facilitar o transporte, usaram uma rede de pesca.

Um grupo de pessoas que havia sido informado do achado da imagem pelos índios acercou-se de Jorge Serrano, com a intenção de levá-la para a Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, por esta ser a sede da Capitania.
Ao tentar virar o cortejo para àquela Vila, a imagem surpreendentemente tornou-se muito pesada e o contrário aconteceu quando voltaram-na na direção da Vila de Iguape. Perceberam então que a imagem já havia escolhido seu destino.

Após dias de caminhada encontraram um lugar para banhar a imagem sobre as pedras de um riacho. Este riacho ficou conhecido como Fonte do Senhor. No dia 2 de novembro de 1647, terminada a lavagem, a imagem finalmente chegou à Vila e foi entronizada na Matriz de Nossa Senhora das Neves.

Em 1787, foi iniciada a construção de uma nova igreja, pois a Matriz de Nossa Senhora das Neves encontrava-se em péssimas condições. Já nesta época a procissão do Senhor Bom Jesus era realizada no dia 6 de agosto, dia da transfiguração do Senhor.

Em clima de grande festa foram transladas num cortejo chamado pelos fiéis de Procissão da Mudança, a imagem do Senhor Bom Jesus e de todas as outras imagens da antiga matriz para a nova igreja que, no ano seguinte, passou a ser denominada Paróquia de Nossa Senhora das Neves e Matriz do Senhor Bom Jesus de Iguape.

No mesmo tempo em que foi achada a imagem na praia, foram vistas pelo Padre Manoel Gomes, Vigário da Ilha de São Sebastião, cruzar o mar de Norte a Sul, seis luzes iluminando uma grande circunferência, segundo disse o Vigário ao Reverendo Padre Antonio da Cruz, religioso da Companhia de Jesus, e que seja transmitida a todos, e estes louvem ao Senhor como convém, segundo a profecia: Orietur vobis Sol justitiae, et sanitas in pennis ejus (Para vós nascerá o Sol da justiça, e estará a salvação sob as suas asas - Ml 4,2). Este riacho ficou conhecido como Fonte do Senhor e segundo a lenda, a pedra sobre a qual a imagem foi banhada cresce continuamente, dando origem ao Senhor Bom Jesus de Iguape.

As notícias de acontecimentos miraculosos acompanhando a imagem transformaram Iguape em um centro de peregrinação. O trajeto percorrido pela estátua até chegar em Iguape até hoje é refeito em procissão que atravessa a Jureia-Itatins. São 29 km feitos a pé em meio a um ecossistema intocável com uma beleza natural que encanta não só as pessoas que atravessam a Estação Ecológica por devoção ao santo, mas também os aventureiros que aproveitam a abertura da Estação para fazer uma caminhada em meio à Mata Atlântica.

Basílica do Senhor Bom Jesus de Iguape

A cidade de Iguape foi oficialmente fundada em 3 de dezembro de 1538. Atravessou diversos ciclos econômicos que a projetou como a Capital do Sul do Estado de São Paulo.

Possui o maior conjunto arquitetônico do Estado, e diversos imóveis foram tombados pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), em 1975. Dentre esse importante conjunto, destaca-se a imponente Basílica do Senhor Bom Jesus de Iguape. A construção desta Basílica foi iniciada em 1787.

AS obras prosseguiam e paravam, e em 1856, depois de 69 anos, o templo foi inaugurado pelo padre Antônio Carneiro da Silva Braga.

A Basílica foi inaugurada ainda inacabada, e as duas torres sequer haviam sido construídas. A torre do lado do mar (chamada, por isso mesmo, de Torre do Mar e dedicada ao Bom Jesus) só foi inaugurada dia 30 de junho de 1876. A torre do outro lado (chamada de Torre da Terra, dedicada a Nossa Senhora das Neves) foi finalizada alguns anos mais tarde.

Em 29 de julho de 1873, subiu o sino grande da Torre do Mar. O sino foi batizado com o nome de apóstolo São Pedro.

No seu belo interior, encontram-se imagens de santos, entre elas a de Nossa Senhora das Neves e  do Senhor Bom Jesus de Iguape, a Sala dos Milagres, com os objetos deixados pelos devotos.

O quadro do encontro da imagem do Senhor Bom Jesus de Iguape foi pintado por Trajano Vaz no ano de 1918. Em 1924, em cumprimento de um voto, doou esse quadro ao Santuário.

Os afrescos, que decoram o teto da nave, foram executados pelo pintor paulista Ernesto Thomazini, auxiliado por seu irmão João Thomazini, em duas etapas, nos anos de 1924 e 1926.

Os dois anjos com corneta, que adornam o altar-mor, foram doados, em 1912. O assoalho de madeira da nave principal foi substituído em 1925.

Em 1956, por determinação papal, a Igreja do Senhor Bom Jesus de Iguape, foi elevada à categoria Basílica. Neste ano, em uma grande festa, a verdadeira imagem do santos saiu pelas ruas da cidade.

Em 1957, a Basílica do Senhor Bom Jesus de Iguape foi tombada pelo Condephaat.

Padroeira Nossa Senhora das Neves

Uma lenda medieval diz que um nobre patrício e sua esposa não tiveram filhos e resolveram doar seus bens à Virgem Mãe de Deus. Com orações, renovaram sua oferta e clareza em saber no que deveriam aplicar os donativos. A Mãe de Deus aceitou os votos do piedoso casal e dignou-se a manifestar sua vontade com um milagre.

Era mês de agosto, tempo de verão na Europa. Durante a noite, caiu neve em uma parte do Monte Esquilino. Nesta mesma noite o casal teve um sonho idêntico: eles viram a Virgem Maria, que lhes mandara construir uma igreja no lugar que estivesse com neve. Esse templo seria levantado em honra a Nossa Senhora das Neves.

Mas como uma imagem de Nossa Senhora das Neves veio parar em Iguape?

Conta-se que a bela imagem que se encontra até hoje no altar do Santuário de Iguape ornamentava a cabine do devoto comandante de um brigue que, desesperado com a iminência de um ataque pirata, em 1537, entrou com sua embarcação pela barra de Icapara e tentou se esconder.

Com o sucesso de seu intento, o comandante atribuiu à Virgem o milagre da fuga e, aportando em Icapara, uniu-se a um grupo de pessoas e construiu uma capela e ali entronizou a imagem de Nossa Senhora das Neves.

Com a mudança da população para o local atual, iniciou-se em 1614, a construção de uma nova igreja que lhe foi dedicada sendo construída em 1637, juntando-se a ela, mais tarde, a imagem do Senhor Bom Jesus.

O atual Santuário, concluído em 1856, começou a substituir a velha matriz e, a partir daí, as duas imagens passaram a ser cultuadas no altar-mor.

Hoje Nossa Senhora das Neves continua sendo a padroeira do município, com festa em seu louvor no dia 5 de agosto.

Informações Úteis
https://www.senhorbomjesusdeiguape.com.br/




História do Município de Iguape

A cidade de Iguape foi fundada em 3 de dezembro de 1538 (472 anos), sendo que esta data de fundação foi estabelecida em 1938, pelo então prefeito, Manoel Honório Fortes.
Manoel Honório Fortes incumbiu uma comissão de historiadores paulistas, presidida pelo ilustre Afonso d'Escragnolle Taunay, para estabelecerem a data provável da fundação, sendo aceito o dia 3 de dezembro de 1538, fato que teve por base documentos históricos que usam como referência a data de separação de Iguape e Cananéia.
A real data da fundação do município é desconhecida. Alguns historiadores chegam a acreditar que já haviam europeus vivendo na região antes mesmo do descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral.
Em 1577, data em que o povoado foi elevado à categoria de Freguesia de Nossa senhora das Neves da Vila de Iguape, foi aberto o primeiro Livro do Tombo da Igreja de Nossa Senhora das Neves, construída no local conhecido por Vila Velha, no sopé do morro, chamado de "Outeiro do Bacharel",  em frente à barra do Icapara. Não se sabe com exatidão a data da elevação à vila, porém, acredita-se que tenha sido entre 1600 e 1614, quando, neste último ano, foi iniciada a construção da antiga Igreja Matriz, já no local atual, no centro urbano, após a mudança da então freguesia, ordenada pelo fidalgo português Eleodoro Ébano Pereira.
A vila foi elevada a cidade pela lei n° 17 de 3 de abril de 1848 com o nome de Bom Jesus da Ribera, porém, em 3 de maio 1849, por meio da lei n° 3, o nome foi modificado para Bom Jesus de Iguape e o costume popular passou a chamá-la de Iguape.

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Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Maria, Mãe do Filho de Deus, rogai por nós.

Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo, tende piedade de nós.
Coração de Maria, obra-prima do Espírito Santo, rogai por nós.

Corações unidos no amor e na dor, salvai-nos.
Corações inflamados de caridade e misericórdia, ouvi-nos.
Corações adoráveis e compassivos, tende compaixão de nós.

Coração Sacratíssimo de Jesus, reinai em nossos corações.
Coração Imaculado de Maria, triunfai no mundo inteiro.

Jesus e Maria, fazei que nossos corações sejam semelhantes aos vossos!

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»Do prefácio de S. Ex.ª Rev.ma Card. Angelo Comastri

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