As palavras do Papa sobre o atentado. Três igrejas foram atacadas durante as celebrações pascais e também 3 hotéis de luxo. No país foi imposto o toque de recolher. O ministro da Defesa falou de ações “terroristas” de extremistas religiosos. O país teve uma sangrenta guerra civil que se concluiu em 2009 com ao menos 80 mil mortos
Cidade do Vaticano
No Domingo de Páscoa, o terror voltou a atacar. Desta vez os alvos foram 3 igrejas onde os cristãos celebravam a Páscoa no Sri Lanka, e três hotéis de luxo da capital Colombo. O Papa Francisco condenou os atentados, após ler sua mensagem de Páscoa:
“Recebi com tristeza e dor a notícia dos graves atentados que, precisamente hoje, no dia da Páscoa, levaram luto e dor a algumas igrejas e outros locais de encontro no Sri Lanka. Desejo manifestar minha afetuosa proximidade à comunidade cristã, atingida enquanto estava reunida em oração e a todas as vítimas de tão cruel violência. Confio ao Senhor os que morreram tragicamente e rezo pelos feridos e por todos aqueles que sofrem por causa deste acontecimento dramático”.
290 mortos e 500 feridos
O número de mortos nos ataques no Sri Lanka sobe para 290 e 500 feridos, é um balanço ainda parcial. Foram atingidas três igrejas durante as celebrações pascais e três hotéis de luxo de Colombo. Totalizaram oito explosões, as igrejas atingidas são a igreja de Santo Antônio em Colombo, a de São Sebastião em Negombo, localidade com a maioria católica no norte da capital, e Zion Church em Betticaloa, no Leste. No país foram anuladas todas as celebrações pascais, imposto o toque de recolher – já revogado na manhã desta segunda-feira (22) – e bloqueadas as redes sociais para evitar circulação de notícias falsas e mais violência. Nenhum grupo reinvidicou a autoria das ações até o momento, mas o ministro da Defesa, Ruwan Wijewardene, disse que todos os responsáveis pelos ataques “foram identificados” e já foram detidas pelo menos 24 pessoas, falando de ações “terroristas” de extremistas religiosos.
Novas explosões na periferia de Colombo
Os hotéis atingidos na capital Colombo são o Kingsbury, o Shangri-La e o Cinnamom Grand Hotel, que estavam repletos de turistas. Foram ainda assinaladas explosões em um hotel de Dehiwala, no subúrbio da zona sul da capital, e na zona de Dematagoda, no norte de Colombo. No entanto a segurança na cidade e no aeroporto foi intensificada. Entre as vítimas, segundo as autoridades, há pelo menos 35 estrangeiros. O ataque foi duramente condenado pelo presidente do Sri Lanka Mathripala Sirisena e pela comunidade internacional . O Presidente exortou os cidadãos a apoiarem a polícia na investigação.
Palavras do cardeal Ranjith
Ao receber as notícias da tragédia, o cardeal Malcolm Ranjith, arcebispo de Colombo, expressou “pesar pelas vítimas”, e convidou a rezar pelo país, solicitando também uma investigação “sólida e imparcial”.
A ilha chora as vítimas cristãs e, ao mesmo tempo, lança uma campanha para coleta de sangue em todos os hospitais. Em uma coletiva de imprensa, o cardeal Ranjith também convidou todos os cidadãos a dirigirem-se aos ambulatórios para doar sangue e pediu aos médicos, no dia de seu descanso, para voltarem ao serviço e "salvarem pelo menos uma vida". Ao mesmo tempo, tenta consolar a comunidade cristã da ilha, pedindo à população para manter a calma.
A guerra civil
O Sri Lanka, é um país com 21 milhões de habitantes viveu uma longa guerra civil entre o governo do Sri Lanka e os rebeldes Tamil: segundo a ONU durante a guerra que durou de 1979 a 2009 houve 80 mil vítimas.
O Papa Francisco - recordamos - visitou o país em janeiro de 2015. Os cristãos são pouco mais de 7% da população de maioria budista.
(Última atualização: segunda-feira, 22 de abril às 11 horas de Roma)
Fonte: Vatican News
Cidade do Vaticano
No Domingo de Páscoa, o terror voltou a atacar. Desta vez os alvos foram 3 igrejas onde os cristãos celebravam a Páscoa no Sri Lanka, e três hotéis de luxo da capital Colombo. O Papa Francisco condenou os atentados, após ler sua mensagem de Páscoa:
“Recebi com tristeza e dor a notícia dos graves atentados que, precisamente hoje, no dia da Páscoa, levaram luto e dor a algumas igrejas e outros locais de encontro no Sri Lanka. Desejo manifestar minha afetuosa proximidade à comunidade cristã, atingida enquanto estava reunida em oração e a todas as vítimas de tão cruel violência. Confio ao Senhor os que morreram tragicamente e rezo pelos feridos e por todos aqueles que sofrem por causa deste acontecimento dramático”.
290 mortos e 500 feridos
O número de mortos nos ataques no Sri Lanka sobe para 290 e 500 feridos, é um balanço ainda parcial. Foram atingidas três igrejas durante as celebrações pascais e três hotéis de luxo de Colombo. Totalizaram oito explosões, as igrejas atingidas são a igreja de Santo Antônio em Colombo, a de São Sebastião em Negombo, localidade com a maioria católica no norte da capital, e Zion Church em Betticaloa, no Leste. No país foram anuladas todas as celebrações pascais, imposto o toque de recolher – já revogado na manhã desta segunda-feira (22) – e bloqueadas as redes sociais para evitar circulação de notícias falsas e mais violência. Nenhum grupo reinvidicou a autoria das ações até o momento, mas o ministro da Defesa, Ruwan Wijewardene, disse que todos os responsáveis pelos ataques “foram identificados” e já foram detidas pelo menos 24 pessoas, falando de ações “terroristas” de extremistas religiosos.
Novas explosões na periferia de Colombo
Os hotéis atingidos na capital Colombo são o Kingsbury, o Shangri-La e o Cinnamom Grand Hotel, que estavam repletos de turistas. Foram ainda assinaladas explosões em um hotel de Dehiwala, no subúrbio da zona sul da capital, e na zona de Dematagoda, no norte de Colombo. No entanto a segurança na cidade e no aeroporto foi intensificada. Entre as vítimas, segundo as autoridades, há pelo menos 35 estrangeiros. O ataque foi duramente condenado pelo presidente do Sri Lanka Mathripala Sirisena e pela comunidade internacional . O Presidente exortou os cidadãos a apoiarem a polícia na investigação.
Palavras do cardeal Ranjith
Ao receber as notícias da tragédia, o cardeal Malcolm Ranjith, arcebispo de Colombo, expressou “pesar pelas vítimas”, e convidou a rezar pelo país, solicitando também uma investigação “sólida e imparcial”.
A ilha chora as vítimas cristãs e, ao mesmo tempo, lança uma campanha para coleta de sangue em todos os hospitais. Em uma coletiva de imprensa, o cardeal Ranjith também convidou todos os cidadãos a dirigirem-se aos ambulatórios para doar sangue e pediu aos médicos, no dia de seu descanso, para voltarem ao serviço e "salvarem pelo menos uma vida". Ao mesmo tempo, tenta consolar a comunidade cristã da ilha, pedindo à população para manter a calma.
A guerra civil
O Sri Lanka, é um país com 21 milhões de habitantes viveu uma longa guerra civil entre o governo do Sri Lanka e os rebeldes Tamil: segundo a ONU durante a guerra que durou de 1979 a 2009 houve 80 mil vítimas.
O Papa Francisco - recordamos - visitou o país em janeiro de 2015. Os cristãos são pouco mais de 7% da população de maioria budista.
(Última atualização: segunda-feira, 22 de abril às 11 horas de Roma)
Fonte: Vatican News
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