Oração ao Glorioso São Benedito


São Benedito, o Mouro

Benedito, nascido em 1526 em São Filadelfo, nos arredores de Messina, era filho de pais descendentes de escravos levados para a Sicília – casal de extraordinária piedade. Era o primogênito da família e foi libertado pelo professor siciliano Manasseri. Manifestou, desde os 10 anos, pronunciada tendência para a penitência e a solidão. Foi chamado o santo Mouro, por causa de sua cor preta.

Guardando rebanhos, entregava-se à oração; os maus-tratos que recebia dos companheiros foram a ocasião para se voltar com mais fervor para Jesus, fonte de toda consolação. Aos 18 anos, com o fruto de seu trabalho, provia a si mesmo e aos pobres. Um jovem senhor, Jerônimo Lanza, vendo como o tratavam seus companheiros por causa da sua piedade, chamou-o para o eremitério em que vivia, e ele o seguiu. Tinha então 21 anos.

A vida de Benedito tornou-se exercício contínuo de todas as virtudes e Deus lhe concedeu o dom de operar milagres. Isso fez com que os eremitas deixassem o eremitério dos arredores de Messina e fossem para os rochedos de Montepelegrino, na vizinhança de Palermo. Após a morte de Jerônimo, os eremitas escolheram Benedito para superior; mas como Pio IV tivesse tirado a autorização dada por Júlio III, Benedito e os seus eremitas, pessoas obedientes, se separaram. Dirigiu-se Benedito aos frades menores da Observância no Convento de Santa Maria de Jesus, onde foi recebido como simples irmão leigo. Depois de ter sido mandado para o Convento de Sant’Ana de Giuliana, onde viveu por três anos, voltou para Santa Maria de Jesus, onde passou o resto de sua vida.

Chegando a Santa Maria, foi encarregado da cozinha pelo Superior. Realizou Deus aí, por seu intermédio, diversos milagres. Em 1578, o capítulo geral o nomeou Guardião. Como não soubesse nem ler nem escrever, suplicou que afastassem dele esse cargo, no que não foi atendido, apelando-se para a santa obediência. A sua conduta no cargo justificou plenamente a escolha dos superiores. Foi respeitoso para com os padres, caridoso para com os irmãos leigos, condescendente para com os noviços e foi por todos respeitado, amado e obedecido, sem que ninguém tentasse abusar de sua humildade. Sua confiança na Providência foi sem limites: recomendou ao porteiro jamais recusar esmolas aos pobres que se apresentassem.

Dava a seus religiosos o exemplo de todas as virtudes. Era sempre o primeiro no coro e nos exercícios da comunidade, o primeiro na visita aos doentes e no trabalho manual. Na direção do noviciado demonstrou grande doçura e consumada prudência; os noviços tiveram nele guia seguro, pai cheio de ternura e excelente mestre da Escritura, cujas leituras do Ofício lhes explicava com surpreendente facilidade.

São Benedito tinha manifestamente o dom da ciência infusa. Ele dava respostas luminosas a mestres em teologia que consultavam com ele. A este dom unia também o da penetração dos espíritos e dos corações.

Terminado o tempo de seu cargo, voltou novamente ao ofício de cozinheiro, felicíssimo por reencontrar a vida obscura e oculta, objeto de todos os seus desejos. Em 1589 caiu gravemente doente e Deus lhe revelou que seu fim estava próximo. Na recepção dos últimos sacramentos experimentou como que um antegozo das alegrias celestes. Morreu docemente no dia 4 de abril. (1)

Conheça 3 de muitos dos milagres que realizou:

O milagre dos peixes

Entre os muitos milagres de São Benedito, na cozinha, ficou famoso o milagre dos peixes. Os frades de todos os lugares tinham se reunido no convento de Santa Maria de Jesus para o Capítulo Provincial. Era um inverno rigoroso o que os impedia de pedir esmolas na região, e os alimentos que tinham era pouco para tanta gente. Segundo a tradição, São Benedito pediu aos irmãos que enchessem as vazias com água e as cobrissem com tábuas. Retirou-se para a sua cela e passou a noite em oração. De manhã mandou que tirassem as tábuas e pegassem os peixes grandes que ali estavam em grande quantidade.

A refeição preparada pelos anjos

Outro milagre aconteceu quando o Arcebispo de Palermo, Dom Diogo d’Abedo, que anualmente se dirigia ao Convento de Santa Maria para alguns dias de retiro, ali estava. Gostava daquele pedaço silencioso e ameno de sua Arquidiocese, e muito o encantava a virtude dos frades. Certa vez, resolveu passar o Natal no Convento. Conhecendo muito bem a pobreza dos frades, levou consigo uma boa provisão de alimentos.

Na Missa da manhã do dia de Natal, Frei Benedito se aproximou da comunhão com muito fervor. Após a comunhão, se pôs a contemplar um quadro que ficava ao lado do altar-mor da capela do mosteiro. Era uma imagem do Menino Jesus. E contemplando aquela imagem, permaneceu ali por muito tempo, esquecendo-se dos deveres da cozinha… Estava para começar o almoço do meio-dia. O Superior dirigiu-se à cozinha. O fogo ainda estava apagado. E ninguém na cozinha!

Já era meio dia e todos procuravam Benedito. A Missa já estava terminando e o almoço para a comunidade e o arcebispo não estava pronto. Ficaram todos confusos, ao saber que o fogo nem estava aceso ainda. E ninguém encontrava o frei Benedito no convento. Até que, enfim, foram encontrá-lo no coro da igreja, ao lado do altar, a contemplar o quadro do Menino Jesus.

Um frade o chamou ansioso. O santo, como que acordando de um êxtase, diz calmo e sorridente: “Não se aflija, meu Irmão!”. E permaneceu calado até terminar a Missa. Estavam todos revoltados com o descaso do “frade negro”. Que vergonha iria passar o convento! Que desculpas dariam ao arcebispo?

O Santo cozinheiro, com paciência e doçura, ouviu as injúrias que lhe faziam. Calou-se. Acendeu o fogo e pôs-se de joelhos. E assim o encontrando novamente, disseram: “Este Irmão cozinheiro ainda a rezar? Que absurdo! Hoje não se almoçará no convento! Que vergonha para a comunidade diante do arcebispo!
Ordenou frei Benedito: “Mandem tocar a sineta para o almoço!”.

Na hora exata da refeição a campainha foi tocada. Neste ínterim, alguém viu na cozinha dois moços belos, com aparência de uns dezoito anos, que acabavam de preparar os últimos pratos e os deixaram prontos, cheirosos e apetitosos, para serem servidos.

Em pouco tempo, Frei Benedito e os dois anjos prepararam miraculosamente o almoço. E o que todos viam, era inacreditável!

O sangue dos pobres

Quando São Benedito era cozinheiro do convento de Santa Maria, trabalhavam com ele alguns Irmãos leigos e clérigos, que desperdiçavam o pão. O Santo os advertia, dizendo-lhes que o pão que sobra é dos pobres! “É sangue dos pobres, ouviram?”. Mas não adiantava seus pedidos, continuavam a desperdiçar pão. Um dia, São Benedito tomou uma esponja com a qual se limpavam os pratos e que estava com migalhas de pão e, diante dos Irmãos, apertou na mão a esponja, e todos viram escorrer muito sangue das migalhas de pão. Os noviços se arrependeram e pediram perdão a Deus.

Depois da morte de São Benedito, o Inquisidor Apostólico mandou pintar um quadro para representar este fato. Nele está a imagem de São Benedito com a túnica feita de folhas de palmeiras que usava, espremendo a esponja da qual sai sangue. Este quadro foi para a Espanha. Uma cópia do mesmo se encontra em Portugal, na capela dos Nery. No processo sobre o culto, várias testemunhas, em 1715, atestaram ter visto várias cópias do célebre quadro em várias igrejas da América. (Brandão, 1983) - Prof. Felipe Aquino (2)

Celebração

No Brasil, o santo é tradicionalmente venerado pelos negros, que relacionam o período de escravidão e a origem africana do santo com o seu próprio passado de escravidão e suas raízes africanas. Em Guaratinguetá, desde 1726, há cavalaria em louvor a São Benedito, tradicionalmente no domingo de Páscoa.
Em 24 de maio de 1807, Benedito foi canonizado pelo papa Pio VII, passando então a ser São Benedito.

O Brasil é o único país que comemora o Dia de São Benedito em 5 de outubro, graças a uma deferência canônica especial concedida à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, pelo Vaticano, em 1983. Nos demais países do mundo, esta data é celebrada em 4 de abril, data da morte de São Benedito.

Padroeiro dos cozinheiros, dos pobres e dos trabalhadores. Ajuda a arrumar emprego, a curar doenças raras e a resolver confusões familiares.

Oração ao Glorioso São Benedito

Glorioso São Benedito, bem-aventurado sejais pela mansidão, paciência, sofrimento e outras santas virtudes, sempre abençoado com a cruz da Redenção. Por vossa humildade e vossa caridade fostes remido na terra para gozar o fruto de vossas obras no céu, junto ao divino coro dos anjos, na glória eterna.
Glorioso São Benedito, sede meu protetor amado, concedei-me a graça de que necessito para poder imitar as vossas virtudes e as virtudes de outros santos. (Fazer o pedido) e ainda a graça de tomar-vos como modelo para que possa eu ser um dia digno das promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Dai-me vigor e constância, pois sou fraco. Sem vossa ajuda não poderei alcançá-los nesta vida de espinhos e tropeços. Ajudai-me, com vossa Divina Luz, e livrai-me das tentações do pecado para que me torne digno da felicidade eterna. Sede meu guia para a bem-aventurança eterna. Amém.

Fonte: RS21 (1) e Cleofas (2)

Comentários

  1. São Benedito cura meu gatinho Bento, afasta as travas fo inimigo na minha vida e me faz ter coragem para sair desse lugar Vendendo o meu apartamento. Para honra e gloria de Deus pai , filho e Espírito Santo. Amém

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Coração de Maria, Mãe do Filho de Deus, rogai por nós.

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