REDAÇÃO CENTRAL, 07 Mar. 19 / 05:00 am (ACI).- “Permanecei firmes na fé e guardai a caridade entre vós; não deixeis que o sofrimento se converta em pedra de escândalo”, disse Santa Perpétua antes de morrer com a amiga Santa Felicidade. Com coragem, essas mulheres guerreiras se tornaram mártires e sua festa é neste dia 7 de março.
Perpétua era filha de uma família nobre e tinha um filho recém-nascido. Felicidade era escrava e estava grávida. As duas foram presas, no norte da África, na época em que o imperador Severo havia decretado pena de morte para os cristãos.
Na prisão, Felicidade obteve a graça que tanto pedia, de que seu filho nascesse antes da sua execução. Ao gemer com as dores do parto, respondeu ao guarda que a perturbava: “O que sofro agora é fruto da natureza, mas quando for atacada pelas feras, não estarei sofrendo sozinha, Cristo sofrerá por mim!”.
As duas mulheres se mantiveram firmes e fizeram questão de ser batizadas mesmo na prisão.
De acordo com as atas dessas santas, no dia de seu martírio, Perpétua e Felicidade foram jogadas a uma vaca selvagem, que atacou primeiro Perpétua. A santa se sentou imediatamente e arrumou sua túnica e seu cabelo para que as pessoas não achassem que estava com medo. Em seguida, aproximou-se de Felicidade, que estava no chão.
Pessoas gritavam que isso bastava e os guardas as retiraram pela porta dos gladiadores vitoriosos. Perpétua voltou a si de uma espécie de êxtase e perguntou se já iria enfrentar as feras. Quando lhe contaram o que havia acontecido, a santa não podia acreditar.
Em seguida, a multidão pediu que as mártires comparecessem novamente. Depois que as santas se deram um beijo da paz, Felicidade foi decapitada pelos gladiadores.
O carrasco de Perpétua estava nervoso e errou o primeiro golpe. Então, Perpétua ofereceu o pescoço ela mesma e, dessa maneira, também morreu pela fé. Naquele dia também deram suas vidas outros mártires valentes. (Fonte: ACI digital)
Perseguição e Martírio
Ambas foram presas no ano de 202, pois neste período o imperador Severo instituiu a obrigatoriedade de idolatrar os falsos deuses que ele cultuava, dando assim início a uma perseguição à quem praticasse o cristianismo.
Por serem muito devotas a Jesus Cristo, Santa Perpétua e Santa Felicidade não negaram sua crença e foram mandadas juntas de outros cristãos para o martírio.
Durante o período encarcerada à pedido dos outros mártires Perpétua escrevia em um diário tudo o que passou naquele local, e Felicidade que estava grávida travaria uma luta para que sua criança nascesse.
Nas anotações de Perpétua se encontravam descritas todos horrores a qual ela presenciava, como neste relato: "Fiquei horrorizada, nunca tinha experimentado tal sensação de escuridão. O calor era insuportável e éramos muitas pessoas em um subterrâneo muito estreito. Parecia que ia morrer de calor e de asfixia e sofria por não poder ter junto a mim o meu filho que era de tão poucos meses e que necessitava muito de mim. O que eu mais pedia a Deus era que nos concedesse a graça de sofrer e lutar por nossa fé".
Perpétua era muito firme em sua fé, porém como o pai de Perpétua era um homem influente em Roma conseguiu a liberdade de sua filha caso ela negasse Cristo, porém Perpétua não o fez e na época respondendo seu pai da seguinte forma: “Pai, como se chama esta vasilha que há aí na frente?” "Uma bandeja", respondeu o pai. “Pois bem, essa vasilha deve ser chamada de bandeja, e não de pote ou colher, porque é uma bandeja. E eu que sou cristã, não posso me chamar pagã, nem de nenhuma outra religião, porque sou cristã e o quero ser para sempre".
Neste meio tempo nasceu o filho de Felicidade, que seria entregue à cristãos que não foram pegos pela perseguição do imperador pagão, e a criança seria criada são e salvo, porém sua mãe não partilhava do mesmo destino.
Oração:
Deus todo-poderoso, que destes às mártires Santas Perpétua e Felicidade a graça de sofrer pelo Cristo, ajudai também a nossa fraqueza, para que possamos viver firmes em nossa fé, como eles não hesitaram em morrer por vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém
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