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''Já sinto saudades'', diz padre Chiquinho sobre sua transferência (Diocese de Santos)

Pároco, que tem 86 anos, será transferido para a Igreja da Pompeia

Manuel Alves Fernandes - 18/12/2016

Moradores de Santos, e principalmente católicos e paroquianos da Igreja de São Judas Tadeu, no Marapé, rezam desde a última terça-feira (13) por um milagre do santo das causas impossíveis: interceder por uma mudança no organograma do bispo diocesano, dom Tarcísio Scaramussa, para que monsenhor Francisco das Dores Leite permaneça ali como pároco até 25 de janeiro de 2018.

Aos 86 anos, 58 dos quais dedicados à Igreja Católica – desde a primeira missa rezada em uma catacumba em Roma –, o monsenhor recebeu o carinhoso apelido de “padre Chiquinho” desde que chegou à São Judas Tadeu, devido à pouca estatura.

Foi o segundo pároco na história dessa igreja instituída em 9 de agosto de 1954, por decreto assinado pelo bispo dom Idílio José Soares. O primeiro padre da Igreja São Judas foi Roque Murano, que ficou por lá até fevereiro de 1958. Monsenhor Francisco das Dores Leite (título dado por São João Paulo II), o padre Chiquinho, assumiu os trabalhos na Igreja São Judas a partir de 25 de janeiro de 1968.

O que lhe faltou em tamanho físico – e que o ajudou a se tornar popular entre as crianças – cresceu na estatura moral agigantada pela atuação pastoral e caritativa nos quase 49 anos de atuação naquela paróquia. Do sucesso na ação pastoral resultou um movimento de fiéis que prepara um abaixo- assinado ao bispo pedindo que o padre fique. Como resultado da popularidade conquistada na relação com a comunidade, em prol da causa estão sendo preparadas manifestações do Santos Futebol Clube, time de simpatia do padre (que chegou a jogar bola no seminário) e da Escola de Samba União Imperial do Marapé.

De saída

Padre Chiquinho vê todas essas manifestações com gratidão e simpatia. No sábado (17), ao celebrar 17 batizados – os últimos que fez na igreja se for mantida a ordem de transferência a partir de janeiro – ele seguiu rigorosamente a disciplina sacerdotal ao avaliar a transferência, falando para A Tribuna.

''É normal que o bispo transfira, que mude (a direção da paróquias), porque não há costume na Igreja de um padre ficar muito tempo em uma paróquia. Eu sei que o meu caso é uma exceção e que não dependeu de mim, o fato de ficar 48 anos aqui. Então é normal sair”.

Segundo nota assinada pelo bispo dom Tarcísio Scaramussa, 13 padres mudarão de paróquia. As mudanças foram feitas "após um longo processo de discernimento, tendo ouvido os envolvidos e o Conselho Presbiterial". Ainda segundo o bispo, “foi encontrada disponibilidade por parte de todos para as mudanças, com sentido de amor à igreja e comunhão eclesial". As mudanças começam em janeiro.

Padre Chiquinho será transferido para a Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, onde por coincidência, um dos seus irmãos, já falecidos, também foi pároco.

“Vou para pertinho daqui, vou para a Pompeia”, confirma o padre. E com certeza, as suas missas serão compartilhadas também por fiéis do Marapé. “Claro que já sinto saudades daqui. E já sinto falta. Vivo as saudades que sentirei e fico triste por me afastar daqui. Mas é normal. Sinto também pela comunidade e pelas pessoas que se manifestaram (pela permanência). Mas como padre vou para uma nova missão, em outra paróquia”.

Popularidade

Padre Chiquinho tem, entre outras conquistas na paróquia de São Judas Tadeu, a campanha pela reconstrução do telhado e do escoamento pluvial do prédio do templo. De saída da igreja, mais uma vez agradeceu à população que atendeu à campanha, realizada com o apoio de A Tribuna.

Naquele ano, crianças usaram a máscara com o rosto dele durante a missa de domingo para comemorar os 81 anos do padre. Na festa, ele explicou – com a linguagem popular que caracteriza seus sermões – porque São Judas Tadeu é considerado o santo das causas impossíveis.

“Alguém estava com uma causa impossível e pediu a Deus por meio de São Judas. A pessoa conseguiu e começou a divulgar essa ideia que, por meio de São Judas é que a gente consegue a solução das causas impossíveis. Não há outra razão a não ser isso, o uso popular”. Padre Chiquinho nasceu em 25 de abril de 1932 em Prainha (atual Miracatu), Litoral Sul paulista, filho de Izabel Pedroso Leite e Izidoro da Silva Leite. Outros três irmãos também se tornaram padres: monsenhor João Joaquim Vicente Leite, monsenhor Joaquim Clementino Leite e padre Pedro dos Prazeres Leite.

Foi ordenado padre em 1 de março de 1958 na Basílica de São João de Latrão em Roma. Quando criança, uma das suas tarefa era levar alimento, doados pelos pais, para os pobres. Veio daí a vocação sacerdotal. “Ingressei no Seminário porque desejava ser instrumento destacado no serviço ao próximo”.

Fonte: A Tribuna
Fotos: *Padre Chiquinho será transferido para a Pompeia, onde um irmão já foi pároco. (Foto: Fernanda Luz) 1 / *Padre Chiquinho é o segundo pároco da São Judas. (Foto: Rogério Soares) 2

PARA SABER MAIS:

Diocese de Santos fará transferência de padres
Algumas transferências já foram adiantadas por meio de uma postagem nas redes sociais
Sandro Thadeu - 14/12/2016

O bispo da Diocese de Santos, dom Tarcísio Scaramussa, promoverá, a partir de janeiro, transferências de padres que atuam na região. No total, 13 sacerdotes de cinco cidades mudarão de paróquia até fevereiro. A medida, apurada por A Tribuna, foi confirmada pela Diocese, em comunicado no fim da tarde desta terça-feira (14).

Uma das transferências que mais chamam a atenção é a despedida do monsenhor Francisco Leite, o padre Chiquinho, da paróquia São Judas, no Marapé, onde está desde janeiro de 1968.

Ele passará a trabalhar na Pompeia ao lado do padre indiano José Myalil Paul, que está à frente da Catedral desde março de 2000.

Em janeiro, o padre Antonio Baldan Csal, atual responsável pela Pompeia, será enviado para a São Judas no lugar de Chiquinho.

O vigário paroquial da Pompeia e ex-reitor do Seminário Diocesano São José, Ricardo de Barros Marques, será transferido, em fevereiro, para a paróquia São Paulo Apóstolo, no José Menino.

O novo responsável pela Catedral será o padre Claudenil Moraes de Santos, desde janeiro de 2013 na São Paulo Apóstolo.

Reações

No documento, o bispo diocesano, dom Tarcísio Scaramussa, destaca a alegria com a “disponibilidade encontrada por parte de todos para as mudanças, com sentido de amor à Igreja e comunhão eclesial”.

“Acredito que o mesmo acontecerá com nossas comunidades, acolhendo com amor os novos padres, enquanto manifestam sua gratidão pelo serviço realizado pelos padres que estiveram à frente de suas paróquias, em nome da Igreja”, diz.

Porém, a saída de Chiquinho gerou reações negativas. A ex-coordenadora da catequese da São Judas, Conceição de Lourdes Oliveira, enviou ontem uma carta para A Tribuna, em nome de 120 pessoas, para manifestar a indignação contra o ato do bispo.

“Faz 48 anos e nove meses que ele (Chiquinho) rezou a primeira Missa na Paróquia São Judas Tadeu. Faltam um ano e três meses para ele fazer Bodas (Jubileu) de Ouro. Estávamos preparando uma grande festa”, disse.

As mudanças

Antônio Baldan Casal – Nossa Senhora do Rosário de Pompeia (Santos)
Transferência: São Judas Tadeu (Santos)

Francisco das Dores Leite (Chiquinho) – São Judas Tadeu (Santos)
Transferência: Nossa Senhora do Rosário de Pompeia (Santos)

José Myalil Paul – Nossa Senhora do Rosário (Catedral – Santos)
Transferência: Nossa Senhora do Rosário de Pompeia (Santos)

Claudenil Moraes da Silva – São Paulo Apóstolo (Santos)
Transferência: Nossa Senhora do Rosário (Catedral – Santos)

Ricardo de Barros Marques – Nossa Senhora do Rosário de Pompeia (Santos)
Transferência: São Paulo Apóstolo (Santos)

Cláudio da Conceição – Santa Rosa de Lima (Guarujá)
Transferência: Santa Margarida Maria (Santos)

Luiz Carlos dos Passos – Santa Margarida Maria (Santos
Transferência: Nossa Senhora da Conceição (Itanhaém)

Júlio Aparecido da Silva – São João Batista (Peruíbe)
Transferência: Nossa Senhora da Conceição (Itanhaém)

Alexander Marques da Silva – Nossa Senhora Perpétuo Socorro (São Vicente)
Transferência: Santa Rosa de Lima (Guarujá)

Francisco Pelonha Gonçalves Neto – Nossa Senhora da Conceição (Itanhaém)
Transferência: São João Batista (Santos)

Isac Carneiro da Silva – São João Batista (Santos)
Transferência: Nossa Senhora Auxiliadora (São Vicente)

Albino Schwengber – Nossa Senhora Auxiliadora (São Vicente)
Transferência: São Pedro, “o Pescador” (São Vicente)

Wilhelm dos Santos Barbosa – São Pedro, “o Pescador” (São Vicente)
Transferência: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (São Vicente)

Fonte: A Tribuna 

 Dom Tarcísio Scaramussa fala sobre as alterações

Sem problemas

“Padre não é propriedade da paróquia”. A afirmação é do bispo, dom Tarcísio Scaramussa e vai ao encontro de opiniões favoráveis às trocas propostas pela igreja. Há fiéis que consideram as mudanças benéficas e necessárias.

Marlene Dias, aposentada de 79 anos que frequenta a Igreja São Judas, no Marapé, alega que padre Chiquinho é um homem correto, muito brincalhão e atencioso. Mas vê que é hora de sair. “E quem vier que seja bem-vindo”.

Segundo o bispo, a transferência de padres é comum na igreja. É costume ficar seis anos em cada local, por período renovável ou não. “Eu mesmo, como bispo, estou aqui há dois anos”.

Segundo ele, a troca de 13 padres de uma vez foi uma coincidência, após a verificação da necessidade de transferir párocos há muito tempo numa mesma comunidade. O assunto é debatido há mais de um ano.

Além disso, um plano de evangelização para que a igreja se torne mais missionária está em curso, exigindo mudanças dos organismos de pastorais. “São cinco programas, alguns com 13 serviços ao mesmo tempo. Para tudo isso são necessárias intensa formação de pessoas e reorganização pastoral”.

O bispo avisa: nenhum abaixo-assinado pode mudar as trocas já definidas. E que a comunidade deve enxergar a novidade como um desafio. “Esse é o momento em que a igreja pode crescer, pois não é um grupo, mas uma comunidade de fiéis unidos em Cristo. Todos somos chamados a ser missionários. E não, deixar tudo na mão dos padres”.

O bispo fala:

“O papa Francisco diz que a igreja deve se concentrar no que é mais importante, que é o mistério de Cristo. O padre é apenas o mediador. A pessoa que discrimina ou cataloga o padre pela sua forma ou expressão precisa ser ajudada a viver o sentido da sua fé.

O bispo passa, o padre passa e somente Cristo permanece ontem, hoje e sempre.

Não acredito que a igreja vá perder fiéis. Afinal, são fiéis do padre ou de Jesus Cristo?”

Dom Tarcísio Scaramussa, bispo diocesano de Santos

Comentários

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