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Papa Francisco: A esmola deve trazer consigo toda a riqueza da misericórdia


Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã deste sábado, 9, o Papa Francisco presidiu na Praça São Pedro a mais uma Audiência Jubilar, onde falou do valor da esmola e sua íntima ligação com a misericórdia. Eis sua catequese na íntegra:

“Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho que escutamos nos permite descobrir um aspecto essencial da misericórdia: a esmola. Pode parecer uma coisa simples dar esmola, mas devemos prestar atenção para não esvaziar este gesto do grande conteúdo que possui. De fato,  a expressão “esmola”, deriva do grego e significa “misericórdia”. A esmola, portanto, deveria trazer consigo toda a riqueza da misericórdia. E como a misericórdia tem mil caminhos, mil modalidades, assim a esmola se expressa também em tantas maneiras, para aliviar o mal-estar de todos que estão na necessidade.

A obrigação da esmola é tão antiga quanto a Bíblia. O sacrifício e a esmola eram duas obrigações às quais uma pessoa religiosa deveria ater-se. Existem páginas importantes no Antigo Testamento, onde Deus exige uma atenção particular pelo pobres que, de tanto em tanto, são os que nada possuem, os estrangeiros, os órfãos e as viúvas. E na Bíblia este é um refrão contínuo: o necessitado, a viúva, o estrangeiro, o forasteiro, o órfão... é um refrão. Porque Deus quer que o seu povo olhe para estes nossos irmãos; eu diria mesmo que estão precisamente no centro da mensagem: louvar a Deus com o sacrifício e louvar a Deus com a esmola.

Junto com a obrigação de recordar-se deles, é dada também uma indicação preciosa: “Dê generosamente e, quando doas, que o teu coração não se entristeça” (Dt 15,10). Isto significa que a caridade requer, antes de tudo, uma atitude de alegria interior. Oferecer misericórdia não pode ser um peso ou um tédio do qual devemos nos libertar rapidamente. E quanta gente justifica a si mesma para não dar esmola dizendo: “mas como será isto? Este a quem eu darei, irá comprar vinho para se embriagar”. Mas se ele se embriaga, é porque não tem um outro caminho! E tu, o que fazes escondido, que ninguém vê? E tu és o juiz daquele pobre homem que te pede uma moeda para um copo de vinho? Gosto de recordar o episódio do velho Tobias que, depois de ter recebido uma grande soma de dinheiro, chamou o seu filho e o instruiu com estas palavras: “Dê esmolas daquilo que você possui, e não sejas mesquinho (...) Se você vê um pobre, não desvie o rosto e Deus não afastará o rosto de você” (Tb 4,7-8). São palavras muito sábias que ajudam a entender o valor da esmola.

Jesus, como escutamos, nos deixou um ensinamento insubstituível a este propósito. Antes de tudo, nos pede para não darmos esmola para sermos louvados e admirados pelos homens pela nossa generosidade: faça de modo que a tua mão direita não saiba o que faz a esquerda (cfr Mt 6,3). Não é a aparência que conta, mas a capacidade de parar para olhar no rosto a pessoa que pede ajuda. Cada um de nós pode perguntar-se: “Eu sou capaz de parar e olhar no rosto, olhar nos olhos, a pessoa que está me pedindo ajuda? Sou capaz?”. Não devemos identificar, portanto, a esmola com a simples moeda oferecida às pressas, sem olhar a pessoa e sem pararmos para falar e entender de que coisa ela realmente tem necessidade. Ao mesmo tempo, devemos distinguir entre os pobres e as várias formas de mendicância que não prestam um bom serviço aos pobres. Ou seja, a esmola é um gesto de amor que se dirige a todos que encontramos; é um gesto de atenção sincera a quem se aproxima de nós e pede a nossa ajuda, feito no segredo, onde somente Deus vê e compreende o valor do ato realizado.

Mas dar esmola deve ser para nós também uma coisa que seja um sacrifício. Eu recordo uma mãe: tinha três filhos, de seis, cinco e três anos, mais ou menos. E sempre ensinava aos filhos que deviam dar esmola a quem pedisse a eles. Estavam no almoço: cada um estava comendo uma chuleta à milanesa, como se diz na minha terra, “empanada”. Batem na porta. O maior vai abrir e retorna: “Mãe, tem um pobre que pede algo para comer”. “O que fazemos?”, pergunta a mãe.  “Demos algo a ele – dizem todos – demos algo a ele!” – “Bem: pegue a metade da tua chuleta, tu pegas a outra metade, tu a outra metade e façamos dois sanduíches” – “Ah não, mãe, não! – “Não? Tu dás do teu, tu dás daquilo que te custa”. Isto é o envolver-se com o pobre. Eu me privo de alguma coisa minha para dar para ti. E aos pais eu digo: eduquem os vossos filhos para darem assim a esmola, para serem generosos com aquilo que têm.

Façamos então nossas as palavras do Apóstolo Paulo: “Em tudo mostrei a vocês que é trabalhando assim que devemos ajudar os fracos, recordando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: Há mais felicidade em dar do que em receber!” (At 20,35; cfr 2Cor 9,7). Obrigado!”

Fonte: Radio Vaticano

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