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Papa Francisco: Homilia do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor (29/03/2015)

Papa Francisco no Domingo de Ramos:
O estilo do cristão é a humildade

VATICANO, 29 Mar. 15 / 04:23 pm (ACI/EWTN Noticias).- A Praça de São Pedro ficou repleta de peregrinos que foram à celebração do domingo do Ramos em uma manhã primaveril. A liturgia recorda a entrada de Jesus em Jerusalém enquanto era aclamado pelas multidões com ramos de oliveira. No mesmo dia celebra-se mundialmente o Dia Mundial da Juventude em nível diocesano.
A celebração presidida pelo Papa Francisco começou às 9,30 da manhã. No centro da Praça, diante do Obelisco, o Pontífice abençoou as Palmas e Ramos dos fiéis e depois deu início à Missa, proclamando o Evangelho da Paixão.
Junto ao Pontífice estavam muitos jovens, que ouviram do Papa a Exortação de preparar-se para a JMJ 2016 na Polônia e refletiram sobre o tema do evento neste ano: "Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus”.
Em sua homilia, o Papa animou a seguir o caminho de Jesus com humildade e a não renegar Dele, porque “o amor nos guiará e nos dará força”. 


Confira a Homilia na íntegra:


CELEBRAÇÃO DO DOMINGO DE RAMOS 

E DA PAIXÃO DO SENHOR



HOMILIA DO PAPA FRANCISCO


Praça de São Pedro

XXX Jornada Mundial da Juventude
Domingo, 29 de Março de 2015

No centro desta celebração, que se apresenta tão festiva, está a palavra que ouvimos no hino da Carta aos Filipenses: «Humilhou-Se a Si mesmo» (2, 8). A humilhação de Jesus.


Esta palavra desvenda-nos o estilo de Deus e, consequentemente, o que deve ser do cristão: a humildade. Um estilo que nunca deixará de nos surpreender e pôr em crise: não chegamos jamais a habituar-nos a um Deus humilde! 

Humilhar-se é, antes de mais nada, o estilo de Deus: Deus humilha-Se para caminhar com o seu povo, para suportar as suas infidelidades. Isto é evidente, quando se lê a história do Êxodo: que humilhação para o Senhor ouvir todas aquelas murmurações, aquelas queixas! Embora dirigidas contra Moisés, no fundo eram lançadas contra Ele, o Pai deles, que os fizera sair da condição de escravatura e os guiava pelo caminho através do deserto até à terra da liberdade.


Nesta Semana, a Semana Santa, que nos leva à Páscoa, caminharemos por esta estrada da humilhação de Jesus. E só assim será «santa» também para nós!


Ouviremos o desprezo dos chefes do seu povo e as suas intrigas para O fazerem cair. Assistiremos à traição de Judas, um dos Doze, que O venderá por trinta denários. Veremos ser preso o Senhor e levado como um malfeitor; abandonado pelos discípulos; conduzido perante o Sinédrio, condenado à morte, flagelado e ultrajado. Ouviremos que Pedro, a «rocha» dos discípulos, O negará três vezes. Ouviremos os gritos da multidão, incitada pelos chefes, que pede Barrabás livre e Ele crucificado. Vê-Lo-emos escarnecido pelos soldados, coberto com um manto de púrpura, coroado de espinhos. E depois, ao longo da via dolorosa e junto da cruz, ouviremos os insultos do povo e dos chefes, que zombam de Ele ser Rei e Filho de Deus.


Este é o caminho de Deus, o caminho da humildade. É a estrada de Jesus; não há outra. E não existe humildade, sem humilhação.
Percorrendo até ao fim esta estrada, o Filho de Deus assumiu a «forma de servo» (cf. Flp 2, 7). Com efeito, a humildade quer dizer também serviço, significa dar espaço a Deus despojando-se de si mesmo, «esvaziando-se», como diz a Escritura (v. 7). Esta – esvaziar-se – é a maior humilhação.


Há outro caminho, contrário ao caminho de Cristo: o mundanismo. O mundanismo oferece-nos o caminho da vaidade, do orgulho, do sucesso... É o outro caminho. O maligno propô-lo também a Jesus, durante os quarenta dias no deserto. Mas Jesus rejeitou-o sem hesitação. E, com Ele, só com a sua graça, com a sua ajuda, também nós podemos vencer esta tentação da vaidade, do mundanismo, não só nas grandes ocasiões mas também nas circunstâncias ordinárias da vida.


Nisto, serve-nos de ajuda e conforto o exemplo de tantos homens e mulheres que cada dia, no silêncio e escondidos, renunciam a si mesmos para servir os outros: um familiar doente, um idoso sozinho, uma pessoa deficiente, um sem-abrigo...


Pensamos também na humilhação das pessoas que, pela sua conduta fiel ao Evangelho, são discriminadas e pagam na própria pele. E pensamos ainda nos nossos irmãos e irmãs perseguidos porque são cristãos, os mártires de hoje (e são tantos): não renegam Jesus e suportam, com dignidade, insultos e ultrajes. Seguem-No pelo seu caminho. Verdadeiramente, podemos falar duma «nuvem de testemunhas» (cf. Heb 12, 1): os mártires de hoje.


Durante esta Semana, emboquemos também nós decididamente esta estrada da humildade, com tanto amor por Ele, o nosso Senhor e Salvador. Será o amor a guiar-nos e a dar-nos força. E, onde Ele estiver, estaremos tambémnós (cf. Jo 12, 26).

Fonte da Homilia:
https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2015/documents/papa-francesco_20150329_omelia-palme.html

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