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Papa Francisco: Homilia e Angelus da Solenidade da Santa Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz (01/01/2014)

Papa celebra Missa na Solenidade da Santa Mãe de Deus 
e Dia Mundial da Paz

Cidade do Vaticano (RadioVaticano) – O Papa Francisco presidiu nesta manhã de 1° de Janeiro, Dia Mundial da Paz, na Basílica Vaticana, a celebração Eucarística da Solenidade da Santa Mãe de Deus.

Participaram da Santa Missa, inúmeros Cardeais, Arcebispos, Bispos, sacerdotes e uma multidão de fiéis, peregrinos, e turistas, provenientes da Itália e de diversos países do mundo, que superlotaram a Basílica Vaticana e a Praça São Pedro, inclusive até a Avenida da Conciliazione.

Em sua homilia, o Santo Padre partiu da Liturgia do dia, citando uma antiga súplica de bênção, que Deus sugeriu a Moisés, para que fosse transmitida e ensinada à sua posteridade: “O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor dirija para ti o seu olhar e te conceda a paz”.

Após a celebração da Eucaristia da Solenidade da Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz, na Basílica Vaticana, o Papa Francisco subiu à terceira loggia do Palácio Apostólico para rezar a oração mariana do Angelus com os milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro e adjacências. (MT)

SANTA MISSA NA SOLENIDADE
DE MARIA SANTÍSSIMA MÃE DE DEUS
XLVII DIA MUNDIAL DA PAZ

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica Vaticana
Quarta-feira, 1° de Janeiro de 2014


A primeira leitura propôs-nos a antiga súplica de bênção que Deus sugerira a Moisés, para que a ensinasse a Aarão e seus filhos: «O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor dirija para ti o seu olhar e te conceda a paz» (Nm 6, 24-26). É muito significativo ouvir estas palavras de bênção no início dum novo ano: acompanharão o nosso caminho neste tempo que se abre diante de nós. São palavras que dão força, coragem e esperança; não uma esperança ilusória, assente em frágeis promessas humanas, nem uma esperança ingénua que imagina melhor o futuro, simplesmente porque é futuro. Esta esperança tem a sua razão de ser precisamente na bênção de Deus; uma bênção que contém os votos maiores, os votos da Igreja para cada um de nós, repletos da protecção amorosa do Senhor, da sua ajuda providente.

Os votos contidos nesta bênção realizaram-se plenamente numa mulher, Maria, enquanto destinada a tornar-Se a Mãe de Deus, e realizaram-se n’Ela antes de toda a criatura.

Mãe de Deus. Este é o título principal e essencial de Nossa Senhora. Trata-se duma qualidade, duma função que a fé do povo cristão, na sua terna e genuína devoção à Mãe celeste, desde sempre Lhe reconheceu.

Lembremos aquele momento importante da história da Igreja Antiga que foi o Concílio de Éfeso, no qual se definiu com autoridade a maternidade divina da Virgem. Esta verdade da maternidade divina de Maria ecoou em Roma, onde, pouco depois, se construiu a Basílica de Santa Maria Maior, o primeiro santuário mariano de Roma e de todo o Ocidente, no qual se venera a imagem da Mãe de Deus – a Theotokos – sob o título de Salus populi romani. Diz-se que os habitantes de Éfeso, durante o Concílio, se teriam congregado aos lados da porta da basílica onde estavam reunidos os Bispos e gritavam: «Mãe de Deus!» Os fiéis, pedindo que se definisse oficialmente este título de Nossa Senhora, demonstravam reconhecer a sua maternidade divina. É a atitude espontânea e sincera dos filhos, que conhecem bem a sua Mãe, porque A amam com imensa ternura. Mais ainda: é o sensus fidei do povo santo de Deus que nunca, na sua unidade, nunca erra.

Desde sempre Maria está presente no coração, na devoção e sobretudo no caminho de fé do povo cristão. «A Igreja caminha no tempo (...). Mas, nesta caminhada, a Igreja procede seguindo as pegadas do itinerário percorrido pela Virgem Maria» (João Paulo II, Enc. Redemptoris Mater, 2). O nosso itinerário de fé é igual ao de Maria; por isso, A sentimos particularmente próxima de nós! No que diz respeito à fé, que é o fulcro da vida cristã, a Mãe de Deus partilhou a nossa condição, teve de caminhar pelas mesmas estradas, às vezes difíceis e obscuras, trilhadas por nós, teve de avançar pelo «caminho da fé»  (Conc. Ecum. Vat. II, Const. Lumen gentium, 58).

O nosso caminho de fé está indissoluvelmente ligado a Maria, desde o momento em que Jesus, quando estava para morrer na cruz, no-La deu como Mãe, dizendo: «Eis a tua mãe!» (Jo 19, 27). Estas palavras têm o valor dum testamento, e dão ao mundo uma Mãe. Desde então, a Mãe de Deus tornou-Se também nossa Mãe! Na hora em que a fé dos discípulos se ia quebrantando com tantas dificuldades e incertezas, Jesus confiava-lhes Aquela que fora a primeira a acreditar e cuja fé não desfaleceria jamais. E a «mulher» torna-Se nossa Mãe, no momento em que perde o Filho divino. O seu coração ferido dilata-se para dar espaço a todos os homens, bons e maus, todos; e ama-os como os amava Jesus. A mulher que, nas bodas de Caná da Galileia, dera a sua colaboração de fé para a manifestação das maravilhas de Deus na mundo, no Calvário mantém acesa a chama da fé na ressurreição do Filho, e comunica-a aos outros com carinho maternal. Assim Maria torna-Se fonte de esperança e de alegria verdadeira.
A Mãe do Redentor caminha diante de nós e sempre nos confirma na fé, na vocação e na missão. Com o seu exemplo de humildade e disponibilidade à vontade de Deus, ajuda-nos a traduzir a nossa fé num anúncio, jubiloso e sem fronteiras, do Evangelho. Deste modo, a nossa missão será fecunda, porque está modelada pela maternidade de Maria. A Ela confiamos o nosso itinerário de fé, os desejos do nosso coração, as nossas necessidades, as carências do mundo inteiro, especialmente a sua fome e sede de justiça, de paz e de Deus; e invoquemo-La todos juntos; sim, convido-vos a invocá-La três vezes, à imitação dos irmãos de Éfeso, dizendo-Lhe: Mãe de Deus! Mãe de Deus! Mãe de Deus! Amen.


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SOLENIDADE DE MARIA SANTÍSSIMA MÃE DE DEUS
XLVII DIA MUNDIAL DA PAZ

PAPA FRANCISCO

ANGELUS

Praça de São Pedro
Quarta-feira, 1º de Janeiro de 2014


Queridos irmãos e irmãs, bom dia e bom ano!

No início do novo ano dirijo a todos vós os bons votos mais cordiais de paz e de todo bem. Os meus votos são os da Igreja, cristãos! Não está relacionado ao sentido meio mágico e fatalista de um novo ciclo que inicia. Sabemos que a história tem um centro: Jesus Cristo, encarnado, morto e ressuscitado, que está vivo no meio de nós; tem um fim: o Reino de Deus, Reino de paz, justiça e liberdade no amor; e tem uma força que se move rumo a este fim: a força é o Espírito Santo. Todos nós temos o Espírito Santo que recebemos no Baptismo, e Ele impele-nos a ir em frente na estrada da vida cristã, na estrada da história rumo ao Reino de Deus.

Este Espírito é o poder do amor que fecundou o ventre da Virgem Maria; e é o mesmo que anima os projectos e as obras de todos os construtores de paz. Onde estiver um homem ou uma mulher construtores de paz, é precisamente o Espírito Santo que os ajuda, os impele a promover a paz. Duas estradas que se cruzam hoje: festa de Maria Santíssima Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz. Há oito dias ressoou o anúncio evangélico: «Glória a Deus e paz aos homens»; hoje ouvimo-lo de novo através da Mãe de Deus, que «conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração» (cf. Lc 2, 19), para fazer dele o nosso compromisso durante o ano que inicia.

O tema deste Dia Mundial da Paz é «Fraternidade, fundamento e caminho para a paz». Fraternidade: desenvolvi o tema numa Mensagem, já publicada e que hoje vos entrego idealmente, no seguimento dos meus Predecessores, a partir de Paulo VI. Disto deriva para cada um a responsabilidade de agir a fim de que o mundo se torne uma comunidade de irmãos que se respeitam, se aceitam nas próprias diversidades e se cuidem uns aos outros. Somos chamados também a dar-nos conta das violências e injustiças presentes em muitas partes do mundo e que não nos podem deixar indiferentes ou imóveis: é necessário o compromisso de todos para construir uma sociedade deveras mais justa e solidária. Ontem recebi uma carta de um senhor, talvez um de vós, que ao me contar uma tragédia familiar, sucessivamente enumerava muitas tragédias e guerras de hoje, no mundo, e me perguntava: que acontece no coração do homem que faz tudo isto? E, no final, dizia: «É hora que acabe». Também eu acredito que nos fará bem acabar com esta estrada de violência e procurar a paz. Irmãos e irmãs, faço minhas as palavras desse homem: que acontece no coração do homem? Que acontece no coração da humanidade? É hora de acabar!

Hoje, de todos os cantos da terra, os crentes elevam orações para pedir ao Senhor o dom da paz e a capacidade de a levar em todos os âmbitos. Neste primeiro dia do ano, o Senhor nos ajude a dirigirmo-nos todos juntos com mais decisão para o caminho da justiça e da paz. E comecemos em casa! Justiça e paz em casa, entre nós. Comecemos em casa e depois nos alargamos a toda a humanidade. Mas devemos iniciar em casa. O Espírito Santo aja nos corações, abra os fechamentos e as durezas e conceda que nos enterneçamos diante da fragilidade do Menino Jesus. De facto, a paz requer a força da mansidão, a força não-violenta da verdade e do amor.

Nas mãos de Maria, Mãe do Redentor, coloquemos as nossa esperanças com confiança filial. A Ela, que estende a sua maternidade a todos os homens, confiemos o brado de paz das populações oprimidas pela guerra e pela violência, para que a coragem do diálogo e da reconciliação prevaleça sobre as tentações de vingança, de prepotência e de corrupção. A Ela peçamos que o Evangelho da fraternidade, anunciado e testemunhado pela Igreja, possa falar a cada consciência e abater os muros que impedem aos inimigos que se reconheçam irmãos.


Fonte: vatican.va

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