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Papa Francisco: Homilia na Solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao Céu (15/agosto)

Papa Francisco: Homilia na Solenidade da Assunção 
de Nossa Senhora ao Céu (15/agosto)

Cidade do Vaticano (RV) – A Liturgia de hoje celebra a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao Céu. Nesta ocasião, Papa Francisco deixou, nesta manhã, a Casa Santa Marta, no Vaticano, para ir a Castelgandolfo, perto de Roma, para celebrar a Santa Missa e a oração do Angelus, na Praça da Liberdade, diante da Residência de Verão dos Papas.

O Pontífice deixou o Vaticano, às 9:00 hs, e se dirigiu, de automóvel, a Castelgandolfo, onde chegou após 30 minutos de viagem.

Precisamente há um mês, o Papa Francisco fez sua primeira visita oficial a Castelgandolfo, onde se encontra a Residência Pontifícia de Verão dos Papas. Na ocasião, ele visitou o Mosteiro das Filhas de Santa Clara de Assis.

Hoje, o Bispo de Roma voltou a visitar o Instituto das Clarissas, para expressar mais uma vez, seus profundos agradecimentos pela sua vida contemplativa, composta de oração e de penitência. Às religiosas o Papa confiou a vida da Igreja e da caridade fraterna. E, como sempre fez, em todas as ocasiões, desde o início do seu Pontificado, pediu-lhes para rezar por sua pessoa e por seu ministério petrino.

O trabalho e a missão das Filhas de Santa Clara de Assis
“são um verdadeiro dom de Deus, que elevam o espírito; são uma mediação do aperto de mão de Deus com os homens, como continuação da criação”.
Após a visita às Filhas de Santa Clara de Assis, o Santo Padre dirigiu-se à Praça diante da Residência Pontifícia, para a celebração da Santa Missa, em honra da Assunção de Maria ao Céu.

Os numerosos fiéis, que superlotavam a praça central da cidadezinha, aplaudiram com entusiasmo o Bispo de Roma e gritavam o conhecido slogan “Viva o Papa”.

Durante a Santa Missa, o Pontífice pronunciou sua homilia, recordando, inicialmente, uma das belas expressões do Concílio Vaticano II sobre Maria Santíssima:
A Virgem Imaculada, preservada e imune de toda mancha da culpa original, após o curso da sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celeste. Assim, o Senhor a exaltou como Rainha do Universo”.  


SANTA MISSA NA SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO
DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA

HOMILIA DO SANTO PADRE FRANCISCO

Praça da Liberdade, Castel Gandolfo
Quinta-feira 15 de Agosto de 2013

Queridos irmãos e irmãs!

No final da Constituição sobre a Igreja, o Concílio Vaticano II deixou-nos uma meditação belíssima sobre Maria Santíssima. Destaco apenas as expressões que se referem ao mistério que celebramos hoje. A primeira é esta: «A Virgem Imaculada, preservada imune de toda a mancha de culpa original, terminado o curso da vida terrena, foi elevada ao Céu em corpo e alma e exaltada por Deus como Rainha» (Cost. dogm. Lumen gentium, 59). Em seguida, perto do final do documento, encontramos esta expressão: «A Mãe de Jesus, assim como, glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que há de se consumar no século futuro, assim também na terra brilha como sinal de esperança segura e de consolação, para o Povo de Deus ainda peregrinante, até que chegue o dia do Senhor» (ibid., 68). À luz deste belíssimo ícone de Nossa Mãe, podemos considerar a mensagem contida nas Leituras bíblicas que acabamos de ouvir. Podemos nos concentrar em três palavras-chave: luta, ressurreição e esperança.

A passagem do livro do Apocalipse apresenta a visão da luta entre a mulher e o dragão. A figura da mulher, que representa a Igreja, é por um lado gloriosa, triunfante, e por outro ainda se encontra em dificuldade. De fato, assim é a Igreja: se no Céu já está associada com a glória de seu Senhor, na história enfrenta constantemente as provações e desafios que supõe o conflito entre Deus e o maligno, o inimigo de todos os tempos. E, nesta luta que os discípulos de devem enfrentar – todos nós, todos os discípulos de Jesus devemos enfrentar esta luta -, Maria não os deixa sozinhos; a Mãe de Cristo e da Igreja está sempre conosco. Sempre caminha conosco, está conosco. Maria também, em certo sentido, compartilha esta dupla condição. Ela, é claro, entrou definitivamente na glória do Céu. Mas isso não significa que Ela esteja longe, que esteja separada de nós; na verdade, Maria nos acompanha, luta conosco, sustenta os cristãos no combate contra as forças do mal. A oração com Maria, especialmente o Terço – atenção: o Terço! Rezais o Terço todos os dias? Mas, não sei não... [os fiéis gritam: sim!] Sério? Bem, a oração com Maria, especialmente o Terço, também tem essa dimensão “agonística”, ou seja, de luta, uma oração que dá apoio na luta contra o maligno e seus aliados. O Terço também nos sustenta nesta batalha.

A segunda leitura fala da ressurreição. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, insiste no fato de que ser cristão significa acreditar que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos. Toda a nossa fé se baseia nesta verdade fundamental, que não é uma ideia, mas um evento. E o mistério da Assunção de Maria em corpo e alma também está inteiramente inscrito na Ressurreição de Cristo. A humanidade da Mãe foi “atraída” pelo Filho na sua passagem através da morte. Jesus entrou de uma vez por todas na vida eterna com toda a sua humanidade, a qual ele recebera de Maria. Assim, Ela, a Mãe, que o seguira fielmente durante toda a sua vida, tinha-O seguido com o coração, entrou com Ele na vida eterna, que também chamamos de Céu, Paraiso, Casa do Pai.

Maria também conheceu o martírio da Cruz: o martírio do seu coração, o martírio da alma. Ela sofreu tanto, no seu coração, enquanto que Jesus sofria na Cruz. Ela viveu a Paixão do Filho até o fundo de sua alma. Ela estava totalmente unida com Ele na morte, e por isso foi-Lhe dado o dom da ressurreição. Cristo como primícias dos Ressuscitados, e Maria como primícias dos redimidos, a primeira daqueles “que pertencem a Cristo”. Ela é nossa Mãe, mas também podemos dizer que é nossa representante, nossa irmã, nossa primeira irmã; Ela é a primeira entre os redimidos que chegou ao Céu.

O Evangelho nos sugere uma terceira palavra: esperança. A esperança é a virtude daqueles que, experimentando o conflito, a luta diária entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, creem na Ressurreição de Cristo, na vitória do Amor. Escutamos o canto de Maria, o Magnificat: é o cântico da esperança, é o cântico do Povo de Deus no seu caminhar através da história. É o cântico de muitos santos e santas, alguns conhecidos, outros – muitíssimos – desconhecidos, mas bem conhecidos por Deus: mães, pais, catequistas, missionários, padres, freiras, jovens, e também crianças, avôs e avós; eles enfrentaram a luta da vida, levando no coração esperança dos pequenos e dos humildes. Maria diz: «A minha alma engrandece ao Senhor» - hoje a Igreja também canta a mesma coisa, e o canta em todas as partes do mundo. Este cântico é particularmente intenso, onde o Corpo de Cristo hoje está sofrendo a Paixão. Onde está a Cruz, para nós cristãos, há esperança, sempre. Se não há esperança, nós não somos cristãos. Por isso gosto de dizer: não deixeis que vos roubem a esperança. Que não vos roubeis a esperança, porque esta força é uma graça, um dom de Deus que nos leva para frente, olhando para o Céu. E Maria está sempre lá, próxima dessas comunidades, desses nossos irmãos, caminhando com eles, sofrendo com eles, e cantando com eles o Magnificat da esperança.
Queridos irmãos e irmãs, unamo-nos com todo o coração a este cântico de paciência e de vitória, de luta e de alegria, que une a Igreja triunfante com a Igreja que peregrina, ou seja, nós; que une a terra com o Céu, que une a nossa história com a eternidade, para a qual caminhamos. Assim seja.

Fonte: Radio Vaticano

Comentários

  1. Obrigada me Deus, por ter dado e feito a vida da forma que foi inserida. Mesmo com todas as tribulações e dificuldades agradeço a Deus. Não tenho nada a questionar, muito menos perguntar. Seja feita a vontade de Deus. Não a minha. "Eis a escrava e serva do Senhor. Faça-se em mim, segundo a sua vontade".
    Obrigada!

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